terça-feira, 28 de maio de 2013

Estudo investiga como homossexuais cristãos lidam com seus desejos

Homossexualidade e religião nem sempre andam de mãos dadas como poderiam. Boa parte dos gays cristãos têm a condição sexual vista como pecaminosa não apenas pela comunidade, mas também por eles próprios. Mas um pequeno grupo destoa nas igrejas: cristãos homossexuais que, quebrando preconceitos, não enxergam problemas em vivenciar sua fé e ter um companheiro do mesmo gênero.

Estes indivíduos foram alvo de um estudo da Universidade Hollins, uma faculdade exclusiva para mulheres no interior do estado de Virgínia (EUA). A pesquisa partiu de um grupo de pessoas em condição, digamos, polêmica: ex-gays. Os sociólogos da universidade defendem que é possível mudar a orientação sexual após a entrada no cristianismo, e que existe um grupo de antigos homossexuais que deixou de sê-lo.

Excluindo esta parcela, sobram aqueles que, segundo os sociólogos, “conciliam” homossexualidade e fé religiosa. Estes se dividem em dois grupos. Primeiro, há os chamados “gays lado A”, para os quais a orientação sexual e o cristianismo não são contraditórios.

Mas o foco da pesquisa foi o grupo dos “gays lado B”: homossexuais que acreditam estarem pecando por sua condição, de modo que procuram viver em celibato e dominar os próprios desejos.

O estudo teve pequena amplitude: foram entrevistados seis integrantes homossexuais da comunidade paroquial da cidade, sendo quatro homens e mais um casal composto de um homem gay e uma mulher lésbica.

Os sociólogos apuraram, após os depoimentos, que os denominados “gays lado B” encontraram conforto ao dar mais valor às atitudes do que às intenções. Consideram a homossexualidade pecaminosa, reconhecem que têm desejo por pessoas do mesmo gênero, mas se julgam livres do pecado por não levar a vontade à prática.

Um dos condutores da pesquisa, o sociólogo S.J Creek, garante que os integrantes deste grupo não vivem infelizes por negarem seus desejos. “Ex-gays dizem continuamente como homossexuais são infelizes, enquanto ativistas gays afirmam que o primeiro grupo é que vive de maneira infeliz”, pondera Creek, avaliando que não existe, neste caso, como “dar razão” a um lado ou a outro.



Fonte: Hypescience
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