Durante essa semana uma polêmica do futebol teve ampla repercussão na mídia e em redes sociais. O goleiro Jefferson, do Botafogo, pode ser punido por manifestação religiosa em campo. O debate foi causado pelo penteado do jogador.
O movimento Atletas de Cristo, do qual Jefferson faz parte, divulgou seu pronunciamento público sobre o caso. O texto, em tom de repúdio, é assinado pelo diretor executivo Ricardo Ximenes. Intitulado de ‘Em nossa “cabeça”? Aí já é demais!’, critica sobre o que pode ser considerada manifestação religiosa em campo.
O goleiro é conhecido por seus penteados estilosos e com simbolismos – como a estrela, identidade do Botafogo. No jogo do último domingo, entre Botafogo e Flamengo, ele apareceu com um novo desenho: um peixe, símbolo dos Atletas de Cristo. Pelo ‘peixe’, ele pode ser punido, já que as
regulamentações sobre futebol proíbem demonstrações de religião de atletas. “O cabelo é do Jeferson, a cabeça também! (...) Muita gente não sabe ao que se refere o 'Peixe', mas, com a ajuda da polêmica levantada agora muita gente sabe”, declara Ricardo.
“Não existe limite para o corte de cabelo, de quem quer que seja, não existe limite para a marca do carro que alguém deseja comprar, não existe limite para o shopping que aquele ou aquela deseja frequentar, existe limite sim, para tudo aquilo que a prática do futebol exige, fora isto, ninguém pode limitar o tipo de corte de cabelo, tampouco a cabeça daquilo o que se deve pensar”, fala o texto do movimento.
“Se tivesse infringido a lei do clube, o posicionamento frente aos patrocinadores, os colegas de trabalho (jogadores de futebol), torcida, etc, tudo bem! Mas não o fez. Estão burocratizando o futebol de uma maneira que não lhe convém”, declara ainda a nota.
A publicação cita a Declaração Universal dos Direitos Humanos, adotada e proclamada pela resolução 217 A (III) da Assembleia Geral das Nações Unidas em 10 de dezembro de 1948. O artigo XVIII fala sobre a liberdade de religião. “Assim, não se pode proibir a livre, ampla e incondicional expressão da fé religiosa por parte de desportistas ou qualquer outro cidadão”, complementa o diretor executivo de Atletas de Cristo.
O jogador recebeu apoio do time que defende. O vice-jurídico do Botafogo, Aníbal Rouxinol, disse essa semana que não pediria a Jefferson para retirar o corte de cabelo.
Fonte: The Christian Post
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