sexta-feira, 1 de fevereiro de 2013

Professores podem ser demitidos se não ensinarem sobre o casamento gay

O governo da Grã-Bretanha se prepara para votar um projeto de lei que legaliza o casamento homossexual. O primeiro-ministro David Cameron expressou seu total apoio ao projeto, para desgosto dos conservadores e religiosos que tentaram impedir sua aprovação.

O debate sobre o assunto aumentou após as declarações de Aidan O’Neill, o especialista em direitos humanos do Conselho da Rainha. Ele acredita que os professores e capelães que trabalham em hospitais ou prisões serão afetados negativamente pela aprovação desse projeto de lei.

Por sua vez, Maria Miller, Secretária de Igualdades da Grã-Bretanha, declarou recentemente que os professores e sacerdotes da Igreja da Inglaterra não precisam se preocupar pois não  seriam forçados  a ir contra suas consciências ao tratar dessas questões.

Miller, contudo, disse  à Radio Four da BBC, que os professores poderão ensinar a seus alunos sobre as diferentes posturas sobre o casamento gay, incluindo as religiosas, mas precisarão  ensinar sobre o assunto “de forma equilibrada”, independentemente de suas crenças.

“Obviamente, não esperamos que os professores sejam ofensivos ou demonstrem qualquer tipo de discriminação em sala de aula, não importa o assunto”, acrescentou.

Contudo, o jornal inglês The Telegraph revelou os temores de funcionários da Secretaria de Estado para a Educação. Eles confidenciaram ao periódico que essa nova lei pode fazer com que os professores de escolas de ensino fundamental sejam demitidos se não ensinarem sobre o casamento gay na sala de aula.

Uma fonte que não quis se identificar garante que o assunto está sendo discutido por pessoas ligadas a Michael Gove, secretário do Ministro da Educação da Inglaterra. O caso pode acabar indo para o Tribunal Europeu dos Direitos Humanos, em Estrasburgo, França, onde está localizado o Parlamento Europeu.

“Tivemos aconselhamento jurídico, o problema é que há essa incerteza inerente sobre esses assuntos”, disse a fonte ao jornal. “É algo que acabará no controle de nove pessoas em Estrasburgo. É algo incerto, pois a Inglaterra não está no controle”, acrescentou a fonte.

O que mais chama atenção é que setores da Igreja Anglicana, religião oficial da Inglaterra já aceitaram fazer casamento de pessoas do mesmo sexo e inclusive tem diminuído as barreiras para que sacerdotes gays possam desempenhar suas atividades como qualquer outro.  


Fonte: Gospel Prime com informações do The Christian Post
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