Escrevo esse post sob uma profunda dor. Dois homens que sempre admirei, que me ajudaram a formar teologia, a pensar, agora transformam-se em gladiadores verbais viciados na adrenalina da "última palavra". (**)
Numa atmosfera de oração e contrição, escrevo o que deve tornar-se para mim uma advertência: fui chamado por Deus, não para pregar uma ideologia, mas O Evangelho!
Nos discursos de ambos, ultimamente, notei a perigosa ausência da cruz. Isso é grave sintoma: se a cruz desaperecer de nossa teologia, perdemos o referencial do Deus Servo, do Deus que salva. Perdemos o verdadeiro Deus e passamos a criar conceitos a serem devassados.
John MacArthur, em seu novo livro, "O evangelho segundo os apóstolos" (Fiel), cita o que A W Tozer, profundamente, deixou marcado em seu ministério (p. 270, 271):
"A cruz é a coisa mais revolucionária que já apareceu entre os homens. A cruz dos tempos romanos não sabia o que era fazer acordos; nunca fez concessões. Ela vencia todas as suas discussões matando seu oponente e silenciando-o para sempre. Não poupou a Cristo, mas assassinou-o violentamente como o fez aos demais. Ele estava vivo quando o penduraram naquela cruz e completamente morto quando o retiraram dali, seis horas depois. Isso era a cruz na primeira vez em que apareceu na história cristã...
A cruz sempre cumpre sua finalidade destruindo um padrão estabelecido, o da vítima, e criando outro padrão, o seu próprio. Assim, as coisas sempre saem como ela quer. Ela vence ao derrotar seu oponente e impor sua vontade sobre ele. A cruz sempre domina. Nunca entra em acordos, nunca faz trocas nem concessões, nunca cede um ponto a favor da paz. Ela não se importa com a paz; importa-se apenas em terminar mais rapidamente possível a oposição contra ela.
Com perfeito conhecimento de tudo isso, Cristo disse: 'Se alguém quiser vir após mim, a si mesmo se negue, dia a dia tome a sua cruz e siga-me'. Então, a cruz não somente trouxe um fim à vida de Cristo, mas também à primeira vida, a vida velha, de cada um dos seus verdadeiros seguidores. A cruz destrói o padrão antigo, o padrão de Adão, na vida do crente e o traz a um fim. Então, o Deus que ressuscitou Cristo dos mortos, ressuscita o crente, e uma nova vida começa.
Isso, e nada menos, é o verdadeiro cristianismo.
Devemos fazer algo em relação à cruz. E só podemos fazer uma de duas coisas - fugir da cruz, ou morrer nela"
Minha oração por eles e por nós - todos nós - é que nunca percamos de vista a cruz. Dela a gente aprende o perdão pelos que pecaram (como no caso do Caio, que infelizmente a igreja brasileira faz questão de lembrar); aprende também a assumir nossa culpa, nossa máxima culpa. A cruz é minha. Não posso me julgar superior a ninguém. Pela cruz sou marcado. Pela cruz sou servo.
Oremos, irmãos, para que não sejamos marcados por discussões tolas e perdas profundas.
Fonte: Alan Brizotti no Genizah
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Numa atmosfera de oração e contrição, escrevo o que deve tornar-se para mim uma advertência: fui chamado por Deus, não para pregar uma ideologia, mas O Evangelho!
Nos discursos de ambos, ultimamente, notei a perigosa ausência da cruz. Isso é grave sintoma: se a cruz desaperecer de nossa teologia, perdemos o referencial do Deus Servo, do Deus que salva. Perdemos o verdadeiro Deus e passamos a criar conceitos a serem devassados.
John MacArthur, em seu novo livro, "O evangelho segundo os apóstolos" (Fiel), cita o que A W Tozer, profundamente, deixou marcado em seu ministério (p. 270, 271):
"A cruz é a coisa mais revolucionária que já apareceu entre os homens. A cruz dos tempos romanos não sabia o que era fazer acordos; nunca fez concessões. Ela vencia todas as suas discussões matando seu oponente e silenciando-o para sempre. Não poupou a Cristo, mas assassinou-o violentamente como o fez aos demais. Ele estava vivo quando o penduraram naquela cruz e completamente morto quando o retiraram dali, seis horas depois. Isso era a cruz na primeira vez em que apareceu na história cristã...
A cruz sempre cumpre sua finalidade destruindo um padrão estabelecido, o da vítima, e criando outro padrão, o seu próprio. Assim, as coisas sempre saem como ela quer. Ela vence ao derrotar seu oponente e impor sua vontade sobre ele. A cruz sempre domina. Nunca entra em acordos, nunca faz trocas nem concessões, nunca cede um ponto a favor da paz. Ela não se importa com a paz; importa-se apenas em terminar mais rapidamente possível a oposição contra ela.
Com perfeito conhecimento de tudo isso, Cristo disse: 'Se alguém quiser vir após mim, a si mesmo se negue, dia a dia tome a sua cruz e siga-me'. Então, a cruz não somente trouxe um fim à vida de Cristo, mas também à primeira vida, a vida velha, de cada um dos seus verdadeiros seguidores. A cruz destrói o padrão antigo, o padrão de Adão, na vida do crente e o traz a um fim. Então, o Deus que ressuscitou Cristo dos mortos, ressuscita o crente, e uma nova vida começa.
Isso, e nada menos, é o verdadeiro cristianismo.
Devemos fazer algo em relação à cruz. E só podemos fazer uma de duas coisas - fugir da cruz, ou morrer nela"
Minha oração por eles e por nós - todos nós - é que nunca percamos de vista a cruz. Dela a gente aprende o perdão pelos que pecaram (como no caso do Caio, que infelizmente a igreja brasileira faz questão de lembrar); aprende também a assumir nossa culpa, nossa máxima culpa. A cruz é minha. Não posso me julgar superior a ninguém. Pela cruz sou marcado. Pela cruz sou servo.
Oremos, irmãos, para que não sejamos marcados por discussões tolas e perdas profundas.
Fonte: Alan Brizotti no Genizah
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