Um dos pactos (compromissos, aliança) que temos como igreja é o pacto da honestidade: “Vou conversar com você(s) no tempo certo, de maneira franca, direta, amorosa, sincera e controlada, a respeito de situações pessoais e da maneira de viver a vida cristã, para que a cada dia cresçamos na comunhão, na fé e no amor, e nos revistamos continuamente de Cristo”. Infelizmente, nem sempre falamos o que pensamos para as pessoas, mas somos rápidos em falar das pessoas para outros. Ao observarmos a natureza emocional de Cristo, constatamos que ele é cheio de compaixão, pronto a sofrer para que pecadores sejam encontrados como filhos e filhas do Pai Celeste, sereno em seu agir e reagir, mas assertivo com as pessoas com as quais se relacionava.
Definimos assertividade aqui como “a afirmação dos próprios direitos e expressão dos pensamentos de maneira direta, honesta e apropriada, que não viole o direito de outras pessoas” (J. L. Lange e P. Jakubowsky). Este é um grande desafio para nós cristãos porque todo nosso direito está em Jesus Cristo, sendo ele o modelo a ser seguido.
Jesus falou a verdade em amor estabelecendo limites
Jesus atendeu a inúmeros pedidos, mas se recusou a atender pedidos abusivos. Em Mateus 16.1-4, os fariseus e saduceus vieram até ele e, para pô-lo à prova, pediram que lhes mostrasse um sinal vindo do céu. Jesus era poderoso para fazer e mostrar qualquer sinal, mas ele conhecia a intenção dos corações. Jesus não apenas recusou o pedido, mas apontou o motivo pelo qual não o atenderia.
Jesus falou a verdade em amor denunciando o erro
Em Lucas 11.37-52 Jesus denuncia o orgulho e falso modo de agir dos fariseus (vv 37-44), e o legalismo exagerado dos mestres da lei que causavam impedimento para eles e para muitos outros de conhecerem a Deus (vv 45-52). Jesus ainda “derribou as mesas dos cambistas” (Mateus 21.12-13) que profanavam o templo. O alvo de Jesus era o reino, sua missão implantá-lo, ele sabia que tinha e cumpriu sua missão profética.
Jesus falou a verdade em amor ensinando como proceder
Jesus se preocupou em nos deixar uma orientação clara de como devemos proceder diante de irmãos que, porventura, venham a cometer algum erro. Em Mateus 18.15-18 recebemos essas instruções. Devemos antes de tudo procurar o irmão a fim de ganhá-lo, caso nos ouça. Caso isso não aconteça, o segundo passo é voltar a ele com uma ou duas pessoas, para que a verdade se estabeleça. Somente se não houver arrependimento o caso deverá ser levado às autoridades da igreja.
O objetivo maior é a recuperação dos irmãos para que Cristo seja formado em cada pessoa. O risco dos extremos está em nos tornarmos omissos diante de posições que devemos tomar, ou ainda nos tornarmos tão “transparentes” a ponto de sairmos falando tudo o que pensamos. Ao termos Mais de Cristo em nossas vidas e em nossas emoções aprenderemos, como corpo de Cristo, a falar a verdade em amor.
Fonte: Pr. Pedro Leal Junior no site da Igreja Presbiteriana Independente de Londrina
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