Em meio a uma enorme convenção que movimentou a cidade de Manaus e engarrafou o aeroporto com jatinhos de mega pastores, os membros da Assembléia de Deus foram surpreendidos ontem (29/05/10), no encerramento do evento, com a nomeação do deputado Silas Câmara, envolvido em diversas denûncias graves e processos ao cargo de pastor da AD.
A convenção, chamada pelos organizadores de a maior do planeta, durou uma semana e contou com a presença de pastores nacionais e internacionais e cantores de renome.
A convenção funcionou como um verdadeiro palanque politico com objetivos eleitorais locais e nacionais. O deputado federal Silas Câmara (agora também pastor), irmão do Pastor Samuel Câmara e do Pastor Jonatas Câmara, quer mostrar seu cacife político e o circo foi armado em Manaus e os jatinhos congestionaram o aeroporto, entre estes o de Silas Malafaia que fechou o evento com seu show religioso.
Silas Câmara, responde a processos criminais no Supremo Tribunal Federal (STF) por embolsar parte dos salários na Câmara dos Deputados, assim como fazia Wladimir Costa, seu colega dono de concessão de rádio, com seus funcionários. Esse processo está pendente de julgamento em razão de pedido de vista pelo Ministro Tofoli. O deputado também já foi investigado por envolvimento com o narcotráfico, contrabando, falsificação de dólares e dupla identidade e roubo de dinheiro público no superfaturamento de ambulâncias (CPI das Sanguessugas).
Normalmente, a nomeação ao cargo de pastor é precedida de criteriosa averiguação da vida pregressa do candidato ao cargo eclesiástico, o que nesse caso parece ter sido ignorada.
Segundo o portal G1: O deputado federal reeleito Silas Câmara (PTB-AM) responde a dois inquéritos no Supremo Tribunal Federal (STF). O de número 2005 investiga crime contra a administração pública, especificamente improbidade administrativa. Já o inquérito nº 1695 está sob segredo de Justiça.
Já segundo a Agência Brasil, mais segredos do deputado seguem transbordando no Supremo Tribunal Federal (STF) que recebeu do Ministério Público Federal (MPF) “denúncia contra o deputado federal acusado de falsidade ideológica e uso de documento falso”. O ministro Joaquim Barbosa, relator do inquérito (Inq 1695), apresentou as evidências e materialidade para “recebimento da denúncia e instauração de ação penal”:
“O relator, ministro Joaquim Barbosa, disse que o Ministério Público apurou que o número do registro geral na carteira de identidade do parlamentar não é compatível com a data de expedição em 1979. O número de série só teria sido alcançado em 1983. O deputado teria utilizado o documento para emitir procurações e promover alteração em contrato social de empresas. O parlamentar terá o direito contestar as provas apresentadas pelo Ministério Público.”
Fonte: Genizah
---------------