Paulo nos ensinou que evitássemos toda “aparência do mal”.
Mas o que é tal coisa?
Ora, a aparência do mal é o julgamento da Moral, da maioria, do juízo da mediocridade ou do olhar ignorante e que interpreta com malicia..; assim: “aparência do mal” é o olhar do outro.
Há ocasiões em que não se deve evitar a aparência do mal. Quando? Ora, quando o que está em jogo é mais importante do que “os outros” pensem de mim, pois, o que eu esteja fazendo seja bom, ainda que para a maioria seja “mal na aparência”. Além disso, tais situações somente devem ser vividas quando se trata de seguir o amor em relação ao meu próximo; e não por um capricho meu...
É insensatez viver a aparência do mal apenas por capricho ou rebeldia infantil!
Jesus se expôs à aparência do mal sempre que foi necessário. Sim, sempre que se tratava de ajudar alguém, não importando a interpretação.
Isso, porém, tem que se submeter a uma hierarquia de valores... e que viaja do gosto pessoal caprichoso [aparência do mal insensata] ao que seja interesse legitimo do próximo quando está em grande necessidade [aparência do mal como solidariedade].
O jovem Jesus conversando num lugar solitário com uma jovem e bela mulher, na beira de uma fonte solitária, foi para os discípulos “aparência do mal”, posto que “se admirassem que conversasse com uma mulher”, embora nada Lhe tenham dito.
Assim, viver na “aparência do mal” sem que seja por algo mais importante do que a interpretação maliciosa, é solidariedade. Mas fazem isso por capricho, quando não é pecado contra consciências mais fracas, é, no mínimo, imaturidade.
Dá pra escrever um livro sobre isso [que não é só isso], mas o que aqui disse é a essência do que “aparência do mal” do mal é.
Fonte: Caio Fábio em seu site
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