"Fora do campo sou pastor, um servo de Deus, mas sempre colocando as coisas no seu devido lugar", afirma Müller.
Quando Müller chegou ao Estádio Emília Mendes Rodrigues para ser o técnico do Imbituba no Catarinense 2011, alguns torcedores fizeram uma comparação com um personagem bem conhecido do futebol catarinense:
- Esse aí é bom e tem tudo para se dar bem como o Silas no Avaí - profetizaram.
Silas e Müller jogaram juntos no São Paulo em 1985 e 1986 e, além de terem se destacado na Seleção Brasileira, também buscaram em um clube de Santa Catarina a chance de decolar na carreira de treinador, façanha já conseguida pelo ex-técnico do Avaí e agora perseguida pelo atual comandante do Imbituba.
Aos 44 anos, com a fala pausada e tranquila, Müller quer fazer parte da geração de "treinadores emergentes" que se deram bem no futebol brasileiro nos últimos três anos. Antes, ele comandou o Grêmio Maringá-PR, Sinop-MT e Ipatinga-MG.
- A mentalidade em torno do perfil mudou, os técnicos mais jovens, em início de carreira, estão ganhando mais espaço. Espero repetir o sucesso que esses colegas, entre eles o Silas, conseguiram - arrisca.
O ex-atacante ainda mantém o físico dos últimos anos como atleta, o que o faz parecer mais um dos boleiros do Imbituba. Mülller tem uma maneira peculiar de trabalhar com o grupo: sem os discursos inflamados e cheios de palavrões, o técnico do Imbituba adota uma conversa firme, onde o convencimento procura ter mais efeito junto aos jogadores.
É com esse jeitão "conciliador" que Müller quer tentar fazer história em Santa Catarina. O técnico vai passar a folga de Natal em Florianópolis, cidade que classifica com excepcional, e depois retorna ao Ninho da Águia para ajustar o time.
- A minha defesa está pronta e o ataque funciona bem. Só falta definir uma peça no meio para que o time fique 100% - afirma.
"Não misturo ser pastor com treinamento"
Confira abaixo a íntegra do bate-papo com Müller, que destaca a sua relação entre futebol e religião.
Diário Catarinense - Como jogador, Müller era rápido e goleador. E o técnico como é?
Müller - Sou muito resolvido, mas também muito companheiro dos jogadores. Minha palavra é bastante light no dia a dia do time. Treinador não deve ser ditador, mas um conciliador; precisa ter autoridade, mas jamais ser autoritário.
DC - Quando parou de jogar você virou pastor. Até onde é possível o pastor se juntar ao técnico?
Müller - Não dá para misturar as duas coisas, se misturar a gente se atrapalha e se complica diante do trabalho. Fora do campo sou pastor, um servo de Deus, mas sempre colocando as coisas no seu devido lugar.
DC - A sua trajetória como jogador sempre foi vitoriosa, e a torcida vai exigir essas vitórias também agora como técnico.
Müller - A torcida precisa entender que o técnico agora não é mais aquele jogador vencedor, mas um ex-jogador que está em seus primeiros passos como treinador para ser vitorioso também fora de campo.
DC - O Imbituba é um time que tem menos recursos se comparado aos clubes tradicionais. Como tentar se destacar?
Müller - Sabemos das nossas limitações, mas a partir do momento que se forma um time competitivo e determinado, com a mentalidade vencedora, podemos conseguir.
DC - Sobre a Copa no Brasil, qual sua expectativa?
Müller - O futebol é uma paixão nacional e quem critica a Copa no Brasil é porque não gosta do futebol, apenas uma minoria. A Copa vai ser um sucesso total e o país vai ganhar muito com isso.
Quando Müller chegou ao Estádio Emília Mendes Rodrigues para ser o técnico do Imbituba no Catarinense 2011, alguns torcedores fizeram uma comparação com um personagem bem conhecido do futebol catarinense:
- Esse aí é bom e tem tudo para se dar bem como o Silas no Avaí - profetizaram.
Silas e Müller jogaram juntos no São Paulo em 1985 e 1986 e, além de terem se destacado na Seleção Brasileira, também buscaram em um clube de Santa Catarina a chance de decolar na carreira de treinador, façanha já conseguida pelo ex-técnico do Avaí e agora perseguida pelo atual comandante do Imbituba.
Aos 44 anos, com a fala pausada e tranquila, Müller quer fazer parte da geração de "treinadores emergentes" que se deram bem no futebol brasileiro nos últimos três anos. Antes, ele comandou o Grêmio Maringá-PR, Sinop-MT e Ipatinga-MG.
- A mentalidade em torno do perfil mudou, os técnicos mais jovens, em início de carreira, estão ganhando mais espaço. Espero repetir o sucesso que esses colegas, entre eles o Silas, conseguiram - arrisca.
O ex-atacante ainda mantém o físico dos últimos anos como atleta, o que o faz parecer mais um dos boleiros do Imbituba. Mülller tem uma maneira peculiar de trabalhar com o grupo: sem os discursos inflamados e cheios de palavrões, o técnico do Imbituba adota uma conversa firme, onde o convencimento procura ter mais efeito junto aos jogadores.
É com esse jeitão "conciliador" que Müller quer tentar fazer história em Santa Catarina. O técnico vai passar a folga de Natal em Florianópolis, cidade que classifica com excepcional, e depois retorna ao Ninho da Águia para ajustar o time.
- A minha defesa está pronta e o ataque funciona bem. Só falta definir uma peça no meio para que o time fique 100% - afirma.
"Não misturo ser pastor com treinamento"
Confira abaixo a íntegra do bate-papo com Müller, que destaca a sua relação entre futebol e religião.
Diário Catarinense - Como jogador, Müller era rápido e goleador. E o técnico como é?
Müller - Sou muito resolvido, mas também muito companheiro dos jogadores. Minha palavra é bastante light no dia a dia do time. Treinador não deve ser ditador, mas um conciliador; precisa ter autoridade, mas jamais ser autoritário.
DC - Quando parou de jogar você virou pastor. Até onde é possível o pastor se juntar ao técnico?
Müller - Não dá para misturar as duas coisas, se misturar a gente se atrapalha e se complica diante do trabalho. Fora do campo sou pastor, um servo de Deus, mas sempre colocando as coisas no seu devido lugar.
DC - A sua trajetória como jogador sempre foi vitoriosa, e a torcida vai exigir essas vitórias também agora como técnico.
Müller - A torcida precisa entender que o técnico agora não é mais aquele jogador vencedor, mas um ex-jogador que está em seus primeiros passos como treinador para ser vitorioso também fora de campo.
DC - O Imbituba é um time que tem menos recursos se comparado aos clubes tradicionais. Como tentar se destacar?
Müller - Sabemos das nossas limitações, mas a partir do momento que se forma um time competitivo e determinado, com a mentalidade vencedora, podemos conseguir.
DC - Sobre a Copa no Brasil, qual sua expectativa?
Müller - O futebol é uma paixão nacional e quem critica a Copa no Brasil é porque não gosta do futebol, apenas uma minoria. A Copa vai ser um sucesso total e o país vai ganhar muito com isso.
Fonte: Diário Catarinense
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