O candidato do PRB à prefeitura de São Paulo, Celso Russomanno, passou por uma saia-justa na tarde desta terça-feira, durante evento na Vila Prudente, na Zona Leste da capital paulista. Russomanno foi abordado por uma eleitora que o acusou de vender "a alma ao diabo" e agir a mando do bispo Edir Macedo, da Igreja Universal do Reino de Deus (Iurd).
Na sexta-feira passada, em um shopping center da Zona Sul, Russomanno bateu boca com um eleitor, que indagou o fato dele ter votado contra a Lei da Ficha Limpa, quando deputado.
- Celso Russomanno, você vendeu a alma ao diabo. Sou católica e o senhor tem de parar de agredir minha igreja, de agir a mando do Edir Macedo - disse a eleitora, que não quis se identificar.
O candidato do PRB se envolveu recentemente em polêmica com a Igreja Católica e se encontrou no último fim de semana com o arcebispo de São Paulo, dom Odilo Pedro Scherer, para esclarecer a polêmica do cardeal com o presidente do PRB, Marcos Pereira, bispo licenciado da IURD que havia, no ano passado, criticado a Igreja Católica.
Russomanno participou de um encontro com idosos no Círculo de Trabalhadores da Vila Prudente e prometeu construir 4 Centros de Educação Unificada (CEUs) do Idoso nos próximos 4 anos, além de outros 26 CEUs para alunos da rede pública.
Líder nas pesquisas, o candidato do PRB disse que não iria responder aos ataques desta segunda-feira sofridos no debate promovido pela TV Gazeta. Na ocasião, foi o maior alvo dos adversários.
- Não preciso me defender dos ataques. Há 22 anos estou defendendo as pessoas, os cidadãos. As pessoas sabem quem eu sou. Sabem que os ataques são mentirosos. Aqueles que esperam um bom governo vão ter o melhor, um secretariado com os melhores profissionais digno de ministério.
Sobre as ofensas de Carlos Giannazi (PSOL), que o acusou de ser "o Collor do século XXI" e um "subproduto da política, foi enfático:
- Não levo a campanha para a baixaria. Respeito o eleitor.
Ao falar sobre uma de suas propostas, a do aumento do efetivo da Guarda Civil Metropolitana (GCM) de 6 mil para 20 mil homens, proposta criticada por adversários, inclusive Fernando Haddad (PT), Russomanno disse que "ressuscitaria a Guarda Civil de Jânio Quadros". O candidato do PRB havia sido questionado sobre o poder de polícia da GCM e se faria uma política de segurança linha-dura, no estilo Paulo Maluf.
- A GCM vai para as ruas, dentro da legalidade, apreender mercadorias ilegais, fazer revistas e dar voz de prisão. Estou ressucitando a Guarda do Jânio Quadros, que foi eficiente - salientou.
Fonte: O Globo
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