Por Gilaelson Santos
Sinceramente não consigo olhar para as chamadas campanhas na igreja evangélica hoje sem questionar dois pilares que são fundamentais na realização de qualquer tarefa, alvo ou projeto que alguém possa estabelecer. Os quais são: objetivo e resultado; perguntas estas que com certeza podem dar sentido a esta breve reflexão. Mas por favor, não pensem que sou algum tipo de Mister M querendo revelar os segredos dessa magia que superlotam os templos semanalmente. É que chega à hora onde expor algumas vísceras para serem desinfetadas, costuma fazer bem ao corpo. Por isso, tenho o prazer de convidar você para pensarmos juntos.
Você já se perguntou qual o objetivo de determinada liderança quando lança uma campanha nos moldes do tipo: sete passos para…, semana da vitória, semana do impossível, etc.? Pois eu já! Certa feita eu perguntava a um pastor, qual a necessidade em propor um serviço dessa natureza na igreja. Imediatamente ele me disse que era preciso trabalhar a fé do povo e que as campanhas são um excelente meio para isto, pensamento este que não parece ser diferente da maioria. O que de fato contraria o ensino de Rom.10:17 onde diz: “que fé vem pelo o ouvir a palavra de Deus”, e não pelo o mérito de qualquer campanha.
Observem que as tais campanhas nunca terminam, pois quando uma chega ao fim do seu ciclo, outra já é anunciada no mesmo dia. Não tenho dificuldades em dizer que as infinitas campanhas na verdade são instauradas para gerar um processo de fidelização de fiéis; ou seja, você estabelece sete semanas disso ou daquilo e terá como recompensa neste período, aquelas mesmas pessoas fidelizadas em seus cultos, garantido assim bom número de expectadores e contribuições. Para instituições que visam fama e fins lucrativos a idéia é fenomenal, pois se trata de uma jogada de marketing violenta! Porém, não atende a nenhuma das expectativas do Reino, que por sua vez propõe relacionamento e governo de Deus em nós, propostas estas que as campanhas evitam mostrar.
Outro ponto a ser observado e que é lamentável, são os prêmios do ego oferecidos nas ditas campanhas semanais, os quais são: cura física, conquistas de casa própria, carros, promoção no emprego, pagamento de dívidas, entre outros. O que faz milhões de evangélicos marcharem incansavelmente semana após semana aos templos em busca dessas coisinhas; bem diferente do que Paulo ensina em colossenses 3:1-3 quando orienta a igreja a pensar e buscar o quem vem de cima onde Cristo está assentado. Será que não é hora de analisar por que não existe campanha para se buscar o dom do amor, campanha pela paz que é um fruto do Reino ou porque não se faz a campanha pela justiça? Penso que os irmãos deveriam questionar e pensar um pouco mais a respeito destas coisas.
E quanto ao resultado das campanhas; desculpe-me quem discorda, mas não vejo saldo expressivo para o Reino. Primeiro porque as pessoas vivem em busca das “bênçãos” supracitadas; atividades estas que não habilitam ninguém ao Reino de Deus. Segundo que as tais campanhas criam pessoas peritas no que Deus faz, mas indoutas em quem Deus é; devido às distorções e pobreza da teologia apresentada. E o terceiro mal é que se tem uma geração de viciados em campanhas, de maneira que, não é difícil vê a migração de fiéis para outras denominações por faltar campanha em sua igreja, ou por considerar a mesma desinteressante. O que tem feito muitos líderes repetir a mesma campanha do colega, gerando assim uma proposta única e lamentável de Igreja. Enfim, penso que as campanhas são intermináveis porque intermináveis são os desejos deles por platéias e contribuições.
Fonte: Dokimos
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Sinceramente não consigo olhar para as chamadas campanhas na igreja evangélica hoje sem questionar dois pilares que são fundamentais na realização de qualquer tarefa, alvo ou projeto que alguém possa estabelecer. Os quais são: objetivo e resultado; perguntas estas que com certeza podem dar sentido a esta breve reflexão. Mas por favor, não pensem que sou algum tipo de Mister M querendo revelar os segredos dessa magia que superlotam os templos semanalmente. É que chega à hora onde expor algumas vísceras para serem desinfetadas, costuma fazer bem ao corpo. Por isso, tenho o prazer de convidar você para pensarmos juntos.
Você já se perguntou qual o objetivo de determinada liderança quando lança uma campanha nos moldes do tipo: sete passos para…, semana da vitória, semana do impossível, etc.? Pois eu já! Certa feita eu perguntava a um pastor, qual a necessidade em propor um serviço dessa natureza na igreja. Imediatamente ele me disse que era preciso trabalhar a fé do povo e que as campanhas são um excelente meio para isto, pensamento este que não parece ser diferente da maioria. O que de fato contraria o ensino de Rom.10:17 onde diz: “que fé vem pelo o ouvir a palavra de Deus”, e não pelo o mérito de qualquer campanha.
Observem que as tais campanhas nunca terminam, pois quando uma chega ao fim do seu ciclo, outra já é anunciada no mesmo dia. Não tenho dificuldades em dizer que as infinitas campanhas na verdade são instauradas para gerar um processo de fidelização de fiéis; ou seja, você estabelece sete semanas disso ou daquilo e terá como recompensa neste período, aquelas mesmas pessoas fidelizadas em seus cultos, garantido assim bom número de expectadores e contribuições. Para instituições que visam fama e fins lucrativos a idéia é fenomenal, pois se trata de uma jogada de marketing violenta! Porém, não atende a nenhuma das expectativas do Reino, que por sua vez propõe relacionamento e governo de Deus em nós, propostas estas que as campanhas evitam mostrar.
Outro ponto a ser observado e que é lamentável, são os prêmios do ego oferecidos nas ditas campanhas semanais, os quais são: cura física, conquistas de casa própria, carros, promoção no emprego, pagamento de dívidas, entre outros. O que faz milhões de evangélicos marcharem incansavelmente semana após semana aos templos em busca dessas coisinhas; bem diferente do que Paulo ensina em colossenses 3:1-3 quando orienta a igreja a pensar e buscar o quem vem de cima onde Cristo está assentado. Será que não é hora de analisar por que não existe campanha para se buscar o dom do amor, campanha pela paz que é um fruto do Reino ou porque não se faz a campanha pela justiça? Penso que os irmãos deveriam questionar e pensar um pouco mais a respeito destas coisas.
E quanto ao resultado das campanhas; desculpe-me quem discorda, mas não vejo saldo expressivo para o Reino. Primeiro porque as pessoas vivem em busca das “bênçãos” supracitadas; atividades estas que não habilitam ninguém ao Reino de Deus. Segundo que as tais campanhas criam pessoas peritas no que Deus faz, mas indoutas em quem Deus é; devido às distorções e pobreza da teologia apresentada. E o terceiro mal é que se tem uma geração de viciados em campanhas, de maneira que, não é difícil vê a migração de fiéis para outras denominações por faltar campanha em sua igreja, ou por considerar a mesma desinteressante. O que tem feito muitos líderes repetir a mesma campanha do colega, gerando assim uma proposta única e lamentável de Igreja. Enfim, penso que as campanhas são intermináveis porque intermináveis são os desejos deles por platéias e contribuições.
Fonte: Dokimos
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