Com a presença do bispo da Diocese de Barra do Piraí/Volta Redonda, Dom Francisco Biasin, e a participação de diversas entidades religiosas e grupos sociais que lutam pela juventude, pela ética e a paz, o Cebi-VR (Centro de Estudo Bíblico em VR) promoveu na manhã de sábado um ato religioso pela paz. O evento que teve início às 9h30 foi realizado no Memorial da Bíblia, localizado na Praça Leivas Macalão, próxima ao viaduto Nossa Senhora das Graças, no Aterrado.
De acordo com Valdeci de Oliveira, o Biro, coordenador do Cebi-VR, o objetivo do evento é falar sobre o tema da cidade, no mês da Bíblia, com o lema "Coragem, levanta-te, ele te chama" (Marcos 10/49).
- O Cebi é um grupo ecumênico de diálogo inter-religioso onde engloba várias denominações como grupos espíritas, grupos de fraternidades e evangélicos. É um grupo de fraternidade aberto a todas as religiões onde trabalhamos com fundamentalismo pregando o respeito entre todas as religiões - explica.
Para dom Francisco, este encontro é a prova de que podemos viver em harmonia, independente da opção religiosa".
- A palavra de Deus é o nosso chão comum, e as diversas religiões se baseiam na bíblia. Portanto é possível viver em comunhão, dialogando entre nós para conviver e fazer das diferenças, não motivos para dividirmos e sim ocasião para enriquecermos. Por essa razão o mês da Bíblia é uma ocasião para crescermos na fé - define dom Francisco.
Na opinião de Nair Ângela de Santana, que faz parte do 36º Conselho Espírita de Unificação de Volta Redonda, esse evento é importante para combinar diferenças e preconceitos, além de promover a união entre as diversas religiões.
- Acredito que encontros como esse é o primeiro passo para que as pessoas de diferentes religiões convivam entre si, pois a diferença entre as religiões estão mais nos cultos e nas interpretações, porque normalmente todas defendem a vida, o bem e a verdade - responde.
De acordo com o Padre Maurício Carvalho de Oliveira, pároco da Igreja de Santo Antônio, em Niterói, essa união de diferentes religiões é "uma graça de Deus".
- O que nos une aqui é a palavra de Deus e, apesar de sermos de diferentes igrejas cristãs, todas buscam o mesmo Deus, são caminhos diferentes, mas que direcionam para o mesmo Deus, e isso é um momento de unidade. É possível vivermos em harmonia a partir do momento que respeitamos as diferenças dos outros. O reino muitas vezes independe da religião. Eu não acredito em unificação, mas sim na unidade, que talvez seja muito mais importante que a unificação, pois a unidade na diversidade já é possível - conclui.
O presbítero da Igreja Presbiteriana Independente, Luiz Eduardo, acha bastante produtivos estes eventos.
- Sem Jesus é muito difícil fazer qualquer coisa, e através de eventos como esse buscamos a unidade cristã, a paz e a segurança para o município onde os jovens tem sido as maiores vítimas - explica.
Fonte: Diário do Vale
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