O sangue de Obama tem poder. Graças a uma suposta semelhança física entre o ator Mohamen Mehdi com o presidente americano, o personagem do Satanás será suprimido do filme "O Filho de Deus", que conta a história de Jesus Cristo.
Os produtores da série "A Bíblia", feita para o History Channel e exibida no Brasil pela Record, decidiram não incluir Satanás (papel de Mehdi) no filme "O Filho de Deus" devido à controvérsia causada pela semelhança entre o ator marroquino e o líder dos EUA.
Roma Downey, que participou da série e que agora está produzindo o filme, disse que a comparação seria uma distração para a história. "A Bíblia" foi sucesso de audiência na TV americana e concorreu ao Emmy.
"A imprensa ficou louca", disse ela ao site TheBlaze.com. "Eu sabia que o narcisismo de Satanás ia atrair todas a atenções para ele e criar um cisma na história. Tenho certeza de que ele adorou ser o centro das atenções."
Os boatos sobre a semelhança entre Obama e Satã foram levantado quando a série foi ao ar em março passado. O conservador Glenn Beck postou no Twitter uma mensagem dizendo que os dois eram "exatamente iguais".
"Eu quero que o nome de Jesus esteja na boca das pessoas, por isso vetei Satanás", disse Downey."
Jesus
Em outubro do ano passado, o ator Diego Morgado, que interpreta Jesus na série, falou ao UOL sobre o desafio de interpretar o personagem.
"A verdade é que pesquisei bastante e procurei ver tudo onde entrasse a figura de Jesus e procurar os pontos comuns, e em seguida tentar uma coisa menos vista. Foi aí que procurei ir pelo caminho de tornar a figura menos inatingível, mais humana. Jesus era 100% filho de Deus, mas também estava numa condição 100% humana, com todas as suas caracteristicas e condições. Foi fascinante para mim trabalhar de que forma esta figura seria magnética por onde quer que passasse. Não só por aquilo que dizia, mas pela forma como agia com quem o rodeava."
O ator também deu uma mensagem de tolerância sobre a religião. "Sou cristão e aprendi com este trabalho da Biblia que, a meu ver, há uma forma errada de encarar a religião, como se fosse uma coisa clubística de torcida de time de futebol ou de partido politico. A religião, ou a nossa crença, ou fé, é uma coisa muito pessoal, que nos motiva no dia a dia. Cada um busca o caminho do seu equilíbrio emocional e espiritual, e essa é uma jornada que ninguém pode opinar ou fazer por nós."
Fonte: UOL
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