terça-feira, 25 de fevereiro de 2014

O que penso sobre blocos evangélicos no carnaval

Nos últimos anos tornou-se comum encontrarmos em algumas igrejas evangélicas blocos carnavalescos. 

Com o intuito de pregar o evangelho durante o carnaval, evangélicos de denominações diferentes criaram blocos e até mesmo Escolas de Samba cujo objetivo final é pregar aos foliões. Segundo os sambistas de Jesus, essa é uma maneira de evangelizar os perdidos que se encontram absortos em iniquidade e que precisam desesperadamente de Cristo.

Antes de qualquer coisa preciso afirmar que concordo plenamente com o fato inequívoco de que os perdidos estão mergulhados em iniquidade e que carecem da graça do Senhor. Sem sombra de dúvidas isso é um ponto indiscutível. Verdadeiramente os homens estão destítuidos da glória de Deus, mortos em seus delitos e pecados e incapazes de buscarem ao Senhor. (Efésios 2:1-10)

Caro leitor, o que me preocupa efetivamente não é o desejo de evangelizar, nem tampouco a vontade de pregar as Boas Novas da Salvação Eterna aos que se perdem e sim a forma escolhida para o desenvolvimento dessa missão.

Isto posto, permita-me explicar porque sou contra a criação de blocos evangélicos carnavalescos:

Acredito que a evangelização se dá de forma contínua e de modo relacional, isto é, todos nós, somos chamados a evangelizar os que se relacionam conosco através de palavras, testemunhos,  durante o ano e não em eventos esporádicos.

Porque nem toda contextualização é bíblica. Quando a contextualização abre portas ao mudanismo, paganismo, e a ausência de santidade, ela precisa ser rechaçada.

A igreja foi chamada para pregar Cristo e o arrependimento de pecados e não um tipo de evangelho palatável cujo foco principal é a satisfação humana.

Pela forte relação com o mundo e com os valores que nele existentes. Ora, por mais que digam ao contrário, os que saem as ruas para "evangelizar" em blocos carnavalescos relacionam-se com o mundo e a cultura de uma forma onde o foco principal não é a glória de Deus e sim o bem estar do homem. (Romanos 12:1-2)

Por tomarem o nome de Deus em vão, fazendo do Senhor instrumento exclusivo de satisfação pessoal. Na minha perspectiva sair as ruas, sambando, rindo fere o mandamento bíblico de usar o nome do Senhor em vão.

Porque ainda que se diga que o objetivo é a evangelização o que menos se vê é a pregação do Evangelho.

Por dar ocasião a carne e ao "velho homem." despertando em muitos o antigo prazer pelo pecado.

Se não bastasse isso pergunto:

Será que se a Igreja pregasse e vivesse o evangelho durante o ano não haveriam mais conversões do que comumente temos?  Ora, vamos combinar uma coisa? Evangelizar é muito mais do que cantar, sambar, pular. Evangelizar está para além de eventos, programas ou atividades distintas. Evangelizar é compartilhar aquilo que o Senhor fez pelo pecador na cruz do calvário, é confrontar o homem em seus delitos e pecados, chamando-o ao arrependimento, é proclamar Cristo como Senhor e Salvador, confrontando o pecador com a dura, porém maravilhosa mensagem da Cruz.

Bem sei que alguns me xingarão de "fundamentalista estupido", de fariseu da modernidade e outras coisas mais, todavia, ao contrário de alguns não posso considerar as loucuras do chamado movimento gospel como normais.

Definitivamente o Brasil precisa de um avivamento! 
Definitivamente o Brasil precisa regressar as Escrituras.
Definitivamente precisamos chorar e clamar a Deus por Deus por mudança no evangelicalismo brasileiro.

"E não sejais cúmplices nas obras infrutíferas das trevas; antes, porém, reprovai-as. Porque o que eles fazem em oculto, o só referir é vergonha" (Efésios 5.11-12).

É o que penso, é o que digo!



Fonte: Pr. Renato Vargens em seu blog
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