sexta-feira, 15 de março de 2013

O dom de línguas que se manifesta no pentecostalismo moderno é o mesmo dos dias apostólicos?

Conheço pastores, teólogos, que são excelentes mestres na palavra. Mas não são poucos, os que estão atrelados as estratégias do sistema que os bloqueia, impedindo-os de falar verdades divinas e eternas. Já fui confundido como polêmico, e por não aderir a certas novidades que ocorrem nos cultos de hoje, também de incrédulo. Mas as pessoas têm o direito de pensar; e formar suas opiniões, acredito, porém, que procuro olhar as coisas por um ângulo certo e verdadeiro. Acredito também, não em um deus, mas no Único e Verdadeiro Deus [...] e estamos no verdadeiro, [...] (1 Jo 5. 20).

A indagação, as línguas estranhas que se manifestam hoje no pentecostalismo moderno é a mesma dos dias apostólicos? Que o número esmagador de pentecostais afirma que sim; mas o que afirmam as Escrituras? Traçamos um perfil a respeito da questão e o leitor vai tirar as suas conclusões: Primeiro, o dia é o de Pentecostes, uma das cinco festas dos judeus celebrada cinqüenta dias depois da Páscoa. Havia uma promessa milenar a respeito da efusão do Espírito Santo. Jesus falou várias vezes desta promessa e ordenou que os discípulos não se ausentassem de Jerusalém até que fossem revestidos de poder (Lc 24. 49). No dia da comemoração da festa do Pentecostes, os discípulos estavam todos no mesmo lugar quando se cumpriu a promessa. Eles foram cheios do Espírito Santo, falaram em outras línguas conforme o Espírito concedia que talassem. Essas línguas, eram entendidas pelos os estrangeiros que participavam das festividades e, compreendiam a mensagem na própria língua deles.

Segundo, havia na igreja de corinto vários problemas, e um deles era o dom de língua. Paulo escreve para corrigir este suposto problema, havia os que falavam ao mesmo tempo em línguas (como hoje), já outros, falavam coisas sem sentido nas expressões. O apóstolo ensinou que todos deveriam falar em línguas, mas com ordem, e no Maximo duas ou três pessoas e se houvesse interprete, não havendo, deveria ficar calados, a mesma regra valia para os que profetizavam (1 Co 14. 27, 32, 39 e 40). Daí a nossa indagação, o dom de línguas que se manifesta no pentecostalismo moderno é o mesmo o dos dias apostólicos? Sem ferir princípios, mostraremos o seguinte.

Nos últimos anos, centenas de estudos foram feitos em gravações bilíngues para elucidar este fenômeno; linguistas internacionais como William Samarino, professor de linguística da Universidade de Toronto EUA, e o Dr. Eugênio da Sociedade Bíblica Americana, em suas pesquisas chegaram à seguinte conclusão: “Não se assemelham estruturalmente a nenhuma língua, não há nada mais do que sons de vogais contrastantes e poucos sons peculiares de consoantes, estes combinam para formar pouco conjunto de sílabas que se repetem muitas vezes em ordem variadas.” A conclusão dos linguísticos é que as línguas estranhas faladas hoje é composta de sons desconhecidos, sem vocabulário e traços gramaticais indistinguível, com traços estratégicos simulados e ausência total de característica de uma língua. Diferente então, das línguas do Dia de pentecostes que eram entendidas por todos estrangeiros.

O que está acontecendo no meio deste movimento, o pentecostalismo moderno? Pode-se chegar a seguinte conclusão: 1º. Desequilíbrio emocional. O dom de língua se tornou uma espécie de status espiritual, e quase uma condição de salvação, se falar línguas, tem o Espírito Santo, se não falar, então não o tem! E a partir desta conclusão, as pessoas procuram buscar desesperadamente o tal dom de línguas, e o resultado é o desequilíbrio emocional. 2º. Simulação e imitações. Usam palavras decoradas para chamar a atenção para si mesma (status espiritual), como se estivesse dizendo: “Olhem para mim, como tenho poder, como sou usado por Deus! Mas na verdade, tal pessoa está no seu estado normal proferindo algumas palavras para chamar a atenção, sou uma pessoa especial”! 3º. Ocultismo. Este é o mais perigoso. Citarei as palavras de Robert J. Macdonald, em uma de suas reuniões mais recente: “As línguas estranhas é o fenômeno mais observado no campo da religião, o interesse por falar em línguas, já atingiu as igreja protestantes..., quando o espiritismo moderno surgiu em 1848,muitos médiuns de então experimentaram este fenômeno, e até hoje ele segue manifestando-se em certas extensão em nosso meio. Observe quando as pessoas começam a rodopiar na área do culto, o braço é colocado nas costas, não é diferente dos terreiros de candomblé. ” Vale lembrar o que Jesus explicitamente falou: ‘[...] Senhor, Senhor! Porventura, não temos nós profetizado em teu nome, e em teu nome não expelimos demônios, e em teu nome não fizemos muitos milagres? (Mt 7. 22,23). Pense cuidadosamente nisso irmão! 

Creio piamente no dom de outras línguas, porém biblicamente legitimo como ocorreu nos dias apostólicos. Em casos esporádicos este dom têm se manifestado quando Deus (não o homem) acha necessário. 



Fonte: Pr. José Ribamar Rodrigues na Ed. Ultimato
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