
de que o ossuário onde ele está gravado pertenceu a um cristão
Para quem estuda as origens do cristianismo, qualquer registro produzido durante ou próximo da passagem de Jesus Cristo pela Terra vale ouro. Além de raros, esses documentos, muitas vezes feitos por quem conviveu com o messias, têm importância histórica sem igual. Nesse sentido, fica fácil entender o rebuliço causado pelo anúncio, na semana passada, da descoberta do que seriam os primeiros desenhos e escritos cristãos, datados do ano 70 d.C. Encontrados por uma equipe de estudiosos da religião em uma catacumba debaixo de um condomínio de prédios de Jerusalém, os achados surpreenderam a todos. “Até a gente teve dificuldade em acreditar que havia feito essa descoberta”, diz Simcha Jacobovici, coordenador da empreitada, documentarista e professor na Universidade Huntington, nos Estados Unidos. “Mas as evidências que estavam diante de nós eram fortes demais.”
Dois objetos são o centro das atenções do achado – um ossuário gravado com um desenho que seria de um peixe, símbolo que imperou como representação gráfica do cristianismo em seu início, e uma pedra com inscrições na língua grega que poderiam ser traduzidas como “Divino Javé, ascenda”. Segundo a equipe de Jacobovici, a imagem do peixe seria a mais reveladora, já que ela seria uma referência à história de Jonas, tida como uma alegoria da ressurreição de Cristo, um dos pilares do cristianismo. Dado como morto ao ser engolido por uma baleia, Jonas surgiu vivo três dias depois, como Jesus emergiu de seu sepulcro.

Fonte: Istoé
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