Segmentos são parcela significativa do mercado; número de representantes internacionais dobrou desde a última edição
Se na Bienal do Livro de 2010 foi a vez das histórias de vampiros e das séries adolescentes de autoras como Paula Pimenta e Thalita Rebouças, na edição deste ano chama a atenção a quantidade de lançamentos com conteúdo religioso, além de temas envolvendo a recente história política brasileira, como ditadura e redemocratização. Não é a toa.
“O segmento religioso, por exemplo, está entre os que mais crescem”, afirma Mansur Bassit, diretor executivo da Câmara Brasileira do Livro (CBL) e um dos organizadores da 22ª Bienal Internacional do Livro de São Paulo, que acontece entre 9 e 19 de agosto no Pavilhão de Exposições do Anhembi.
Outro destaque é a importância que as obras relacionadas a negócios e carreiras estão ganhando. Este ano, pela primeira vez, a categoria ganhou um espaço para palestras e debates, o qual será coordenado pelo jornalista Quartim de Moraes.
E para quem se interessa por gastronomia vale a pena visitar o espaço Cozinhando com Palavras. Nele, o curador é o chef paulistano e autor de livros André Boccato. Uma cozinha cenográfica convidará chefs-autores para ministrarem aulas interativas.
“As obras brasileiras com temas de gastronomia não são apenas livros de receita. Elas trazem textos sofisticados e buscam a história dos alimentos”, afirma Bassit.
O evento também ganha novo fôlego com o aumento do número de expositores. Serão 134 representantes internacionais, o dobro da edição de 2010. Entre os brasileiros, marcam presença 346 editoras nacionais, aumento de 22%. “O Brasil está no centro das atenções, apesar dos gargalos de infraestrutura”, afirma o diretor da Bienal.
Com investimento de mais de R$ 32 milhões, a Bienal estará recheada de atrações culturais e promete ser uma “grande experiência”, diz Bassit.
Fonte: IG com informações da Agência Estado
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