Sinceramente, nossos desejos, nossa linha de prioridades e raciocínio, estão completamente invertidos na oração do Pai Nosso.
Para sermos 100% coerentes deveríamos orar mais ou menos assim:
Pai nosso, teu é o reino, o poder e a glória para sempre (você é o cara e é nosso pai)
(então) livra-nos do mal (que avacalha com nosso dia a dia)
não nos deixes cair em tentação (visto que grande parte desse mal somos nós mesmos que causamos)
perdoe as nossas dívidas (uma vez que caímos mesmo em algumas dessas tentações)
assim como nós perdoamos aos nossos devedores (pelo menos como aqueles débitos podres, sem esperança, que resolvemos apagar da memória)
o pão nosso de cada dia nos dai hoje (pois, livres do mal, das tentações, consciência tranquila, sem rancor de ninguém, dá até mais vontade de comer)
seja feita a tua vontade assim na terra como nos céus (ok, você também tem lá seus interesses… cumpra-os aqui também)
Vem a nós o teu reino (sim, reine aqui também e não só laaaá nos céus)
Santificado seja o teu nome (afinal, você é o cara, que seu nome seja preservado com respeito)
e estás nos céus (de certa maneira; ainda distante dessa doidera aqui)
Amém!
Fonte: Rogério Brandão Ferreira em Teologia Livre
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