Pastor participava de programação da Assembleia de Deus, em Santarém.
Manifestação terminou em tumulto e caso foi parar na delegacia.
Um grupo de manifestantes realizou, na noite da última segunda-feira (29) em Santarém, no Baixo Amazonas, um protesto contra o pastor Marco Feliciano, que estava no município para participar de um evento em comemoração aos 85 anos da Assembleia de Deus na cidade. Marco Feliciano tem sido alvo de críticas em todo o Brasil por causa de supostas declarações de racismo e homofobia, e por apoiar o projeto da “Cura Gay”.
Em Santarém, os protestos iniciaram na avenida Tapajós, distante de onde acontecia o evento da igreja evangélica. Mas, durante a pregação do pastor, um grupo de manifestantes conseguiu ultrapassar a barreira da Polícia Militar e se aproximar do local. Neste momento, Marco Feliciano pediu, pelo microfone, que a PM retirasse o grupo da área.
“Essas pessoas podem sair daqui presas, algemadas, agora. Semana passada eu já prendi dois. Isso aqui não é casa da mãe Joana. Isso aqui é uma igreja. Respeitem essa igreja”, disse o pastor.
Os manifestantes não aceitaram sair do local e um tumulto começou. Três jovens foram detidos e levados para a delegacia do município. Outras seis pessoas disseram ter sofrido agressão. “A polícia embargou a gente depois que um cara que estava fazendo a segurança do evento tirou o colete para agredir um dos meninos”, relata a estudante Ingrid Brasil.
“Eu fui acionada diante de uma denúncia de truculência. Tanto do policiamento que estava no local, quanto dos seguranças da Assembleia de Deus. Houve o evento na orla da cidade em que as pessoas, pela liberdade de expressão, tentaram se manifestar contrariamente a uma pessoa que é conhecida nacionalmente”, detalha a advogada dos estudantes, Juliane Fontele.
De acordo com a advogada da Assembleia de Deus, Eyceila Menezes, a polícia usou os meios necessários para conter os manifestantes, porque eles não aceitavam ficar fora do evento e tentavam retornar à força. “Realmente não é a intenção da igreja fazer nenhum tipo de procedimento contra os jovens”, afirma.
O caso está sendo apurado pela polícia de Santarém.
Fonte: G1
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