A Câmara de Arkansas aprovou nesta sexta-feira (25) uma proposta de lei que permite às escolas oferecer um curso da Bíblia.
A proposta, patrocinada pelo deputado republicano Denny Altes, foi aprovada em votação de 71-16.
De acordo com a legislação, escolas públicas não seriam obrigadas a ensinar a Bíblia, mas teriam a opção de oferecer um curso eletivo no que Altes chamou de “o livro mais popular da história.”
A proposta tem encontrado oposição de livres-pensadores e ateus. Kirk Dixon da Sociedade Freethinkers de Arkansas questionou a intenção da proposta de lei.
“Há uma coisa como a separação da Igreja e o estado, e eles continuam empurrando isso e empurrando e empurrando,” disse Dixon anteriormente, de acordo com o Arkansas News. “Nós não precisamos de religião nas escolas públicas. Nós empurramos isso goela abaixo todos os lugares em que vamos, e tudo o que eles estão fazendo é lavagem cerebral das crianças com suas religiões.”
Altes, um batista, introduziu a legislação em dezembro e enfatizou que isso seria ensinado como um curso de história.
O curso consiste de um “estudo acadêmico não religioso, não sectário da Bíblia e sua influência na literatura, arte, música, cultura, e políticas.” O currículo para o curso iria também cumprir com padrões acadêmicos aprovados pelo conselho estadual e os requerimentos da Constituição do Arkansas e a Constituição dos EUA.
Além disso, o curso não seria baseado em qualquer profissão de fé ou a falta dela ou de qualquer opinião particular sobre a Bíblia.
"Um estudo acadêmico do curso bíblico oferecido por uma escola pública do distrito deve: ser ensinado de uma forma objetiva e sem tentativa devocional de doutrinar os estudantes como para qualquer verdade ou falsidade das matérias bíblicas ou textos de outras tradições religiosas ou culturais; ... não desvalorizar ou encorajar um compromisso com um conjunto de crenças religiosas," afirma a nota.
O Departamento de Educação do Estado já aprovou um currículo que ensina a Bíblia como literatura nos distritos escolares de Little Rock e Cabot.
No entanto, Altes direcionou o Departamento de Educação ao currículo já desenvolvido pelo Conselho Nacional de Currículo da Bíblia nas escolas públicas como ponto de partida para o curso que ele propôs.
O currículo do Conselho já foi votado em 563 distritos escolares em 38 estados. Mais de 360 mil estudantes frequentaram o curso de âmbito nacional.
O projeto enfrenta agora o Senado estadual.
Fonte: Christian Post
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