sábado, 2 de fevereiro de 2013

Polícia investiga se explosão em igreja evangélica é criminosa

A Polícia Civil vai investigar se é criminosa a explosão de um botijão de gás que destruiu uma igreja evangélica na manhã de ontem, no Bairro Milionários, Região do Barreiro, na capital. Parte da fachada do galpão onde funciona a Igreja Batista Santuário da Adoração, o telhado, as paredes e teto da cozinha e do escritório foram destruídos. Por pouco, os destroços não mataram o funcionário de uma operadora de TV a cabo que estava dentro de um carro parado na rua.

Na parede do galpão da igreja está pichada uma ameaça “Matar a igreja”. Segundo o sargento Vinícius Alcântara, do 41º Batalhão, há dois anos começou uma onda de ataques a igrejas do bairro. “Há um terrorismo e várias igrejas foram pichadas com a mesma ameaça. Muitas foram danificadas, tiveram as portas pichadas ou foram furtadas”, disse o militar.

A suspeita de atentado foi reforçada depois da vistoria dos bombeiros. O tenente Paulo Henrique Firme, do 1º Batalhão de Bombeiros Militares, acionou a perícia e a Polícia Civil para abertura de inquérito. “O vazamento por si só não gera explosão. Tem que ter uma fonte de ignição e a igreja estava fechada no momento. Não sabemos realmente o que provocou a explosão”, disse. Segundo ele, um curto-circuito ou um cigarro aceso deixado no local pode ter causado a explosão, que foi de grande intensidade pelo fato de o gás que vazou ficar confinado no ambiente fechado da cozinha.

O estudante Thiago Saraiva mora numa casa em frente. “Eu já estava acordado, no meu quarto, e o barulho foi tão alto que achei que fosse um acidente de carro. Quando fui ver o que era, encontrei a igreja toda destruída e o pessoal correndo na rua, desesperado”, disse Thiago.

Houve um princípio de incêndio que foi controlado pelos PMs antes da chegada dos bombeiros. Os vidros da janela de uma casa que fica a 100 metros de distância foram quebrados. O pastor Luiz Olavo Souza não descarta a possibilidade de atentado. “Uma ameaça como essa deixada na parede sempre assusta”, disse. O pastor Arlen Cleize também estava assustado e não quis comentários.



Fonte: Estado de Minas
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