A denúncia foi feita ao Conselho Tutelar. Um grupo de oito adolescentes realizava o ritual dentro de uma escola
A diretora da Escola Estadual de Tempo Integral Irmã Gabrielle Cogels, localizada no Puraquequara, denunciou ao Conselho Tutelar da zona leste 2 a prática de ritual satânico feito por um grupo de oito adolescentes dentro da instituição.
Segundo o conselheiro Francisco Castro, duas amigas, de 11 anos de idade, iniciaram o ato de bruxaria e depois repassaram ao restante dos colegas.
As garotas apresentavam mutilações nos braços, barriga e perna. Uma das meninas informou que estava, ao todo, com 120 cortes pelo corpo, sendo 99 no braço esquerdo.
“Nós tínhamos que morder os colegas pra poder chupar o sangue de inocentes. Eu cheguei a morder seis”, revelou uma das adolescentes. Os alunos atingidos pelas mordidas denunciaram o ato à direção da escola.
Além dos cortes, o ritual consistia também em beber o sangue de outras pessoas. Como as duas moram no mesmo bairro, contaram que realizavam os rituais em uma casa abandonada. Velas e cruzes também eram usadas, segundo elas.
A outra adolescente contou que viu um tutorial do ritual satânico na internet. “Eu estava pesquisando rituais porque queria ver meu pai novamente, mas perdi o controle e eu mesma já tentei matar minha mãe cinco vezes”, contou.
A mãe da adolescente disse que a menina teve o pai assassinado há dois meses e que já havia percebido o comportamento estranho da filha. “Ela começou a aparecer com cortes e ficar muito fechada. Até que ela me falou que sentia, todas as noites, vontade de me matar a facadas”.
Os pais dos outros adolescentes também foram contatados pelo Conselho Tutelar. As duas meninas, que são apontadas como as líderes da seita, foram encaminhadas à Delegacia Especializada em Apuração de Atos Infracionais (Deaai), junto com as mães.
Na delegacia, elas receberão ajuda psicossocial de psicólogos do Projeto Ame a Vida.
Fonte: D24am
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