segunda-feira, 29 de dezembro de 2014

Pastor deixa drogas e rock and roll no passado para guiar o surfista Gabriel Medina

André Catalau estava fumando crack embaixo do Minhocão quando foi levado à conversão religiosa

A igreja que Gabriel Medina frequenta em Boiçucanga não poderia ser mais apropriada para um campeão do WCT. Do púlpito, formado por uma prancha de surfe invertida, o pastor não abandona as gírias praianas nem mesmo na hora de cativar os seus fiéis. “A nossa filosofia é a Bíblia, tá ligado? É Jesus andando na areia, surfando – porque ele andou em cima da água, então foi o primeiro surfista da humanidade –, conversando, assando um peixe, fazendo os seus milagres aqui e ali”, explica o sujeito de braços tatuados, com uma serenidade que contrasta com o seu passado turbulento.

Pastor da Igreja Evangélica Bola de Neve de Boiçucanga desde 2001 (ele colaborou com a fundação dessa unidade, a primeira criada após a matriz em São Paulo, quando deu “um rolê pelo litoral”), André Catalau foi usuário de drogas dos 12 aos 38 anos. “Eu era cantor de rock, e isso é um passaporte carimbado para a loucura, com tudo pago. Pirei mesmo. Já tinha uma tendência, porque a minha família é americana, muito liberal. Pô, perdi a minha irmã de overdose. O meu irmão, de cirrose. E eu estava no mesmo caminho. Queria morrer, descansar. Tive várias internações psiquiátricas, fui preso”, conta, aos 55 anos, com o orgulho de quem diz não ingerir nenhum alucinógeno há mais de 15.

A banda paulistana que Catalau liderava era o Golpe de Estado, formada em 1985. O grupo de hard rock, com influências do blues e do heavy metal, marcou época no cenário underground. Chegou a abrir um show para os ingleses do Deep Purple e a fazer algumas aparições na televisão, como no programa de entrevistas comandado por Jô Soares. O declínio coincidiu com o apogeu do vício do vocalista, já cobrado por seus companheiros por faltar em shows e ensaios.

Catalau encontrou outro rumo para a sua vida quando estava debaixo do Minhocão, em São Paulo, com um cachimbo de crack na boca. “Meu tio foi lá me buscar e me levou para um centro de reabilitação evangélico. Pô, eu acabava de ter uma PT, uma perda total. Meu pai, o cara que me bancou e me mimava, estava em uma cadeira de rodas”, lembra. “E eu tinha um alto luxo em Higienópolis e descia para fumar pedra. Também estava viciado em sexo. O meu alcoolismo era aquele negócio de acordar de manhã e ter que tomar alguma coisa. Aí, depois, vinha a internação. Era uma cultura, né, brother? Os caras achavam legal cantor de rock ser muito louco, internado e tal”, acrescenta.

Já bem diferente do perfil de roqueiro, Catalau se vestiu de terno quando aceitou ser tratado na Assembleia de Deus do Bom Retiro. “Fazia tudo de boa, sem questionar.” Apesar de ter demorado a se sentir à vontade naquele ambiente. “As pessoas olham para os crentes e acham que é uma parada louca. É muita viagem. Eu também pensava assim. Não cometi nenhum suicídio intelectual”, avisa. Ele começou a ler a Bíblia e outras obras evangélicas para contrapor os pastores com quem lidava. “Mas fui dixavando tudo e pensei: que irado, que irado! Percebi que o errado era eu, que 80% da doença da dependência vêm do espírito”, calcula.

Na Bola de Neve de Boiçucanga, não há motivo para jovens como Gabriel Medina se sentirem surfistas fora d’água. O pastor André Catalau se preocupa até em vestir as roupas esportivas que patrocinam o campeão do WCT (comprou de última hora uma camiseta regata e uma bermuda com a assinatura do novo ídolo nacional na loja da família de Miguel Pupo, 19º do mundo) apenas para conversar com a Gazeta Esportiva no litoral norte de São Paulo. Depois desse compromisso, ele ainda pegaria onda na praia da Baleia e demonstraria já alguma intimidade com a prancha – ao contrário dos tempos em que “era o maior calhordão, colocava uma parada no cabelo e surfava só para se mostrar para as menininhas”.

Catalau (o último à direita) fez sucesso no cenário underground do rock entre os anos 1980 e 1990

Foi também o jeito extrovertido de Catalau que atraiu Simone Medina, mãe de Gabriel, à Bola de Neve. A confiança no ex-usuário de drogas é tamanha que ele chegou a celebrar o casamento religioso entre ela e Charles Serrano (padrasto do campeão mundial de surfe), em uma cerimônia ao ar livre em Maresias. “A palavra foi irada, sobre proteger o amor deles. Eles se emocionaram muito. Estava crowd (cheio), com toda a galera do surfe presente”, relembra o antigo líder do Golpe de Estado, cujo filho caçula, André, estuda na mesma escola da herdeira do casal, Sophia.

Guru de Gabriel Medina na conquista do WCT e agora incentivador da carreira de Sophia, Charles não é evangélico, mas aprova que o pupilo se escore na religião para fazer sucesso nos mares. O surfista aumentou a sua crença na primeira vez em que pisou na Bola de Neve, de acordo com Catalau, em 2011. “O Gabriel havia torcido o pé e me pediu uma oração para ficar legal, já que correria uma etapa em Hossegor, na França. Está limpo, né? Mas, aí, ouvi uma voz na minha cabeça: ‘Fala que vou dar esse troféu para ele’. Sou meio cabreiro... Queria ficar na minha, mas contei: ‘Essa manobra que você está tentando vai te dar o título’”, narra o pastor.

Pastor da Bola de Neve de Boiçucanga pregou com Medina e batizou o prodígio Samuel Pupo no mar

Na lembrança de Catalau, Gabriel ficou com os olhos arregalados depois daquela premonição, uma vez que não teria revelado para ninguém (além do padrasto Charles) o ensaio de uma nova manobra. Simone também se surpreendeu. Já no Brasil depois de ser campeão na França, o surfista ofereceu um café em sua casa para o pastor da Bola de Neve. E quebrou a máquina da mãe. “Caiu café para tudo quanto é lado. Foi sensacional. A gente se divertiu como duas crianças. Ele é um menino bom, sem maldade. Quando vai fazer exame antidoping, diz que o máximo que pode acusar ali é um chocolate quente. Pô, que delícia ouvir isso”, sorri.

Entre um café e um chocolate quente, Gabriel Medina vai à Bola de Neve de Boiçucanga sempre que possível, apesar do assédio dos demais fiéis. Também gosta de receber visitas do pastor em sua casa antes de viajar para competir. Só não foi batizado pela igreja nas águas de Maresias, como ocorreu com a sua mãe e com toda a família de surfistas Pupo. “Isso vai acontecer no tempo dele”, diz Catalau. “O Gabriel já reconhece que tudo que aconteceu não foi só por força própria. Temos um monte de garotos que surfam para caramba aqui. Por que esse é o campeão mundial? Ele sabe que foi por causa de Deus. Tem mais fé em Deus do que no surfe dele, tá ligado? Foi isso que o levou ao topo”, completa.

A fé que conduziu Gabriel Medina ao título mundial foi a mesma que tirou André Catalau das drogas e do rock. A exemplo do que ocorre com o amigo Rodolfo Abrantes, antigo líder da banda Raimundos, a sua mudança de vida ainda causa estranheza nos ex-companheiros do Golpe de Estado. “Pensam que pirei, que cheguei ao último degrau da loucura. E cheguei mesmo, graças a Deus, que me botou em uma parada diferente. Não carrego os meus legados malditos”, agradece, apesar de demorar a convencer alguns fãs. Uma delas, preocupada em acabar com o vício do marido em drogas, o levou até a Bola de Neve e desesperou-se quando descobriu quem era o pastor: “O Catalau? Do Golpe? Isso é baixaria! O cara é muito louco! Você precisando parar de fumar e vai ver o Catalau?”.

Hoje cantor gospel, André Catalau não se importa com quem acha que ele pirou de vez no litoral norte

O receio é desnecessário, garante André Catalau. “Hoje, entro em boteco, vejo os caras fumando e cheirando, vou a biqueiras buscar os meninos, me chamam na cadeia para falar com o pessoal... E é tranquilo. O antigo Catalau não faz mais parte da minha natureza”, prega o pastor, para quem o campeão mundial Gabriel Medina virou o novo exemplo para tratar jovens drogados do litoral norte de São Paulo. Do alto do seu púlpito de prancha de surfe, ele agora encara como uma missão salvar esses dependentes e formar cidadãos um atrás do outro. Como uma bola de neve.



Fonte: Gazeta Esportiva
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segunda-feira, 22 de setembro de 2014

Se Deus conhece nossas necessidades, por que Ele nos manda orar?

A maioria de nós não gosta de se humilhar. Eu, pelo menos, não gosto. E oração é um ato de humildade. Oração é um ato de fraqueza. Quando oramos, admitimos a Deus que precisamos desesperadamente de ajuda. Que somos fracos, necessitados, e não temos o controle de todas as coisas. Que não somos autossuficientes.

Mas Deus se grada desse ato de humildade. Então, em 1 Pedro 5.6-7, ele nos diz:

Humilhai-vos, portanto, sob a poderosa mão de Deus, para que ele, em tempo oportuno, vos exalte, lançando sobre ele toda a vossa ansiedade, porque ele tem cuidado de vós.

Nós nos humilhamos “sob a poderosa mão de Deus”. Em outras palavras, a oração reconhece que Deus é soberano e controla todas as coisas. Nos curvamos perante sua soberania. Reconhecemos que Deus governa com sua mão poderosa e que não podemos controlar qualquer coisa em nós mesmos.

A oração aguarda pelo “tempo oportuno” para que Deus nos exalte. Esperar por Deus é humilhante porque, novamente, reconhecemos que não podemos mudar qualquer coisa e precisamos esperar que Deus mude. Precisamos esperar pacientemente por Aquele que conhece o fim e o começo de todas as coisas, que é infinitamente sábio e sabe o tempo absolutamente perfeito de vir nos resgatar ou suprir nossas necessidades. Ele sabe a hora perfeita de responder nossas orações. Nossa aflição não vai demorar um segundo além do que Ele determinar.

Deus nos diz para lançar sobre ele as nossas ansiedades. Por que precisamos contar a Deus as nossas aflições quando ele já as conhece? Por que pedir é um ato de humildade, e como Deus resiste ao orgulhoso mas dá graça ao humilde (1 Pedro 5.5), a oração nos coloca na posição de receber graça. Deus deseja tanto nos conceder graça que nos conta qual é a melhor forma de a recebermos!

Deus nos diz para lançar nossas ansiedades sobre ele “porque ele tem cuidado de vós”. Quando oramos, é importante nos lembrarmos que Deus, o criador das galáxias, o sustentador do céu e da terra, está atento a nós – individualmente. Eu costumava pensar que Deus estava tão ocupado governando o universo que não teria tempo para as minhas necessidades particulares. Mas descobri que Deus ama e se preocupa profundamente com seus filhos individualmente. Ele nos conhece pelo nome. Ele contou cada fio de cabelo em nossas cabeças. Então ore porque Deus cuida de você, de duas ansiedades e necessidades. Se ele alimenta as aves do campo e os pássaros no céu, quanto mais não cuidará de seus filhos comprados com sangue?

Não seja orgulhoso. Não banque o valentão que enfrenta a vida sozinho. Se humilhe sob a poderosa mão do Todo Poderoso, que é misericordioso, generoso e pronto a derramar sua graça. Lance sobre ele suas ansiedades e ele te exaltará em tempo oportuno.




Tradução: Filipe Schulz no Reforma 21
Fonte: Mark Altrogge in the Blazing Center
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Primeira Igreja Batista (PIB) de Niterói é intimada pela prefeitura a retirar de seu templo uma faixa que anunciava oração pela cidade

A Primeira Igreja Batista (PIB) de Niterói foi intimada pela prefeitura da cidade por causa de uma faixa com os dizeres “Niterói Estamos Orando Por Você”, que havia sido instalada pela congregação em sua propriedade.

A notícia foi publicada pelo pastor Renato Vargens, líder da Igreja Cristã da Aliança – situada também em Niterói –, em seu blog. “É inacreditável, mas a Prefeitura de Niterói  ultrapassou os limites do bom senso”, escreveu o pastor, ao lado da imagem da intimação feita pela administração municipal.

“A Prefeitura de Niterói intimou a Igreja a retirar a faixa! Confesso que a atitude da PIB de Niterói foi uma atitude louvável. Nossos irmãos estavam rogando a Deus pela paz da cidade que vive debaixo de uma violência sem precedentes, todavia, para a prefeitura, a oração dos nossos irmãos não é bem vista e nem bem vinda!”, criticou Vargens, expressando a indignação com a situação.

O imbróglio envolve uma lei que regula a publicidade na cidade. Segundo leitores do blog de Renato Vargens, o artigo 295 da lei 2624/2008 expressa claramente que a instalação de faixas depende de autorização da prefeitura, “ainda que em território privado”, segundo o pastor.

Dois advogados comentaram o caso e demonstraram discordâncias dos termos da lei: “No Brasil e em qualquer outro pais democrático nenhum direito é absoluto, assim o direito de propriedade também não o é, e é regulado [...] No entanto o caso específico não se enquadra na Lei que fundamentou a atuação, assim acho que foi abusiva a conduta da prefeitura. Não conheço a situação política mas creio que deve ter havido algum tipo de retaliação, pode ser que haja realmente um histórico, mas ainda que seja retaliação política e a faixa tenha sido uma provocação, a igreja estava no uso de seu direito constitucional, embora creia que à luz das Escrituras não seja correto instrumentalizar a igreja para isso. Mas aí já seriam suposições, o que parece concreto e analisando só do ponto de vista laico é que mandaram tirar uma faixa sem base legal para isso, então foi abusivo”, escreveu o advogado Alexandre Demidoff no Facebook.

Já o advogado Victor Corradi chamou a atenção para o fato de que pode ter havido interpretação propositalmente equivocada para usar a lei a serviço de interesses desconhecidos e particulares: “Além de ser uma lei absurda, digna se repúdio, a intimação foge ao escopo da lei, de regular anúncios e engenhos publicitários. Não há qualquer fundamento publicitário na faixa. Aliás, o direito de colocar a faixa decorre da liberdade de culto, garantida por norma constitucional. Precisaríamos de autorização da prefeitura para colocar faixas de anúncio de ministérios, campanhas de arrecadação, etc? Estamos para servir o Estado ou o Estado está para servir-nos? A aplicação desarrazoada do artigo para fundamentar a intimação só pode ser usada com propósitos totalitários”, pontuou.

As duas opiniões acima foram publicadas pelos advogados no Facebook e o pastor Renato Vargens as reproduziu em seu blog, assim como o comunicado emitido por um político local: “O vereador pastor Ronaldo [Oliveira] em seção plenária, aparteou o vereador Henrique Vieira sobre a notificação de retirada da faixa que a Primeira Igreja Batista de Niterói recebeu da Prefeitura de Niterói. Assim que soube do caso, o vereador entrou em contato com a diretoria de ordem pública da Cidade, e a mesma informou que iria revogar! Após a intervenção do vereador, a PIB de Niterói foi autorizada a recolocar a faixa”.

Por fim, o pastor Renato Vargens afirmou que não acredita que seja um caso de perseguição: “Quero ressaltar que não acredito que a Igreja tenha sofrido perseguição. O que acho é que o Estado não tem que se intrometer numa propriedade privada. A faixa estava intramuros, o que na minha opinião, legitima o uso dela”, disse o pastor.



Fonte: Gospel+
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Líder do Panic! At the Disco comenta briga com igreja e 'experiências gays'

'Aos 13 anos, não sabia se era hétero e queria testar', diz Brendon Urie.
Após enfrentar grupo cristão homofóbico nos EUA, banda toca no Brasil.

"O amor não é uma escolha", canta Brendon Urie, do Panic! At the Disco, em "Girls/Girls/Boys". Letras como esta, sobre bissexualidade, renderam briga com a ig
reja cristã extremista Westboro, nos EUA. Fiéis homofóbicos convocaram protesto em julho. O cantor foi esperto: prometeu doar US$ 20 a uma organização LGBT a cada fundamentalista que aparecesse. O protesto ficou vazio. "Espero que a banda leve luz ao tema da aceitação", diz, em entrevista ao G1, antes de shows no Brasil, em outubro, em Belo Horizonte (18) e Brasília (19), no festival Circuito Banco do Brasil.

"Girls/girls/boys" rendeu perguntas sobre sexualidade. Em julho, Brandon disse ao site PrideSource que é hétero, mas já teve experiências homossexuais. "Eu queria entender quem era", explica ao G1. "Não fiquei obcecado por isso, sabe? Tenho amigos gays e hétero, não importa."

Brendon se importa mais com a primeira turnê como único membro original da banda. Em 2009, Ryan Ross e Jon Walker saíram para formar o Young Veins. Em 2013, o baterista Spencer Smith tirou férias para se tratar de dependência química. Brendon já pensa em um novo disco. Será um trabalho solo ou do Panic! At the Disco? "Ainda não decidi...".

G1 - Na turnê você canta 'This is gospel', do disco novo, que escreveu sobre Spencer. Como é tocar essa sem ele ao seu lado?
Brendon Urie - É tão difícil quanto foi escrever. Quando fiz a música, estava sozinho no meu quarto, e não tinha certeza se deveria mostrar para alguém. É muito pessoal, sobre nossa amizade. Então eu mostrei para pessoas mais íntimas, meu empresário, e todos amaram. Isso me fez recuperar a confiança em compartilhar e ser mais honesto. Sempre que toco é um momento especial. Quando os fãs cantam de volta para mim, é lindo.

G1 - O que você pensou quando viu que ia haver um protesto da Westboro Church e porque decidiu reagir daquela forma?
Brendon Urie - Eles são engraçados. São como crianças pequenas. Você os deixa fazer birra, ficar esbravejando entre eles, sendo bundões. Mas não sou um cara negativo. Sou o cara que ri dessas coisas. Queria que eles soubessem que não podem me provocar assim. Se eles quiserem ir ao show, tudo bem, vamos continuar mesmo jeito. Vamos defender as causas em que sempre acreditamos, e eles não podem mudar esse fato.

G1 - Você é de família mórmon, mas abandonou a religião. O que você gostaria de passar aos fãs em relação à intolerância religiosa?
Brendon Urie - Toda intolerância me entristece, não só religiosa. Deixe que as pessoas façam o que querem. Se não machucam ninguém, como pode ser ruim? Aprendemos com a diversidade. Não quero calar nenhuma religião, quero aprender com elas. Gosto de fazer perguntas, e muitas religiões têm um problema com isso. Por isso saí da igreja mórmon. Mas minha família toda ainda é muito religiosa. Acho ótimo que ainda nos amamos e nos respeitamos, é um bom exemplo de como o mundo pode ser, tolerante a amoroso.

G1 - O protesto por homofobia tem a ver com o fato de que você escreveu a música “Girls/girls/boys”, com o verso 'o amor não é uma escolha'. Por que fez essa música?
Brendon Urie - Esse verso resume mesmo toda a música. Eu acredito nisso. Não acho que garotos com 13 ou 14 anos, sendo estranhos como são, já provavelmente sofrendo bullying, escolheriam apanhar mais ainda. Não é uma escolha. Existem pessoas gays e hétero, você não vai controlar isso. É maravilhoso aceitar as pessoas como elas são.

G1 - Em entrevista recente você falou de experiências homossexuais. Por que falar sobre isso agora?
Brendon Urie - Decidi falar pois começaram a perguntar, por causa de “Girls/girls/boys”. Sempre fomos uma banda aberta e aceitamos todas os aspectos da vida. Para mim, nunca é problema ser honesto. Se me perguntam se tive uma experiência gay, digo que sim. Quando eu tinha 13, 14 anos, eu não sabia se era gay ou hétero. Sentia muitas emoções, muitos hormônios, estava com tesão (risos). Eu queria entender quem era e testar algumas coisas para dizer "isso não é para mim". Não significa que eu fiquei obcecado por isso, sabe? Tenho amigos gays e hétero, não importa. Espero que a banda leve uma luz a tema da aceitação.

G1 - No show há poucas do álbum 'Pretty. Odd' (2008), geralmente só 'Nine in the afternoon'. Este disco já mostrava uma banda dividida? Você gosta menos dele hoje?
Brendon Urie - Não. Tenho orgulho deste disco. Assim como cada um dos discos do Panic! At the Disco. É o mais perto que cheguei de ter filhos. Mas as músicas do segundo são mais lentas, experimentais. Acho que é melhor para ouvir no fone de ouvido, em um quarto escuro, fumando maconha. Mas adoro tocar “Nine in the afternoon”, é uma das minhas preferidas.

G1 - Você acha que ter sido ligado ao emo, uma onda que acabou sumindo, foi ruim para a história da banda?
Brendon Urie - Foi ótimo. Adoro ser ligado a todos os gêneros. Nunca nos considerei emo, mas muitos garotos sim, pois nos ligavam ao Fall Out Boy. Isso nos deixou mostrar o que podíamos fazer, que tipo de banda éramos. Ser rotulado de qualquer coisa - emo, rock, pop, alternativo - é legal, pois mostra que as pessoas ainda estão te dando atenção.



Fonte: G1
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Mexicana vai presa por arracar os olhos do filho de cinco anos com uma colher em ritual satânico

Maria del Carmen Garcia Rios, de 28 anos, vai amargar os próximos 30 em uma prisão por ter arrancado, com uma colher, os olhos do próprio filho de 5 anos, Fernando Caleb Alvarado Rios, durante um ritual satânico, na região de Nezahualcoyotl, no México.

Os pais da mulher, junto com uma irmã e dois irmãos também participaram do ritual, que aconteceu na cozinha da família, em maio de 2012. Eles foram condenados a 30 anos de prisão cada, segundo o jornal The Mirror.

Durante o ritual, o grupo dançava e invocava o demônio para vir dominar o mundo. Eles fecharam os olhos (para não verem o Diabo quando ele chegasse) e orientaram o menino a fazer o mesmo. Como a criança estava aterrorizada demais com o que estava acontecendo, não obedeceu. Foi quando Maria del Carmen, com a ajuda de sua irmã, agarrou o menino e arrancou os seus olhos.
A polícia foi chamada por vizinhos, que ouviram os gritos de Fernando. Um morador da região, Joaquin Arguellor, disse ao tribunal que a família era profundamente religiosa, mas não sabia que eram satanistas.

Quando os agentes invadiram a casa, encontraram o menino gritando na cozinha, enquanto as duas mulheres estavam cobertas de sangue. Maria del Carmen confessou à polícia que tinha ordenado a retirada dos olhos do filho. O menino, agora com sete anos, precisa usar olhos de vidro enquanto seu corpo cresce.



Fonte: Extra Globo
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Não olhe para trás

"Irmãos, não penso que eu mesmo já o tenha alcançado, mas uma coisa faço: esquecendo-me das coisas que ficaram para trás e avançando para as que estão adiante, prossigo para o alvo, a fim de ganhar o prêmio do chamado celestial de Deus em Cristo Jesus." (Filipenses 3:13-14)

O apóstolo Paulo disse: "[...] uma coisa faço: esquecendo-me das coisas que ficaram para trás e avançando para as que estão adiante" (Filipenses 3:13).

Paulo tinha feito coisas horríveis, perseguindo e aprisionando cristãos. No entanto, ele disse: "Estou esquecendo dessas coisas. Não vou me torturar pelo meu passado."

O diabo deseja muito prejudicar-lhe com o seu passado. "Lembre-se do que você costumava fazer, ele diz. Lembre-se dos pecados que cometeu. Lembre-se das coisas horríveis que você fez".

Paulo deixou o seu passado para trás e seguiu adiante como uma nova pessoa em Cristo. Você também pode fazer isso. A Bíblia diz: "Portanto, se alguém está em Cristo, é nova criação. As coisas antigas já passaram; eis que surgiram coisas novas!" (2 Coríntios 5:17).

Você pode pensar: "Eu fiz algumas coisas bem horríveis."
Seja bem-vindo ao clube! Todos nós pecamos. Nós todos somos devedores (ver Romanos 3:23).

Mas Deus pode mudar-lhe e tornar-lhe uma pessoa diferente por dentro. É fundamental dizer: "Não olho para trás. Estou avançando como cristão."

A mulher de Ló olhou para trás. Ela foi levada pelos anjos e realmente deixou Sodoma e Gomorra com sua família. Ela estava quase saindo daquele lugar, mas não foi longe o bastante. Ela tinha que olhar para trás pela última vez.

A lição da mulher de Ló é clara: não olhe para trás. Não deixe que isso lhe aconteça. Se fizer isso, poderá ser prejudicado seriamente por falhas e pecados do seu passado.

Deus quer que você os deixe para trás e comece tudo de novo seguindo Jesus Cristo.




Fonte: Devocionais Diários
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Satanistas anunciam que irão distribuir livros infantis de adoração ao diabo em escolas públicas

Capa do livro infantil satanista 

Um grupo satanista está planejando distribuir livros infantis divulgando a adoração a satanás em escolas públicas, e o argumento dos entusiastas é baseado na liberdade religiosa.

Há pouco tempo, um embate entre ateus e cristãos sobre a distribuição de livros em escolas públicas dos Estados Unidos chamou a atenção da mídia. Agora, a partir do episódio, o grupo chamado Templo Satânico, sediado em Nova York, pretende oferecer os livros às crianças que frequentam escolas públicas no estado da Califórnia.

De acordo com informações do Charisma News, os materiais incluem um corante e um livreto de atividades, chamado “O Grande Livro Satânico de Atividades para Crianças”. Apesar da iniciativa, os satanistas se recusam a admitir que a intenção seja recrutar crianças para sua religião.

Alguns diretores de escolas da cidade de Orlando, na Flórida, disseram que ainda não receberam pedidos formais para a distribuição dos livros, mas ressaltaram que se reservam ao direito de revisar todos os materiais que eventualmente sejam oferecidos aos alunos.

O Conselho Escolar do bairro Orange County decidiu que grupos cristãos podem distribuir Bíblias e outros materiais religiosos em suas escolas públicas. Em resposta, um grupo ateu chamado de Comunidade Pensamento Livre decidiu deixar os seus próprios folhetos para as crianças, com títulos como “Jesus está Morto” e “Por que Eu Não Sou um Muçulmano”, foram rapidamente banidos.

Os ativistas ateus reclamaram de discriminação e o Conselho Escolar optou por permitir que os materiais sobre religião de todos os grupos, incluindo ateus, fossem distribuídos aos alunos do ensino médio.

O grupo Templo Satânico é considerado relativamente novo e tem buscado se popularizar e conquistar simpatia da população através do apoio a causas de justiça social em diferentes regiões dos Estados Unidos. Segundo o jornal Orlando Sentinel, os adeptos da seita acreditam que satanás é o “eterno revoltado contra o tirano final”, numa referência a Deus.



Fonte: Gospel+
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Vigilante encontra explosivo em igreja evangélica após culto

Vigilante da Igreja Universal chegou a manusear explosivos.
Representantes da igreja não vão se pronunciar sobre o caso.

Um artefato explosivo foi encontrado no templo da Igreja Universal, na Rua Tristão Gonçalves, no Centro de Fortaleza, na noite de domingo (14). Segundo informações da Polícia Militar, o material tinha velocidade de detonação acima de mil metros por segundo e foi encontrado pelo vigilante da igreja, que chegou a manusear o explosivo.

De acordo com a PM, o vigilante achou estranho o material e chamou a polícia. A PM constatou que se tratava de um explosivo e acionou o Grupo de Ações Táticas Especiais (Gate). Ainda conforme a polícia, o material foi encontrado logo após o culto da noite, por volta de 21 horas, durante a vistoria do vigilante.

“O explosivo é muito utilizado em pedreiras. Atualmente, as quadrilhas de assaltantes de banco estão utilizando esse material para romper os caixas eletrônicos”, disse o cabo Silva, integrante do Gate, que auxiliou no recolhimento do material. Junto ao explosivo foram encontrados ainda estopim e detonador.

Os explosivos foram levados para a base do Gate, onde deve ser destruído. O caso será investigada pela Delegacia de Roubos e Furtos (DRF). Os representantes da Igreja Universal informaram que a instituição não vai se pronunciar sobre o caso.



Fonte: G1
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Atitudes que chamam a atenção de Deus

“E se o meu povo, que se chama pelo meu nome, se humilhar, e orar, e buscar a minha face e se converter dos seus maus caminhos, então eu ouvirei dos céus, e perdoarei os seus pecados, e sararei a sua terra.” 2 Crônicas 7:14

Existem algumas atitudes que tomamos que alegram o coração de Deus, assim como existem outras que o entristecem. No versículo acima, vemos o que devemos fazer para que Deus volte o olhar Dele a nós, com seu perdão e compaixão. Basta apenas um coração quebrantado e voluntário. Veremos abaixo:

1º. Se humilhar - Quando nos humilhamos diante Deus, e nos rendemos a Seus pés, dizemos a Ele que Ele tem total controle sobre a nossa vida e o convidamos a reinar em nós, em todas as áreas. Humilhar-se é sinal de submissão, de obediência. Portanto, se humilhe na presença do Senhor para que Ele fique à vontade para agir na sua vida. Dê liberdade ao Espírito Santo de Deus.

2º. Orar - É através da oração que mantemos comunhão com Deus. Quando oramos, é quando chamamos Deus para conversar. O momento em que nós deixamos de lado nossos afazeres diários para levantar a nossa voz a Deus em oração é o momento pelo qual Ele espera ansiosamente e Ele se alegra ao ouvir a nossa voz O chamando. Assim, mostramos ao Pai que confiamos Nele e sabemos que Ele está nos ouvindo. Ore, para se aproximar de Deus e para ter uma vida abençoada em Sua presença.

3º. Buscar a face de Deus - Isso significa não se contentar com aquilo que você tem vivido em Deus, mas buscar sempre mais, até ver a glória do Senhor se manifestar. Não devemos andar em águas rasas, mas em águas profundas, pois é lá que está a plenitude do Espíríto Santo. Quando buscamos a face de Deus, milagres acontecem e começamos a viver no sobrenatural. Não queira viver no natural, mas experimente andar no sobrenatural de Deus e você verá que as bênçãos Dele te alcançarão.

4º. Se converter dos seus maus caminhos - Para que Deus ouça o seu clamor e venha com seu perdão e cura sobre a sua vida, é necessário se converter dos caminhos que te afastam Dele. Para isso, é preciso que você se arrependa verdadeiramente daquilo que tem feito e que você sabe que não agradam o Pai. Quando isso acontecer, então, Deus virá com o bálsamo Dele sobre sua vida, restaurando todo o seu ser, trazendo renovo, libertação e paz para o seu coração.

Decida, hoje, chamar a atenção de Deus para sua vida, através dessas pequenas atitudes. Assim, você verá como vale a pena estar na presença de Deus, e rejeitar as coisas desse mundo, que são passageiras.

“APENAS UM MINUTO EM SUA PRESENÇA, VALE MAIS QUE UMA VIDA INTEIRA SEM TI.”





Fonte: Incorruptível
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Pastor faz sucesso na internet com discursos humorados sobre comportamento dos fiéis

Depois que a Super Manhã da Rádio Jornal, comandada por Geraldo Freire, exibiu a explicação do pastor e humorista, Cláudio Duarte, sobre as diferenças entre os cérebros do homem e da mulher, uma chuva de ouvintes e internautas entraram em contato com a emissora para repetir o áudio.

O pastor também trabalha como conselheiro matrimonial, fazendo os casais entenderem como funcionam as cabeças de homens e mulheres. Segundo ele, enquanto mulheres falam de tudo ao mesmo tempo, cabeça de homens funcionam divididas em caixa separadas por assunto.


O pastor, que é membro da Igreja Batista Monte Horebe em Campo Grande (MS) e pastor local na filial da Barra da Tijuca (RJ), ficou famoso com palestras humorísticas com temas sempre ligados à família e à religião. No facebook, o pastor já tem mais de 2 milhões de fãs e 5.394 seguidores do twitter, apesar de só ter postado três vezes na rede social desde que ela foi criada, em 2010.

O canal do pastor no You Tube tem 129.209 inscritos e quase quatro milhões de visualizações. Confira a palestra sobre o relacionamento familiar e a “Caixa do nada” no vídeo abaixo, postado em outro canal por um fã:


Quem quiser conferir a palestra completa com o tema “Deus salve minha família” pode assistir no vídeo abaixo:




Fonte: Rádio Jornal
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Artistas argentinos criam versões religiosas da famosa boneca Barbie e de seu companheiro Ken

Nossa Senhora Aparecida e Jesus Cristo estão entre as novas versões da boneca

Os artistas argentinos Pool Paolini e Marianela Perelli produziram versões religiosas da famosa boneca Barbie e de seu companheiro Ken. Os personagens foram caracterizados de Jesus Cristo, Nossa Senhora Aparecida e até o sincretismo religioso aparece na boneca Iemanjá. As crenças orientais também não escaparam da crítica à sociedade de consumo proposta pela dupla, Buda e Kali aparecem com o corpão e beleza característicos dos bonecos.

O trabalho que já está sendo criticado por entidades católicas argentinas, será exibido na mostra Santos y Pecadores a partir de 11 de outubro, na POPA Galeria,em Buenos Aires.



Fonte: Veja
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300 mil exemplares da Bíblia entrarão no Irã secretamente

300 mil exemplares da Bíblia numa nova tradução para farsi entrarão secretamente no Irã. Isso foi anunciado pelos editores da nova edição da Bíblia na apresentação do livro em Londres, informa The Times.

Planeia-se que 300 mil exemplares do livro entrarão no Irã durante três anos.

O clero muçulmano iraniano manifesta-se contra a difusão da Bíblia e persegue quem faz isso. O transporte para o país de algumas cópias da Bíblia pode levar à prisão.

Ao mesmo tempo, os grupos missionários cristãos que trabalham no país declaram que a comunidade cristã no Irã é a que mais cresce no mundo. Segundo dados dos missionários, atualmente, ela conta com cerca de 400 mil pessoas e aumenta 20% ao ano.




Fonte: Voz da Rússia
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domingo, 21 de setembro de 2014

Amor aos sinais e maravilhas

Mentes ingênuas, mentes fracas, mentes místicas, quem os entorpeceu para que aceitassem sinais e maravilhas como prova cabal da ação divina? Quem elevou as manifestações miraculosas a crivo da autenticidade da obra de Deus? Quem os ensinou a amarem tanto tais coisas a ponto de as amarem mais do que ao próprio Deus?

Pois digo algumas coisas como alerta: 1) É possível existir falso profeta que opere milagres e prodígios. 2) É possível um anjo de luz anunciar falso evangelho. 3) É possível receber bênção sobrenaturais e ainda ir para o inferno. 4) É possível trocar o amor ao Senhor pelo amor e fascínio ao sobrenatural. 5) É possível sermos provados por Deus por meio de milagres para evidenciar a motivação de nosso coração. 6) É possível o próprio inimigo operar milagres. 7) É possível que uma grande multidão de pessoas seja enganada com sinais e maravilhas.

Ser atraído, apaixonar-se e amar tudo aquilo que simplesmente manifesta poder é um mal tão grande quando o próprio paganismo. Seguir a Cristo em busca do poder e dos milagres é simonia (Simão se apaixonou pelo poder dos apóstolos e quis comprar tais poderes) e idolatria, pois estaremos usando a Cristo para chegar ao deus prodígio. O que mais atrai as multidões aos cultos e aos “grandes pregadores” do momento pode ser aquilo que mais as distanciará do próprio Deus.

Pensem! Milagres nem sempre são selo do "inmetro" divino.




Fonte: Vlademir Fernandes de Oliveira Júnior em Ultimato
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"Não há nenhum Deus. Sou ateu", afirma o cientista britânico Stephen Hawking

Stephen Hawking, com esclerose lateral amiotrófica, é dos mais notáveis pensadores da atualidade. Em entrevista ao diário espanhol El Mundo voltou a descartar a possibilidade de existência de Deus. 

Se dúvidas restassem, Stephen Hawking cortou-as definitivamente pela raiz: “Não há nenhum Deus. Sou ateu. A religião crê nos milagres, mas estes não são compatíveis com a Ciência”.

A posição, clara e sem margem para dúvidas, foi dada na entrevista que o jornal espanhol El Mundo publica este domingo. Nela, o cientista britânico voltou a descartar a possibilidade de Deus ser o criador do Universo, ao contrário do que aparentemente chegara a defender. “No passado, antes de entendermos a Ciência, era lógico crer que Deus criou o Universo. Mas agora a ciência oferece uma explicação mais convincente. O que quis dizer quando disse que conheceríamos a ´mente de Deus’ era que compreenderíamos tudo aquilo de que Deus seria capaz se existisse. Mas não há nenhum Deus”.

De resto, o autor do célebre Breve História do Tempo, sobre os limites do nosso conhecimento da astrofísica, da natureza do tempo e do Universo, mostra-se dono de uma “fé inquebrantável” no poder da Ciência para desvendar os mistérios do Universo. “Creio que conseguiremos entender a origem da estrutura do universo. Aliás, estamos perto de conseguir este objetivo. Na minha opinião, não há nenhum aspecto da realidade fora do alcance da mente humana”, declarou.

Nesta entrevista - dada numa altura em que Stephen Hawking viajou até à ilha de Tenerife, nas Canárias, para participar num congresso de seis dias dedicado à astronomia – houve lugar a perguntas sobre a pertinência do investimento de verbas tão avultadas no envio de astronautas ao espaço. Hawking disse não ter dúvidas: “A exploração espacial impulsionou e continuará a impulsionar grandes avanços científicos e tecnológicos”. E poderá, de resto, representar um seguro de vida para a espécie humana, ou seja, “poderá evitar o desaparecimento da Humanidade graças à colonização de outros planetas”.

Questionado quanto aos cortes no financiamento à investigação científica, a que Espanha - mas também Portugal - tem assistido, o astrofísico sublinhou que Espanha “precisa de licenciados com formação científica para garantir o seu desenvolvimento econômico”.

“Não se pode incentivar os jovens a seguir carreiras científicas com cortes no campo da investigação”, insistiu.




Fonte: Publico
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Igreja Universal cria serviço de disque-descarrego

Atendimentos são oferecidos por diversas religiões na internet. Teólogos e líderes de congregações questionam a eficácia desses tratamentos espirituais

- ‘Espírito maligno, sai da corrente sanguínea dele. Sai das artérias. Você, demônio, que está fazendo o coração dele acelerar … Em nome de Jesus, saiiiii!” Esta foi apenas parte de uma sessão de descarrego que durou cerca de dez minutos quarta-feira passada. O suposto possuído era repórter do DIA e o ‘exorcismo’ aconteceu por telefone. É o que oferece o S.O.S espiritual da Igreja Universal do Reino de Deus.

A denominação não é a única a usar a tecnologia a serviço da fé. Na internet é possível encontrar, por exemplo, o Macumba Online. Por trás do uso deste tipo de ferramenta para tratar questões sobrenaturais, no entanto, fica uma preocupação: é possível controlar uma catarse (seja ela do espírito, da alma ou do corpo) à distância?

Com pós-graduação em Teologia, o psicólogo e pastor vice-presidente da Igreja Batista do Recreio dos Bandeirantes, José Paulo Moura Antunes, conta que a prática vem crescendo entre as igrejas evangélicas, mas condena quem faz.

“A gente pode usar o telefone e a internet para dar uma palavra de conforto, para fazer oração, para aconselhar… mas fazer exorcismo desta maneira é muito perigoso. E também nem sempre as questões são espirituais. Tem gente com problemas psicológicos, por exemplo. Não dá para saber a reação da pessoa”, analisa.

No S.O.S espiritual da Universal, a reportagem do DIA foi atendida pelo pastor Vitor, que fica na central telefônica da Catedral Mundial da Fé, em Del Castilho. “Seu chefe está aí? Vai para o banheiro que é melhor. As pessoas podem achar que você está passando mal e vão chamar médico. O Senhor Jesus vai ficar no comando de tudo”, disse antes de começar a ‘orar forte’.

Em nota, a Universal disse que o trabalho é ininterrupto. São equipes de pastores que se revezam, inclusive na web. “Nosso trabalho consiste em ajudar aos sofridos e levá-los a se libertar de toda sorte de problemas e escravidão espiritual”, diz.

Pela internet são muitas as ofertas de serviços espirituais online e por telefone. No site Macumba Online já foram realizados 1.835 trabalhos para ‘despiranhar’ (o termo não tem explicação no site) internautas. Já para ‘empiranhar’ o número é maior: 2.392. No topo da lista dos ‘macumbeiros modernos’ está o famoso ‘trago a pessoa amada’ — são quase 53 mil despachos virtuais. A intenção de emagrecer é a segunda causa mais procurada quando os santos baixam por download: mais de 40 mil pessoas.

Centro místico faz críticas

No centro místico Casa do Mago, no Humaitá, não há qualquer possibilidade de conseguir atendimento pela internet ou telefone. O lugar é conhecido por prestar aconselhamento espiritual a pessoas famosas como Eike Batista e até atrizes americanas.

“A única forma de consultar as entidades é pessoalmente. Quem falar que faz isso de outra forma está te enganando”, informou. O Mago, líder religioso do lugar, criticou o atendimento a distância. “Isso é brincar com a fé das pessoas. Este negócio de ‘sai capeta’ e ‘vem capeta’ por telefone é mentira. Tudo enganação”, disse.


Fonte: O Dia
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Jornalista percorre trilha em Israel mencionada na Bíblia e afirma que Jesus era mochileiro

Jesus Cristo era mochileiro e, ademais, estava em boa forma. A ideia, quiça profana, me acompanhou durante três dias -enquanto caminhava 60 quilômetros, escalando montanhas e cruzando rios secos na região da Galileia.

Eu seguia o trajeto de Cristo entre Nazaré e Cafarnaum. A trilha de Jesus, idealizada em meados de 2007 por dois viajantes, atrai hoje aventureiros e peregrinos ao norte de Israel.

É um trajeto por entre locais mencionados no Evangelho, com episódios relacionados a Jesus. Por exemplo, Tabgha, a praia onde ele teria multiplicado os peixes.

Caminhei sozinho, com a mochila nas costas e carregando em meu Kindle uma versão comentada da Bíblia. Já em cima da primeira montanha, poucas horas depois de deixar Nazaré, pensei no preparo físico de Cristo. Porque o caminho não seria fácil.

1º DIA – Cenário urbano fica para trás e entro no mato

A trilha começou às 7h em um hotel na cidade antiga de Nazaré. Os vendedores ainda dormiam, e as ruas estreitas eram flanqueadas pelas grades de ferro que cobriam as entradas das lojas. A caminhada seguiu por 460 longos degraus até o topo da montanha, de onde se via a paisagem. Destinos distantes. Mas o ponto final, Cafarnaum, não estava à vista.

O cenário urbano logo ficou para trás. A estrada desceu a ribanceira, cruzou uma rodovia e me jogou no mato. Às 9h, cheguei às ruínas de Séforis, possível berço de Ana, avó de Jesus Cristo.

Dali, o caminho era logo coberto pelas árvores de uma floresta de coníferas. Por ali passava, na Antiguidade, um importante aqueduto romano. Passei também. Às 11h30, estava em Mash’had, terra do profeta Jonas –aquele que, diz o texto bíblico, foi engolido por um grande peixe.

Começava, ali, um longo trecho de casebres árabes. Um vale adiante, visitei Caná, onde a Bíblia relata a transformação da água em vinho –para mim, em vez de um milagre, ali foi lugar do calvário do Sol e da fome.

Na saída de Caná, já diante de uma trilha de terra, encontrei minha própria revelação: um pequeno camaleão de olhos esbugalhados que consegui segurar nas mãos. Pensei em levá-lo comigo. Ocorreu-me que seria ilegal. Nós nos despedimos ali.

O primeiro dia acabou cedo. Às 15h, visitando a comunidade israelense de Ilaniya, já não tinha forças. Hospedei-me em uma fazenda de cabras e dormi à tarde, em uma cabana coberta por ramos de um pé de maracujá.

2º DIA – Em trecho sem sombra, oliveiras me protegem do sol

O segundo dia foi a demonstração de uma natureza cruel. Depois de subir as montanhas do kibutz Lavi, vi finalmente o mar da Galileia, ao longe. Descansei nos Chifres de Hattin, onde os exércitos de Saladino derrotaram os cruzados europeus, em uma das batalhas mais épicas da região. Então veio o sol de 35°C. Sem sombra.

Deitei em um banco no santuário de Nabi Shuaib, túmulo do sogro de Moisés. Os drusos, povo de uma antiga e inacessível religião monoteísta, peregrinam até ali. Eu só pensava nos sintomas de uma insolação e em quando seria a hora de pedir ajuda.

Com esforço, e me escondendo embaixo de oliveiras, cheguei à comunidade de Arbel às 16h. Amir, de quem aluguei um quarto –fiz a reserva por telefone, no mesmo dia–, me recebeu com água gelada. Um banho frio finalmente me acalmou. Jantei às 18h. Dormi.

3º DIA – Após trilha quase suicida, larguei a mochila e mergulhei no lago

Apavorado pelo sol, acordei no terceiro dia às 5h. O primeiro raio de luz me colocou na estrada, me levando ao topo da montanha de Arbel –quebrada ao meio por um terremoto. A trilha, quase suicida, levava precipício abaixo entre pedras e a vertigem. Às 8h, estava no sopé.

Reabasteci as garrafas com três litros da água do vale da Pomba, que corre entre as duas faces da montanha rachada. Um pouco adiante, andando nas margens do mar da Galileia, já não temia o calor. Larguei a mochila e mergulhei no lago.

Então, um sorriso. Vi, atrás de um monte, a igreja da multiplicação dos peixes. Depois dela, uma placa para Cafarnaum. Mesmo sob a luz das 12h, os últimos quilômetros foram rápidos para mim.

Apenas um arranhão na perna, causado por plantas espinhentas, e uma dor muscular generalizada me lembravam aquela primeira ideia: Jesus estava em forma.




Fonte: Folha
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domingo, 14 de setembro de 2014

Por que sou ingrato

“Se eu ouvir a palavra ‘Papai’ de novo, eu vou gritar!”

Eu me ouvi falando estas palavras. E, em minha defesa, estava muito alto por aqui. Eu estava tentando trabalhar em algo, e tudo o que ouvia era barulhos de pezinhos descendo as escadas com quatro meninos competindo entre eles para me dizerem uma coisa depois da outra. Eu só queria cinco minutos de silêncio.

Minhas cordas vocais ainda estavam vibrando quando uma imagem veio a minha mente. Era uma imagem minha, do meu rosto, orando por crianças. A casa estava certamente quieta, então. E naqueles anos de infertilidade e abortos espontâneos e orações aparentemente não-respondidas, eu teria dado qualquer coisa para ouvir passos na escada. Eu temia que nunca ouvisse a palavra “Papai”, nunca, dirigida a mim. Pensando sobre isso, até escrevi um livro sobre o clamor do cristão de “Aba, Pai”.

E agora eu estava irritado. Por quê? Não era que eu tinha mudado de idéia sobre a bênção de ter crianças. Era que minha família tinha se tornado “normal” para mim. Na ausência de crianças, a bênção estava no primeiro plano da minha mente. Mas na presença deles, eles tornaram-se esperados, parte do que eu esperava para a existência do meu dia a dia. E isso é perigoso.

Gratidão é guerra espiritual. Estou convencido que o surgimento daquela imagem naquele dia era a convicção do pecado, um exposição pessoal da minha própria idolatria pelo Espírito de Cristo. O que eu mais preciso temer é o que parece normal para mim.

Nós todos estamos, de uma forma ou de outra, no mesmo lugar que o povo de Israel estava em Josué 23 e 24. Josué, o líder guerreiro, está de pé diante deles e reconta todas as bênçãos que Deus já deu, lembrando-lhes que “que nem uma só palavra falhou de todas as boas coisas que falou de vós o SENHOR vosso Deus; todas vos sobrevieram, nenhuma delas falhou” (Josué 23:14b). Josué disse: “todas vos sobrevieram, nenhuma delas falhou” (Josué 23.14b)

Ainda sim, como Josué predisse (e Moisés antes dele), as pessoas logo estariam na terra de oliveiras e videiras. Estas coisas, que eles clamaram no deserto, logo pareceriam “normais” a eles. E, logo em seguida, eles iriam suplicar mais e mais, tanto que eles iriam seguir os ídolos Cananeus para conseguir o que eles queriam.

Isto é o que alguns filósofos chamam de “adaptação hedonista”. Tendemos a nos ajustar ao nível de felicidade e prosperidade que nós temos. Aprendemos a esperar por isso, sem mesmo percebê-lo. E então queremos mais. É por isso que é tão difícil para as pessoas baixar no padrão de vida. É fácil mudar de um apartamento pequeno para uma casa de dois pavimentos, porém é horrível fazer o contrário. Poucos têm problema em ir de um Ford Fairmont de 1985 para uma novíssima BMW, mas é incompreensível ir na outra direção.

Este é o caminho de toda carne, puxada em direção ao abismo pelos poderes satânicos. É sempre assim. O Jardim do Éden se torna uma simples vegetação para os seres humanos. No final, as montanhas e cavernas se tornam simples cobertura para os humanos cegos.

O Espírito de Cristo nos atrai em direção à gratidão porque o Espírito nos convence da nossa condição de criatura. Nós somos dependentes do fôlego, do pão, do amor, e estas coisas vêm, pessoalmente, como presentes de um Pai (Tiago 1:17)

Há alguma coisa na sua vida que você se acostumou? Há alguma coisa pela qual você orou fervorosamente, em súplicas na ausência, pelo qual você não tem orado, fervorosamente, em ações de graça na sua presença? Há algumas coisas assim em minha vida e, eu temo, muitas mais que eu não consigo nem recordar.

Estou escrevendo isto da mesa da minha cozinha. Fui interrompido pelos garotos Moore lutando pelo último bolo Little Debbie na copa. Assim que eu ouvi “Papai”, olhei pra cima, ainda escrevendo este artigo, em frustração. Mas o Espírito ainda crucifica e ainda ressuscita.

Obrigado, Pai.



Tradução: Rebeca Nascimento
Fonte: Russell D. Moore em seu site
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“Deus me revelou que Marina será a próxima presidente”, afirma o pastor que converteu a candidata

André Salles diz que, em suas orações, Deus mostra a candidata do PSB seguindo por um caminho de luz

O pastor André Salles diz ter recebido, por mais de uma vez durante suas orações, uma revelação divina contundente. A imagem que lhe vem à mente nessas ocasiões de contato com Deus é da ex-senadora Marina Silva, candidata à Presidência da República pelo Partido Socialista Brasileiro (PSB), seguindo em frente por uma trilha repleta de luz. “Vejo o próprio Deus preparando o caminho para ela passar”, afirma. “O Senhor tem esse propósito para a vida dela, de ser presidente do Brasil”. Recém-chegado à igreja neopentecostal Plenitude do Trono de Deus, em São Paulo, Salles foi o responsável pela conversão de Marina ao protestantismo.

Marina foi criada numa família de católicos fervorosos. Com o desejo de se tornar freira, chegou a ser noviça na juventude. A conversão para a igreja evangélica se deu em 1995. Vítima de cinco malárias, uma leishmaniose e uma hepatite, Marina havia acabado de retornar de um tratamento de saúde sem sucesso nos Estados Unidos. Já em Brasília, ouviu do seu médico: “Senadora, a senhora não precisa de um médico. A senhora precisa é de um milagre”. Ele pegou o celular e ligou para um amigo. Era o pastor André Salles, na época um missionário de 20 anos à frente da igreja Assembleia Bíblica da Graça. Marina, incomodada com a reação pouco profissional do médico, mas sem coragem de fazer uma desfeita, escutou a oração. Do outro lado da linha, Salles informou que tinha o dom de revelação do Espírito Santo e passou a descrever, em detalhes, alguém que atrapalhava os rumos de Marina. “O pastor descreveu a cor da pele, o cabelo, os cacoetes dessa pessoa, tudo. Ela era ligada aos grupos que faziam uma oposição ferrenha ao meu trabalho”, disse Marina num vídeo na internet sobre sua conversão. A ex-senadora ficou impressionada com o que ouviu e começou a frequentar os cultos. Tornou-se, em 2004, missionária da Assembleia de Deus.


A antiga igreja de Salles acaba de se fundir com a Plenitude do Trono de Deus, criada em 2006 pelo apóstolo Agenor Duque e pela bispa Ingrid Duque. Amigo dos fundadores, Salles está de mudança para São Paulo para integrar sua equipe. Por ter quadruplicado sua programação na televisão aberta (estão diariamente na Mix TV, da meia-noite ao meio-dia), a igreja agora precisa de reforço. A Plenitude do Trono de Deus tem dez templos espalhados por São Paulo. Sua sede, no Brás, comporta quase sete mil pessoas sentadas. Seu poder de mobilização levou, semanas atrás, o governador Geraldo Alckmin, candidato à reeleição por São Paulo, a um culto de domingo. Assim como outras pentecostais, a Plenitude promove sessões de “cura e libertação” com cenas espetaculosas de exorcismo coletivo no centro do altar. Em geral, fiéis sugestionados pelas luzes e pela música que sobe a cada variação de voz do pastor começam a tremer e gritar em seus lugares, até que são socorridos por obreiros identificados por camisetas pretas com a inscrição: “sexta-feira forte”. As mulheres são arrastadas até o púlpito pelos cabelos; os homens, empurrados pelos braços. No altar, estrebucham, gemem, babam e viram os olhos diante de uma igreja lotada. Só depois são expurgados pelos pastores.

No dia da entrevista de Salles a ÉPOCA, outro pastor que conduzia o culto da tarde entrevistou um casal que se dizia possuído pelo demônio. O homem se dizia capa-preta. A mulher, Lúcifer. Ambos falaram sobre os planos de matar um ao outro. “Se não tivesse vindo aqui hoje, este casal estaria no [programa policial] Cidade Alerta como o próximo crime passional de São Paulo”, disse o pastor, aos gritos. “Agora vocês sabem a importância de dar o dízimo? Quando o pastor pede, ninguém dá. Preciso trazer os demônios aqui na frente para vocês acreditarem na força desta igreja”. Ele então convocou os membros a subirem ao púlpito para doar R$ 50 ou R$ 100, em dinheiro, crédito ou débito. De seus lugares, os fiéis aos poucos abriam os olhos e puxavam suas carteiras em busca de uma nota ou um cartão para levar ao altar.

ÉPOCA – Como o senhor conheceu a ex-senadora Marina Silva?
André Salles – Um amigo nosso, o geriatra Eduardo Gomes de Azevedo, estava cuidando da saúde dela e percebeu que o problema não era só de ordem natural. Foi quando ele me pediu: será que podemos orar pela Marina? Como um bom médico, ele cuidou, mas teve essa sensibilidade de entender que o problema era uma questão espiritual. Foi quando ele colocou a gente em contato. Aí comecei a acompanhá-la em oração. Ela foi sendo fortalecida na fé, passou a aceitar Deus como o senhor da vida dela, foi batizada na nossa igreja. As orações eram presenciais ou à distância, dependia da correria dela.

ÉPOCA – A Marina resistiu de alguma maneira? Porque ela foi criada na Igreja Católica...
Salles – Ela sempre foi uma mulher de muita fé, então foi aberta. Mesmo sendo um meio novo. Em nenhum momento ela foi dura.

ÉPOCA – O senhor curou a Marina?
Salles – Não vou dizer que fui eu, quem curou foi Jesus. Por meio das minhas orações, das orações de outras pessoas também. Chegar hoje e dizer “fui eu” é como trazer a glória para si. E a Bíblia pede que a gente diminua e Jesus cresça. Tudo é para ele, a glória é para ele, a exaltação é para ele. Ela foi curada, graças ao bom Deus.

ÉPOCA – A família da Marina foi resistente?
Salles – Alguns irmãos dela já frequentavam a igreja. Mas algumas pessoas, amigos e familiares acharam que ela estava mudando demais e tal. Sendo uma mulher de fé, tudo que ela faz ela pede uma direção de Deus em oração. Para algumas pessoas, parecia que ela estava ficando louca. Hoje não. Todo mundo a respeita. Vê que é uma pessoa íntegra, honesta, temente a Deus. Ela não faz nada sem buscar uma orientação do Senhor.

ÉPOCA – Ela deixou a sua igreja e mudou para a Assembleia de Deus? Por quê?
Salles – Ela terminou indo na ocasião para a sede da nossa convenção no Distrito Federal, do pastor Sóstenes Apolo, que hoje já dorme no Senhor. Nas eleições de 2010, era mais interessante para ela ficar nesta igreja. As igrejas da Assembleia de Deus têm suas convenções estaduais e uma geral. Nosso pastor presidente, ligado diretamente aos cabeças das estaduais, podia dar apoio a ela, fazer esse tipo de ponte.


ÉPOCA – Como era a Marina na igreja? Ela participava?
Salles – Ela era muito fiel à escola bíblica dominical e também missionária da casa do Senhor. Mas sempre respeitando os limites dela, né? Sempre foi bastante ativa.

ÉPOCA – Vocês perderam o contato quando ela mudou de igreja?
Salles – Não, de maneira alguma. Até porque o propósito é o mesmo, né? Não existe esta divergência, pelo menos da minha parte. Eu não incomodo, né? Por causa da correria dela. Mas tem época em que a gente está muito junto. Ainda oro por ela.

ÉPOCA – Qual foi a última vez que o senhor falou com ela?
Salles – Neste ano, pra falar a verdade, ainda não conversamos. No ano passado, falamos. Foi antes de ela se aliar ao Eduardo Campos. Mas estou sempre orando pra ela. Essas coisas acontecem. Às vezes, a gente está conversando e chega uma revelação, uma palavra por parte de Deus.

ÉPOCA – O que o senhor quer dizer quando diz que teve uma “revelação”?
Salles – Isso é muito da sua sensibilidade com Deus. Tem  coisas que você vê realmente, que se apresentam numa visão para você. Tem coisas que você escuta a voz de Deus como quando Deus falou com Samuel. No caso da Marina, vejo um caminho de luz. Literalmente. A Marina seguindo por um caminho de luz. É um caminho de luz e ela caminha para frente.

ÉPOCA – O que tem lá na frente?
Salles – Aí são detalhes do mundo espiritual, que tem seus segredos. Deus abriu isso para todos aqueles que nele creem. E creem em Jesus como Senhor.

ÉPOCA – A Marina tem o dom da revelação?
Salles – Ela é uma mulher que tem a ciência de Deus na palavra. Muito forte. Ela recebe recado de Deus, é uma profetisa. Recebeu esta iluminação. Não acontece toda hora. Mas acontece.

ÉPOCA – O senhor acha que Deus falou com ela sobre a vocação de ser presidente?
Salles – Sim, esta é uma promessa antiga. Ela também recebeu. Por isso, ela tem muita certeza de que vai ser presidente do Brasil. É uma ordem de Deus. Uma providência. Te digo isso sem dúvida.

ÉPOCA – Qual foi a última revelação que o senhor teve sobre a Marina?
Salles – As últimas palavras da parte de Deus é que ele está levando ela por este caminho... Para ela se tornar presidente da República, entendeu? Eu lembro que antes de sair candidata em 2010, o governador do Estado do Acre e algumas pessoas ainda me procuraram dizendo: “pastor, eu queria que ela viesse pelo Estado do Acre, como governadora. Ela está indo por outro caminho e eu não tenho ninguém agora”. Mas a gente via que este era o caminho pelo qual Deus estava conduzindo ela.

ÉPOCA – Esta revelação de que o caminho dela é ser presidente chegou ao senhor mais de uma vez?
Salles – Mais de uma vez. E não só até mim, mas a outros profetas também.

ÉPOCA – O senhor acha que este projeto está perto de se tornar realidade?
Salles – Sim, está próximo. Porque essa é uma nova direção de Deus para o Brasil. Deus tem esse propósito para a vida dela. A gente sabe que as promessas de Deus são baseadas de acordo com o que a Bíblia diz em Deuteronômio, 28: “se atentamente obedeceres à voz do Senhor teu Deus, tendo cuidado de guardar tudo que está escrito, todas estas bênçãos virão sobre ti”. Mas existe o propósito do tempo. Podia ser quatro anos atrás? Podia. Mas, se Deus está preparando para agora, é bom.

ÉPOCA – O senhor acha que a Marina será a próxima presidente do Brasil?
Salles – Sim, eu acredito que sim.

ÉPOCA – O senhor teve alguma revelação neste sentido?
Salles – Vejo Deus abrindo o caminho para ela chegar. É o próprio Deus preparando para ela passar. Deus tem um propósito para o Brasil. Ele entregou esta nação nas mãos do presidente Lula, mas infelizmente o Partido dos Trabalhadores entrou em outro caminho, saiu do propósito. E ninguém é insubstituível. Se você não permanece no propósito, Deus prepara outra pessoa.

ÉPOCA – Como a Marina recebia essas revelações?
Salles – Isso é uma coisa natural. É uma coisa que quando você começa a frequentar a igreja e Deus começa a confirmar certas coisas na sua vida com sentido. Deus não faz nada sem propósito. Tudo tem propósito estabelecido. Então seria hoje fora do propósito chegar até à irmã Marina e dizer: “olha, Deus não tem nada com você na política”. Isso não tem sentido. O que Deus tem para ela é nesta linha. Ela sempre recebeu isso com o coração muito aberto. Um dia ela chegou para mim e disse: “pastor, será que Deus vai me tirar da política?”. E eu respondi: “não, o caminho não é este. Deus quer que a senhora continue sendo uma voz. Uma voz para o Brasil e para o mundo”.

ÉPOCA – O senhor acha que, de alguma maneira, esta certeza ajudou na decisão de se aliar ao PSB de Eduardo Campos quando a Rede Sustentabilidade teve o registro recusado pelo TSE?
Salles – Não vou te falar com propriedade sobre isso. Porque desta aliança para cá eu não participei. Não posso opinar. Mas uma convicção eu tenho: ela fez alguma orientação espiritual antes de tomar a decisão.

ÉPOCA – O senhor recebe essas revelações há quanto tempo?
Salles – Desde a época em que nós orávamos pelo presidente Lula, antes das eleições de 1998, quando o ex-presidente Fernando Henrique ganhou de Lula. Lembro que o senhor Deus havia falado que ia entregar o governo, a chave da nação nas mãos dele. Assim que ele perdeu, ele assumiria na próxima.

ÉPOCA – O senhor conheceu o Lula pessoalmente?
Salles – Sim, sim.

ÉPOCA – Foram apresentados pela Marina?
Salles – Perfeitamente. Oramos pelo Lula. Na ocasião, ele estava muito quebrantado, numa situação de perda, frustrado. Pensando: será que mais uma vez a frustração vai bater na minha porta? E ele disse: pastor, eu sou uma pessoa que todas as noites ora. Eu leio o salmo de número 13, número do meu partido. Eu disse que ele ia ganhar as próximas eleições. Quando isso aconteceu em 2002, eu disse a Marina que ela se tornaria ministra. De fato aconteceu. E o senhor Deus já vinha trabalhando, preparando o caminho para ela chegar ao que está acontecendo hoje. Tem coisas que Deus fala pra gente e acontece imediatamente. Tem outras que demoram um ano, dois, três. Mas você tem uma direção, uma linha.

ÉPOCA – O senhor se lembra da última orientação espiritual que deu para a Marina?
Salles – Tenho lembranças, mas são coisas particulares. Decisões internas.

ÉPOCA – O senhor participou das rezas para o presidente Lula durante o mensalão?
Salles – Não, não participei. Algumas vezes, pela correria do presidente Lula, eu participava com orações via Gilberto Carvalho, na época o chefe de gabinete.

ÉPOCA – E rezava pela Marina quando ela era ministra do Meio Ambiente?
Salles – Lembro de uma época que estava precisando de chuva. Não chovia no Mato Grosso, Rondônia... E ela preocupada. Nós oramos para Deus mandar chuva, porque ela estava preocupada, sofrendo muita pressão. Eram muitas queimadas. E Deus mandou chuva naquela época. Nós oramos e Deus mandou chuva. Choveu naqueles dias, precisava chover naquela semana.

ÉPOCA – O senhor ia rezar no Ministério do Meio Ambiente?
Salles – Na casa dela, outras vezes no Ministério, outras vezes na igreja.

ÉPOCA – O senhor chegou a rezar para a presidente Dilma?
Salles – Não, para ela nunca. Nós tentamos fazer este link, ficar em contato. Mas o próprio Gilberto Carvalho dizia que era diferente. O presidente Lula é um homem mais aberto. Já a presidente Dilma é uma pessoa mais fechada. Não que ela não creia, ela é uma mulher de fé. Mas é diferente. Isso entristeceu também os pastores. Não só os do meio pentecostal.

ÉPOCA – Se a Marina ganhar a eleição, o senhor acredita que Brasil se tornará um país mais evangélico?
Salles – Querendo ou não, influencia, né? Mas este não é o propósito dela.


ÉPOCA – Como a fé da Marina influencia a tomada de decisão dela?
Salles – Ela não vai fazer nada sem primeiro ter uma orientação do Senhor. Ela é livre, mas vai agir de acordo com os princípios cristãos, defendendo a família, a igreja, o Brasil. Sem ser intransigente com nenhuma religião. Agora, se houver dúvida em algum assunto, ela pedirá orientação. Não é porque você chegou à Presidência que não precisa de conselheiros.

ÉPOCA – Na sua opinião, a Marina é fundamentalista?
Salles – A pessoa fundamentalista é aquela com visão muito fechada. Não é o caso da irmã Marina. Ela é uma pessoa com domínio próprio, equilíbrio. Não acho que ela fecha e leva um pensamento ao pé da letra.

ÉPOCA - Como diferenciar quem é de quem não é?
Salles – Fica claro nos frutos. Uns olham e veem pela aparência, pelo modo de ser. Uma posição também pode mudar. O que você pensa hoje não é necessariamente o que você pensa no passado.

ÉPOCA – O senhor apoiou a presidente Dilma em 2010. Fez até um vídeo que foi para a internet. Por que?
Salles – Em 2010, o Gilberto Carvalho me pediu para fechar com a Dilma. Não só eu, mas vários pastores. Aceitei na ocasião porque entendia que o projeto do Lula teria continuidade. Eu bem sabia que a Marina estava caminhando, mas ainda não era o momento dela. Deus estava trabalhando para ela chegar. Então ficamos com a Dilma. Mas a Dilma infelizmente não cumpriu nada do que havia combinado com o meio. Apoiei a Dilma por causa do Lula, pelo pedido do presidente Lula. Gravei o vídeo assim que terminamos uma reunião. Para abraçar a causa do presidente Lula.

ÉPOCA – O vídeo teve impacto em sua relação com a Marina?
Salles – Não, ela entendeu. Ela é uma pessoa muito tranquila.

ÉPOCA – O senhor se arrepende de ter apoiado a Dilma?
Salles – Olha, hoje eu me arrependo.

ÉPOCA – Por quê?
Salles – Por tantas decepções que a gente teve com o governo.

ÉPOCA – Por exemplo?
Salles – Uma série de coisas. Não só no meio evangélico. Muita corrupção, né? Todo mundo sabe. Muitos problemas. Eu, particularmente, me arrependo.

ÉPOCA – Apoiaria de novo?
Salles – Não.

ÉPOCA – Neste ano alguém já lhe pediu apoio oficial?
Salles – Não. Só apoio em oração. Mas oficialmente estou com a Marina.

ÉPOCA – Até dia 15, os candidatos à Presidência podem mudar. Se o Lula voltasse, o senhor o apoiaria?
Salles – Não. Entendo que terminou o propósito que Deus tinha com o Lula. Ninguém é insubstituível.

ÉPOCA – O que o senhor espera de um possível governo da Marina?
Salles – Tenho orado para que seja um governo de paz. Ela vai enfrentar muitas batalhas, não vai ser fácil. Mas não vai ser impossível. É normal virem as batalhas. Um governo não governa sozinho. Ela precisa de apoio na Câmara e no Senado. Acredito que daqui pra frente vamos ver as alianças acontecerem. O Brasil vai melhorar com Marina. A Bíblia diz que quando o justo governa, o povo se alegra. O justo não significa o religioso, mas o honesto. Essas características de humanidade, de temor e amor a Deus ela tem. Marina é um produto novo. Não basta você cair na graça de Deus, tem de cair na graça do povo. E a Marina está caindo nas graças do povo. Já caiu. É um caminho.



Fonte: Época
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