
As reivindicações de revisão das normas atualmente em vigor giram em torno de cinco pontos principais. Os evangélicos cobram mudanças nas exigências para número de vagas de estacionamento, acessibilidade, logomarca, barulho e obrigatoriedade do Registro Geral de Imóvel (RGI). A audiência teve a participação do secretário de Assuntos Jurídicos da PCR, Claúdio Ferreira. Diante da dificuldade de cumprimento da legislação atual, ele também defendeu a revisão e adequação das normas atuais.
Em relação às regras para estacionamento, os evangélicos pedem que seja retirada a obrigatoriedade de oferta de vagas de estacionamento para os imóveis já construídos. "Isto porque a maioria dos templos está em área onde não há mais disponibilidade de espaços para estacionamento", afirmou o pastor José Luiz da Silva, que representava os templos da Assembleia de Deus. Para os novos imóveis, os religiosos solicitam que seja modificado o coeficiente que hoje é de uma vaga de estacionamento para cada 30 metros quadrados. Eles sugerem que seja ampliado para 50 metros quadrados da nave (local onde ocorre o culto).
No quesito acessibilidade, a solicitação é a de que os templos antigos e construídos em áreas de difícil acesso, como ladeiras, morros e escadarias, sejam enquadrados em uma legislação mais flexível. "Onde as condições topográficas permitirem, nós faremos os ajustamentos necessários. Onde isso não for viável, as regras seriam modificadas", explica o pastor. A flexibilização valeria também para os imóveis novos construídos nessas áreas. No caso da construção de templos em avenidas com corredor de transporte coletivo, a solicitação é de que seja dada prioridade para a construção de rampas e flexibilizada as exigências para o espaço mínimo destinado à área verde.
Os religiosos pedem que a apresentação do nome da igreja no imóvel deixe de ser considerada uma peça publicitária e seja considerada apenas um artigo de identificação. Quanto à produção de barulho, os evangélicos solicitam que seja revista a potência dos decibéis mínimos permitidos para o lado de fora do templo. Em vez do limite atual de 50 decibéis, a lei passaria a exigir 75 decibéis. A outra modificação é em relação à obrigatoriedade do Registro Geral de Imóvel (RGI). A solicitação é que haja uma mudança nos critérios de exigência feitos pela prefeitura. Em vez de solicitar o RGI, a prefeitura passaria a exigir a certidão negativa de propriedade.
O vereador Luiz Eustáquio, que solicitou a audiência pública, disse que é preciso adequar a legislação das igrejas e da própria cidade. "Os técnicos fazem leis que terminam não sendo cumpridas. Queremos discutir as reais condições de aplicação dessas normas para reduzir a ilegalidade nesse setor", afirmou. O secretário de Assuntos Jurídicos da PCR, Cláudio Ferreira, disse que, em 30 dias, a prefeitura apresentará uma minuta propondo modificações e adequações da atual legislação.
Fonte: JC Online
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