quinta-feira, 16 de maio de 2013

O que torna uma religião demoníaca?

“Mas o Espírito expressamente diz que nos últimos tempos apostatarão alguns da fé, dando ouvidos a espíritos enganadores, e a doutrinas de demônios; pela hipocrisia de homens que falam mentiras, tendo cauterizada a sua própria consciência” (1 Timóteo 4.1-2).

Quando você lê esses versos, o que você imagina que o Espírito está descrevendo? Que imagens vêm à sua cabeça quando você pensa sobre esses últimos tempos? Em que atividade estarão envolvidos esses espíritos enganadores e demônios?  Em outras palavras, quando você ouve falar de atividade demoníaca, qual a pior coisa que você pode imaginar?

Você estava imaginando pentagramas e velas, sacrifício humano e coisas do tipo?

Se sim, creio que você pode estar enganado sobre as artimanhas do diabo. Paulo nos fala explicitamente nos versos seguintes sobre qual atividade demoníaca ele está preocupado: [aqueles] que proíbem o casamento, e ordenam a abstinência dos alimentos que Deus criou para os fiéis,e para os que conhecem a verdade, a fim de usarem deles com ações de graças.” (1 Timóteo 4.3)

O quê?!? Isso não parece um pouco exagerado? Um pouco de mais dizer que a atividade mais demoníaca possível nos últimos dias é um mestre proibindo sua congregação a comer certo alimento?

Se isso parece um exagero, novamente, penso que você pode não estar alerta sobre seu inimigo se mascarar como anjo de luz (2 Co 11.14). Ele faz o seu melhor para chegar o mais próximo possível da realidade do evangelho, apenas não salva. Ele orgulhosamente procura uma adoração da qual ele não é digno, projetando falsas religiões que são próximas da verdade para que ele possa ser adorado de uma maneira similar a Cristo, mas falsificada.

Obviamente, não muitos seriam enganados se Satã adicionasse sacrifício humano ao Cristianismo; não muitos iriam se perguntar se “aquela” igreja ainda era evangélica. Mas adicione uma pequena obra, e agora parece quase idêntico aos olhos de alguém com pouco discernimento. Entretanto, assim que você adiciona uma obra, uma coisa que você tem que fazer para ganhar o favor de Deus, seja não casar, não comer bacon ou uma simples circuncisão, você perde o evangelho (Galatas 5.2). O evangelho é sobre graça e incompatibilidade com as obras. Adicione uma obra, e a graça não é mais graça (Rm 11.6); o evangelho não é mais o evangelho (Efésios 2.8-9; Gálatas 1.6).

Nas últimas semanas, muito tem sido dito sobre como historicamente o Catolicismo e o Cristianismo são incompatíveis, e isso é verdade. Entretanto não é isso que causa a maior preocupação. O que mais me alarma é quão bom o disfarce de tantas falsas religiões está se tornando.

O que me preocupa é que quando eu pergunto a um bispo Mórmon, um padre Católico, um líder da testemunha de Jeová ou um evangélico do tipo “somente-Jesus”: “como alguém pode ser salvo?”, ele não diz: orar a Maria, pagar algumas indulgências, construir seu caminho para o céu, vestir roupa de baixo esquisita, etc. Não, ele regurgita um ecumênico pseudo-evangelho que tem a aparência de muita sabedoria; entretanto carece de qualquer poder para salvar.

Novamente, poucos vão para o inferno conscientemente adorando Satanás ou tentando se juntar a ele no lago de fogo. A maioria vai para o inferno pensando que estão no seu caminho para o céu, fazendo parte de uma falsa religião cujo propósito é projetado para parecer próximo da verdade.

Portanto, não é o lobo que parece com um lobo que é mais perigoso; é o lobo que se parece mais com ovelha. Assim, não irei argumentar com o fato de que esse “papa” ou aquele “pastor” lê mais a Bíblia que os outros, ou que ele ora mais que os outros, ou que ele é mais evangélico que os outros, o que eu irei argumentar é se isso o torna mais como uma ovelha, ou mais como um lobo perigoso. Obviamente, se ele não ensina o evangelho bíblico, é a última opção.

Veja, existem apenas dois times possíveis em que nós podemos jogar: ou somos filhos de Deus, ou filhos do diabo; ou filhos da luz, ou filhos das trevas; salvos pelo evangelho de Cristo ou condenados pelo nosso próprio esforço.

Então, qual deve ser nossa resposta como cristãos?

 1. Em relação aos outros: Nós precisamos discernir o verdadeiro evangelho para sabermos se um indivíduo é nosso irmão em Cristo ou não.  Se não, precisamos orar por sua salvação e exortá-lo para que arrependa-se do seu orgulho e creia. O problema de pensar que alguém que afirma a doutrina católica é evangélico é que você perde a urgência de argumentar com eles sobre se reconciliar com Deus. Ainda existem implicações para associações com membros dessas falsas religiões e seus mestres, mas isso vai além do âmbito desse artigo. Eu mencionaria 2 João 10-11 e 2 Corintios 6.14 como bons pontos de partida.

2. Em relação a si mesmo: Paulo termina o capitulo 4 de 1 Timóteo com a seguinte exortação: “Tem cuidado de ti mesmo e da doutrina” ( 1 Tm 4.16). Essa é a nossa guerra, lutar constantemente contra essas doutrinas demoníacas que nos influenciam a pensar que estamos contribuindo de alguma maneira para nossa posição diante de Deus. Note que a preocupação de Paulo em 1 Timóteo 4.1 é que alguns irão se afastar da fé… isto é, alguns de nós. Alguns de nós, bons frequentadores de igrejas , que devem estar intrigados em pensar que nossa religião pode salvar.  Nós devemos travar batalha contra esses pensamentos diários que crepitam de nosso orgulho perverso – “Obrigado Senhor por me dar o desejo de ir igreja e não ser como aquelas outras pessoas…” e assim pensar que Deus deve estar impressionado conosco.

Paulo escreve nossa batalha assim: “Destruindo os conselhos, e toda a altivez que se levanta contra o conhecimento de Deus, e levando cativo todo o entendimento à obediência de Cristo” (2 Corintios 10.5). Fazer guerra contra pensamentos ‘religiosos’ que nos tentam a pensar que Deus aceitaria nossa ‘retidão’ (Tg 2.10, Rm 3.10-11). 

Destruí-los ao saber pelo verdadeiro evangelho que o Santo Deus só irá aceitar aqueles que são perfeitamente retos, e obviamente, que essa retidão não pode ser obtida por nós, mas dada a nós pela graça através da fé (Gn 15.6, Rm 3.21-22, Tt 3.5, Hb 10.14). 

Devemos crescer no discernimento do evangelho e então lutar cada momento, obedecendo o evangelho em todas as coisas para que não venhamos a ceder um único centímetro; esse centímetro pode fazer a diferença entre o céu e o inferno.


Tradução: iPródigo
Fonte: Josiah Grauman em The Cripplegate
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