Recentemente foi descoberto um distúrbio mental que faz com que a pessoa adote um comportamento violento juntamente com agressividade verbal. Parece comum para você?
Isso levantou um questionamento na comunidade científica: como sabemos que algo está fora do normal quando os sintomas do possível distúrbio são muito parecidos com o nosso comportamento usual?
O Distúrbio Intermitente Explosivo (IED) foi primeiramente diagnosticado em 1980 e é caracterizado por uma reação extremada a situações estressantes. Agora os cientistas procuram especificar seus sintomas para diferenciar a doença de “uma raivinha cotidiana”.
Segundo cientistas da Universidade de Chicago é possível que essa agressividade toda esteja “no sangue” e que o IED seja uma doença genética. Não há nenhuma estimativa de quantas pessoas possuam IED – mas acredita-se que essa doença seja muito comum.
Em 2004 um estudo feito com residentes de hospitais em Baltimore (Estados Unidos) estimou que 4% das pessoas desenvolve IED durante algum período de suas vidas. Mas segundo um estudo de 2006, publicado nos Arquivos de Psiquiatria Geral dos EUA, esse número é de 7.3% dos adultos.
Mas como um estudo estima que o dobro das pessoas que o outro estudo indicou possuam IED? É possível que seja devido aos critérios para definir a doença. Os sintomas usados para fazer o diagnóstico, até hoje, não são claros: eles não diferenciam a freqüência dos ataques de raiva e nem sua intensidade.
Segundo Emil Coccaro, professor de psiquiatria da Universidade de Chicago, o critério para definir que uma pessoa sofre com IED deve ser que ela tenha tido, no mínimo, três episódios de agressividade contra objetos ou pessoas em um ano e, além disso, com um nível de violência que seja fora de proporção. De acordo com o mesmo médico a definição atual da doença deixa margem para que pessoas que tenham tido apenas três ataques de raiva durante toda sua vida sejam diagnosticadas com IED.
Além disso, para um diagnóstico correto, o médico deve ter certeza que os ataques de raiva não estariam relacionados a outros distúrbios, como esquizofrenia, por exemplo.
Fonte: Hypescience com informações de Life's Little Mysteries
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