Levantamento foi comparado a similar realizado nos Estados Unidos
Uma pesquisa realizada pela Fundação de Opinião Pública da Rússia (FOM) revelou que, aproximadamente, 64% dos russos se identificam como seguidores da Igreja Ortodoxa, porém, muitos deles nunca leram a Bíblia e raramente vão à igreja ou sequer rezam. O levantamento constatou que cerca de 52% dos fiéis da ortodoxia disseram nunca ter lido o Novo Testamento, o Velho Testamento ou qualquer outra escritura importante, enquanto 24% revelaram ir raramente à igreja e 28% quase nunca rezam.
O estudo da FOM foi realizado em abril deste ano com 1.500 entrevistados, em 43 regiões do país e foi parcialmente baseada numa pesquisa similar encomendada pela revista norte-americana Newsweek, no ano de 2005, e também pelo site Beliefnet. Os resultados do instituto russo mostraram que há mais incrédulos na Rússia (num total 25%) agora do que nos Estados Unidos naquele ano, quando apenas 6% se declararam como pessoas não seguidoras de qualquer religião.
O instituto de pesquisa russo observou que apenas 57% das pessoas que se identificaram como cristãos ortodoxos afirmaram também acreditar que o universo foi criado por Deus. Aproximadamente, 43% acham que o céu e o inferno realmente existem, e 25% acreditam na reencarnação, o que contraria os ensinamentos cristãos.
O número total de entrevistados que acreditam na origem divina do universo gira em torno de 46%, enquanto nos Estados Unidos esse índice era de 80%. Em 2005, 67% dos norte-americanos que participaram da pesquisa disseram acreditar que as almas vão para o céu ou inferno. Já na Rússia, apenas 34% compartilham esse mesmo pensamento.
De acordo com a FOM, a pesquisa foi divulgada somente agora porque em junho passado, a Duma de Estado, câmara baixa do parlamento russo, aprovou uma lei pela qual a ofensa aos sentimentos religiosos dos fieis passou a ser considerada como crime punível com até três anos de prisão.
Outra pesquisa de opinião realizada pela FOM no início deste ano mostrou que 45% dos russos acreditavam que ofender sentimentos dos fiéis religiosos deveria ser um crime. Na época, 22% contestaram e ideia e 33% não tinham opinião formada a respeito do assunto.
Fonte: Diário da Rússia
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