As vítimas australianas de abusos sexuais perpetrados no seio da igreja católica festejaram hoje o anúncio da renúncia de Bento XVI e acreditam que o próximo Papa acabe com estes delitos, revelaram órgãos de comunicação social locais.
"Saudamos a renúncia de um funcionário da igreja com um imenso poder e que fez muito pouco para deter o reino do terror criado por sacerdotes e outros religiosos violadores de crianças", afirmou Nick Davis, representante do grupo de vítimas de abusos por parte de elementos da igreja católica.
Para a organização, "Joseph Ratzinger contribuiu, pessoalmente, para aumentar o número de vítimas e aumentar exponencialmente o sofrimento daqueles que foram agredidos", acrescentou Davis num comunicado citado pela agência local AAP.
Por isso, a associação de vítimas espera que o sucessor do Papa impulsione uma mudança radical para deter "os horríveis crimes e o seu encobrimento" e instou a igreja católica a deixar de esconder estes delitos atrás de uma fachada de imunidade diplomática do Vaticano como um Estado soberano".
A igreja católica admitiu em setembro 620 casos de abusos sexuais contra menores cometidos por sacerdotes desde a década de 1930 na Austrália onde o Governo criou uma comissão para investigar estes crimes cometidos em instituições religiosas, sociais e estatais.
Fonte: Diário de Notícias
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