Pastor ortodoxo diz que norma aprovada em São Petersburgo deve ser de âmbito nacional
Uma semana após a aprovação de uma lei em São Petersburgo que proíbe propagandas de cunho homossexual, grupos conservadores na Rússia pressionam para que a lei seja levada a âmbito federal.
Nesta segunda feira, Dmitry Pershin, popular líder da Igreja Ortodoxa Russa, fez um apelo ao Parlamento de Moscou para que a norma seja adotada em todo o país. Segundo ele, a lei deve entrar em vigor “sem atrasos” para impedir a “promoção da homossexualidade a menores”.
— A lei aprovada em São Petersburgo vai ajudar a proteger crianças de informações manipuladas por minorias que querem promover a sodomia — disse Pershin. — A persistência dessas minorias indica que essa lei local é muito necessária e deve ser urgentemente aprovada em âmbito federal.
São Petersburgo é a quarta cidade a adotar a norma, quase 20 anos depois de a homossexualidade ter sido descriminalizada na Rússia, em 1993. Ativistas de defesa dos direitos homossexuais temem que a lei seja usada para proibir qualquer manifestação pública homossexual, promover a perseguição a grupos LGBTs e incentivar a intolerância.
De acordo com o texto da norma aprovada em São Petersburgo, ao apresentar a homossexualidade como algo normal, a saúde e o desenvolvimento moral dos menores podem ser prejudicados. Se a legislação for desrespeitada e houver condenação, a pessoa — física ou jurídica — será multada e deverá pagar um valor entre 50 mil e 500 mil rublos (US$ 1.700 a US$ 17 mil).
Fonte: O Globo
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