sexta-feira, 30 de novembro de 2012

Arrepender e viver ou não se arrepender e morrer

“Arrependei-vos, pois, e convertei-vos, para que sejam apagados os vossos pecados, e venham assim os tempos do refrigério pela presença do Senhor”(Atos 3:19)

Existe uma diferença entre arrependimento e remorso. O arrependimento produz vida; o remorso desemboca na morte. Através do arrependimento o indivíduo foge da morte para Deus; pelo remorso a pessoa foge de Deus para a morte. O arrependimento conduz o homem ao céu; o remorso o leva ao inferno. Não houve diferença entre o pecado de Pedro e o de Judas. Pedro negou Jesus, Judas o traiu. Mas, houve grande diferença na maneira deles lidarem com o pecado. Pedro arrependeu-se, Judas encheu-se de remorso. Pedro vomitou o veneno, Judas engoliu o veneno. Pedro foi perdoado e salvo, Judas pereceu eternamente.

O verdadeiro arrependimento envolve três elementos fundamentais:

Em primeiro lugar, arrependimento é mudança de mente. A palavra grega para o arrependimento, metanóia, significa mudança de mente. O arrependimento é em primeiro lugar uma mudança intelectual, uma mudança de conceito. Pelo arrependimento compreendemos que o diabo é um embusteiro e que o pecado é uma fraude. Compreendemos que por trás da sedutora isca do pecado existe o anzol da morte. Compreendemos que o pecado é maligníssimo e pior do que a pobreza, do que a solidão, do que a doença e do que a própria morte, pois todos esses males não podem nos afastar de Deus, mas o pecado nos afasta de Deus agora e faz perecer eternamente aqueles que se agarram a ele.

Em segundo lugar, arrependimento é mudança de emoção. O arrependimento é tristeza segundo Deus (2 Co 7.10). A tristeza do mundo produz morte, mas a tristeza segundo Deus conduz à vida. O arrependimento produz uma insatisfação no coração do indivíduo que peca de tal forma, que a pessoa rompe com o pecado e corre para os braços de Cristo. Sem arrependimento a tristeza pelo pecado afunda a pessoa ainda mais no pântano no desespero. Sem arrependimento aquele que é escravo do pecado vai se enrolando num cipoal e vai se prendendo com cordas e correntes tão grossas que ao fim, ele se capitula vencido, quebrado, arruinado, e perdido. O fim dessa linha é a morte e a própria perdição eterna. Porém, quando uma pessoa se arrepende, ela passa a fugir não apenas das conseqüências do pecado, mas do próprio pecado. Ela vê o glamour do mundo como esterco; ela não se deleita mais nos manjares do mundo, pois sabe que a aparência do mundo passa, mas aquele que faz a vontade de Deus permanece para sempre.

Em terceiro lugar, arrependimento é mudança de vontade. O arrependimento não é apenas um assentimento intelectual e um sentimento emocional. O verdadeiro arrependimento atinge a vontade. É dar meia volta e voltar-se para Deus. Judas deu os dois primeiros passos do arrependimento. Ele reconheceu que tinha traído sangue inocente. Ele confessou o seu pecado. Ele sentiu tristeza por ele, a ponto de devolver o dinheiro recebido pela traição. Porém, ele não deu o último passo. Ele não se voltou para Jesus. Ele não pediu perdão. Ele não mudou sua conduta. Apenas a consciência do erro e a correspondente tristeza por ele não é suficiente. É preciso tomar uma decisão. É preciso exercitar a vontade e correr para os braços do Pai. O filho pródigo caiu em si e voltou para a Casa do Pai. Se ele tivesse apenas lamentado sua condição e permanecido na pocilga, ele teria perecido. Mas, ele voltou e encontrou o abraço da reconciliação, o beijo do perdão e a festa da salvação.

Você já se arrependeu de quem você é e do que você tem feito contra Deus? Você tem produzido frutos dignos de arrependimento? Ou você ainda se deleita naquilo que Deus abomina? Ninguém pode crer em Jesus sem antes se arrepender de seus pecados. Não há fé salvadora sem arrependimento do pecado. A porta do céu jamais se abrirá para aqueles que não entraram, aqui, pela porta do arrependimento. Hoje ainda é tempo de se arrepender. Hoje ainda é um dia de graça. O que você ainda está esperando?



Fonte: PC do Amaral
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