A 8ª Câmara Criminal do Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro negou pedido de habeas corpus ao pastor Marcos Pereira da Silva (foto), da Adud (Assembleia de Deus dos Últimos Dias). Desde a prisão do pastor, no dia 8 de maio, por causa de acusações de abuso sexual, este é o quarto pedido de liberdade negado pela Justiça.
O desembargador relator justificou a decisão pela "necessidade de garantia da ordem", segundo nota divulgada pelo TJ-RJ (Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro). O líder da Adud está no Complexo de Gericinó, em Bangu, zona oeste do Rio.
Procurado pelo UOL, o advogado do pastor, Marcelo Patrício, afirmou que deve recorrer ao STJ (Superior Tribunal de Justiça) para tentar obter a liberdade de seu cliente. "A gente já tinha ciência de que seria difícil sair o habeas corpus aqui no Rio de Janeiro. Nossa esperança é Brasília. Vamos levar nossa defesa para o STJ e lá vamos conseguir o habeas corpus", disse.
O pastor Marcos começou a ser investigado há pouco mais de um ano, a partir de acusações que o coordenador da ONG AfroReggae, José Júnior, fez sobre o suposto envolvimento de Marcos Pereira com tráfico de drogas e lavagem de dinheiro. Ao longo das investigações, a polícia descobriu que o pastor teria estuprado algumas fiéis, entre elas três menores de idade.
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Ele é investigado ainda pela suposta participação em quatro homicídios, esquemas de lavagem de dinheiro e organização de orgias com menores de idade em um apartamento em Copacabana avaliado em R$ 8 milhões e registrado em nome da igreja.
As pessoas eram chamadas para cultos, mas Pereira as forçava a participar da orgia para "serem purificadas", segundo as investigações da polícia. As investigações dão conta ainda de que o pastor costumava agir com violência, e que obrigava mulheres a fazer sexo com mulheres e homens a transar com homens.
Um dos assassinatos no qual o pastor estaria envolvido seria o de uma jovem que descobriu as orgias e teria tentado denunciá-lo. Um sobrinho do pastor também estaria envolvido nesta morte.
Fonte: UOL
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