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Na tentativa de virar o jogo contra um grupo de defesa que sempre apoiou as vítimas de padres pedófilos, os advogados da Igreja Católica Romana e padres acusados de abuso sexual em dois casos no Estado do Missouri, nos Estados Unidos, foram ao tribunal para tentar obrigar o grupo a divulgar mais de duas décadas de emails que poderão incluir correspondências trocadas com vítimas, advogados, delatores, testemunhas, policiais, promotores e jornalistas.
O grupo, a Rede de Sobreviventes de Abusos Praticados por Padres (SNAP na sigla em inglês), não é nem autor nem réu no litígio. Mas o grupo foi intimado cinco vezes nos últimos meses na cidade de Kansas e St. Louis, e o seu diretor nacional, David Clohessy, foi questionado por uma série de advogados por mais de seis horas. Um juiz da cidade de Kansas decidiu que a rede deve responder às solicitações porque "quase certamente" eles dispõem de informações pertinentes ao caso.
A rede e seus aliados dizem que a ação judicial é parte de uma campanha implementada pela igreja para paralisar uma organização que tem sido claramente a única disposta a defender as vítimas além de ser uma adversária implacável por mais de duas décadas.
"Se existe um grupo que os bispos e outros que estão no poder gostariam de ver em silêncio este grupo é certamente o SNAP", disse Marcia Hamilton, professora de Direito na Universidade de Yeshiva e uma defensora de vítimas de crimes sexuais do clero. "E é isso que eles estão tentando fazer. Eles estão tentando encontrar uma maneira de silenciar o SNAP".
Os advogados da Igreja e os padres disseram que não podem comentar o assunto por ordem de um juiz. Mas William Donohue, presidente da Liga Católica para Direitos Religiosos e Civis, um grupo de defesa da igreja em Nova York, disse que a luta contra a rede faz sentido pois o "SNAP apresenta uma ameaça à Igreja Católica."
Fonte: Último Segundo
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