O que é ser homem de verdade? Essa é uma excelente pergunta. Mas com ela surge outra: podemos ter alguma resposta satisfatória? Podemos ter alguma certeza de que detenhamos a verdadeira definição do que é ser homem de verdade? E quem pode nos dizer que tem uma definição apropriada para tal questão? Você? Eu? Há alguém habilitado para tanto? Eu penso que sim, para nossa sorte, para felicidade das mulheres, para alegria dos meninos que aprenderão conosco e para o bem da nossa sociedade.
Larry Crabb escreveu que “a masculinidade significa mover-se – nem sempre sucesso, nem mesmo vitória, mas mover-se, com o tipo de movimento que somente uma fascinação por Cristo, apaixonada, consumidora, dirigida pelo Espírito pode produzir”1. Ele está certo. Masculinidade não pode ser definida por um pinto, algumas palavras bonitas ou porque você veste jeans e tem um pomo de Adão. Músculos, testosteronas, barba, cabelo curto e um grande apetite sexual não são sinônimos saudáveis do que significa ser homem de verdade. Trata-se de um movimento. Sim. Masculinidade é um movimento constante e incessante. Mas para aonde?
Jesus é a resposta, mas precisamente a sua encarnação. Quando Jesus adentrou a humanidade, ele não se tornou apenas humano ou nosso salvador, ele se tornou nosso exemplo supremo de masculinidade. Precisamos entender que quando a encarnação aconteceu a maravilha não foi somente que Deus Filho decidiu andar no meio de nós, viver neste planeta indigno dele e de conviver de perto com seres humanos tão imperfeitos; Deus entre nós, já imaginou? A maravilha também foi que o Deus, cuja glória é inimaginável, revestiu-se de carne, osso, tecido celular e se tornou homem ( Jo 1:14; Fp 2: 6,7 e Hb 2:14). Ele viveu como tal. Ele honrou, de grosso modo, aquilo que ele tinha no meio das suas pernas. O grande problema de muitos cristãos é que nós olhamos para Jesus como apenas nosso Deus, Senhor e Salvador. Mas a encarnação o torna mais real, mais perto, mais humano, o que significa que temos mais do que apenas alguém que podemos orar ou entregar as nossas vidas; temos alguém que podemos olhar e seguir o exemplo, porque se tem alguém que foi homem com “h” maiúsculo ele se chama Jesus. Humano o suficiente para nos mostrar como é que se vive e divino o suficiente para nos assegurar que podemos contar com ele nessa empreitada. Resumindo, se somos homens, temos um duplo chamado para ser como Jesus: é uma questão de prioridade cristã e de exemplo de suprema masculinidade.
Então, ser homem de verdade significa mover-se constante e incessantemente em direção de ser mais parecido com Cristo (Rm 8:28; 2 Co 3:18 e 1 Jo 3:2,3). Se nos preocuparmos apenas em buscar esse alvo com tudo que temos não precisaremos buscar o que precisamos ser. Se olharmos constantemente para Jesus e buscar ser cada vez mais parecido com ele, não precisaremos de mais nada. Larry Crabb escreveu de forma acertada:
“Homens que aprendem a estar mais fascinados com Cristo do que consigo mesmos se tornarão os homens autênticos dos nossos dias. Os homens desta geração precisam aprender a contar o custo de seguir a Cristo; precisamos sentir o vazio de nossas almas até que nenhum custo pareça alto demais se nos trouxer em contato com Ele; precisamos resistir à influência da cultura “cristã” que valoriza a autodescoberta e a auto-satisfação acima de um abandono de nós mesmos a Deus. Em suma, precisamos estar mais preocupados em conhecer a Cristo do que em nos encontrar”2.
Precisamos levar mais a sério o nosso chamado para sermos mais parecidos com Jesus, nosso exemplo supremo de masculinidade. Precisamos olhar para ele constantemente. Não devemos perdê-lo de vista nem por um segundo, porque assim seremos homens de verdade, não meninos.
Fonte: Evangelho Urbano
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