Esta é a última parte da micro-série sobre O verdadeiro apostolado. Para fixar bem a mensagem, este artigo tem algumas declarações dos auto-entitulados apóstolos brasileiros, demonstrando a gritante distância entre estes senhores e os verdadeiros apóstolos.
Grudem (Teologia Sistemática, p. 293) utiliza 2 Co 12,12 para lembrar os sinais de um apóstolo:
Não precisamos adivinhar quais são esses sinais, pois noutra passagem de 2 Coríntios Paulo nos diz que o distinguia como verdadeiro apóstolo:
1- poder espiritual no conflito contra o mal
2- zeloso cuidado pelo bem-estar das igrejas
3- verdadeiro conhecimento de Jesus e dos desígnios do seu evangelho
4- auto-sustento (desprendimento)
5- não tirar vantagem das igrejas; não atingir as pessoas fisicamente
6- sofrimentos e dificuldades suportadas por Cristo
7- ser arrebatado ao céu
8- contentamento e fé para suportar o espinho na carne
9- extrair força da fraqueza
[...]
Importa notar que nessa lista Paulo não arrola milagres para provar a legitimidade do seu apostolado. De fato, a maior parte das coisas que ele menciona não o distinguiria de outros cristãos verdadeiros. Mas essas coisas realmente o distinguem dos servos de Satanás, os falsos apóstolos que não são em absoluto cristãos: suas vidas não são marcadas pela humildade, mas pelo orgulho; não pelo desprendimento, mas pelo egoísmo; não pela generosidade, mas pela ganância; não por buscar o benefício dos outros, mas por tirar sua força natural; não por suportar o sofrimento e as dificuldades, mas por buscar o próprio conforto e bem-estar.
Os sinais dos apóstolos brasileiros...
não pela humildade, mas pelo orgulho
![](https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiyPIl4vJS4EFR24PlJv3Fp3Jc2lN7L3NLCA3p7pzyv-uc8suMg3Y648JoZMMsuItLBz6dRPNX3O6u6nONzd6ImR1e7QOfFPZFWmQV7_A6O7QnQhsWQ4hZOQVuVpM9A3qAFp1FOMoBE2fk/s400/mangelo.jpg)
Na convenção internacional da qual faz parte, ele [Miguel Ângelo] tem a incumbência de ser o apóstolo para as igrejas de língua portuguesa. “Sou a voz de Deus em português para o mundo. Tenho coberto com o manto apostólico diversos ministérios pastorais na África e em outros continentes”, afirma, esbanjando convicção. Revista Enfoque sobre os apóstolos brasileiros (2006).
não pelo desprendimento, mas pelo egoísmo
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não pela generosidade, mas pela ganância
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Apesar do perfil pobre do público, os pregadores não hesitam em estabelecer valores altos para as contribuições. Valdemiro já pediu até 30% da renda do fiel, o que foi batizado de “trízimo” : “Você vai dizer para Deus o seguinte: ‘Senhor, 70% de tudo o que o Senhor me der neste mês é meu. E 30% são da sua obra’”, disse. Depois, associou o “30” à “Santíssima Trindade”. Revista Época em reportagem sobre a IMPD (2010).
não por buscar o benefício dos outros, mas por tirar sua força natural
“Herodes questionou a identidade de Jesus e foi comido por bichos. João Batista questionou a identidade de seu líder Jesus e por isso perdeu a cabeça. Todo aquele que duvida da identidade do líder perde a legitimidade e o legado da liderança de Jesus”, disse o Apóstolo. [...]"Então não questione o EU SOU na sua vida, não questione a identidade do seu líder , e não questione a sua identidade de nova criatura em Cristo”, finalizou o Ap. Renê Terra Nova. Rene Terra Nova em seu blog (2009)
Não por suportar o sofrimento e as dificuldades, mas por buscar o próprio conforto e bem-estar
![](https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEg0FzKkairVsHHJksh0AzSiAGAV_NmQk5cwCUzAP0SgxsUA6PCk__TcToKAs7tNTjTZAFcMan59QeZQHMx-KWH-VHyJHS7s-nKGK4SjvEUJEQ6GDX6ZkaT7OBVr3mbkfBAGK6w40mbttyc/s400/hernandes_20090801.jpg)
“Eles costumavam gastar mensalmente entre R$ 500 mil e R$ 600 mil só com despesas pessoais”, diz o promotor Marcelo Mendroni. Eram freqüentadores de restaurantes como Fogo de Chão e Rubaiyat e clientes de lojas de grife como a Ermenegildo Zegna, do Shopping Iguatemi, e a megabutique Daslu. Revista Época sobre os Hernandes (2007).
Fonte: Blog Nani e a Teologia
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