O governo alemão foi levado nesta sexta-feira (21) a se interessar pelo sexo de Deus, depois que uma ministra desencadeou uma polêmica ao considerar que o neutro poderia ser o gênero utilizado para designar o Todo-Poderoso.
Durante a tradicional coletiva de imprensa dos porta-vozes de cada ministério, um ritual sério organizado três vezes por semana, o debate teológico-gramatical encontrou um lugar entre a dívida do Chipre e a relação entre Rússia e Europa.
Citando a Bíblia, obras do papa Bento XVI ou o site oficial do Vaticano, o porta-voz da ministra da Família, Kristina Schroeder, concluiu: "Evidentemente, Deus não é nem homem, nem mulher. Tenho mais confiança em um especialista [o Papa] do que naqueles que criticam a ministra".
Em uma entrevista publicada na quinta-feira (20) pelo semanário Die Zeit, a ministra Schroeder, de 45 anos, gerou polêmica ao abordar esta questão quando falava sobre educação.
"É complicado falar de Deus no masculino a sua pequena filha?", perguntou o jornalista. O idioma alemão possui as formas gramaticais feminino, masculino e neutro, e Deus é designado no masculino.
"É simples, cada um deve decidir por si mesmo. O artigo não tem significado", respondeu a ministra, considerando que o neutro seria igualmente correto. Esta resposta desencadeou uma série de críticas de todos os lados, incluindo de aliados de Schroeder no Partido da União Democrata Cristã, o mesmo da chanceler Angela Merkel.
Fonte: G1
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