terça-feira, 27 de novembro de 2012

Anuário Brasileiro de Segurança Pública: motivos de oração pela paz da cidade, por missões urbanas e pelo respeito aos direitos humanos nos presídios

A crescente onda de assassinatos de policiais em São Paulo, a maior cidade brasileira, nas últimas semanas é um triste exemplo concreto de uma das conclusões do Anuário Brasileiro de Segurança Pública 2012 lançado nesse mês, em São Paulo, que, além de falar dos riscos da profissão e da baixa remuneração dos policiais, também ressalta o tamanho da população dos presídios, o constante crescimento da violência urbana, com mais de 800 mil vítimas fatais nos últimos 15 anos.

O estudo também informa que "gastamos com segurança pública o dobro que o México, que vive um quadro agudo de violência, e temos taxas de homicídios muito parecidas". O relatório inclui um perfil do preso no sistema carcerário nacional. Dentre muitas outras informações, diz que "dos 471,25 mil presidiários no País, a maior parte é de homens (93,8%) com idade entre 18 e 24 anos (29,6%)". A publicação é do Fórum Brasileiro de Segurança Pública, em parceria com o Ministério da Justiça, e está em sua 6ª Edição.

A segurança reclamada pela sociedade e os direitos humanos dos presos não são, de maneira algumas, duas necessidades autoexcludentes. Ao contrário, tomando por base a ideia de que violência só gera violência, o legítimo anseio da sociedade pela paz das cidades deveria incluir a defesa do respeito aos direitos humanos no sistema carcerário. Um gosto de vingança na boca ao vê-los sofrendo em situações degradantes nas cadeias só aumenta a violência... lá no presídio e na cidade também. A revolta e o desejo também de vingança do preso em relação à sociedade alimenta um círculo vicioso de mais insegurança pública, tornando ainda mais difícil a possibilidade de ressocialização e reconstrução de vidas.

É grande o desafio para cristãos envolvidos na tarefa de abençoar vidas nos presídios brasileiro. Além da superlotação e dificuldades estruturais para o trabalho, os resultados não são animadores.

Que essas reflexões e outras que você venha a fazer, sirvam de motivos de oração nos próximos dias.



Fonte: Agência Soma
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