quarta-feira, 12 de maio de 2010

Modismo Judaizante: Festa do Purim na Sara Nossa Terra

O tsunami judaizante continua invadindo muitas igrejas chamadas "evangélicas", levando de roldão o pouco de cristianismo que talvez ainda tenha restado por lá. Pois não é que o Robson Rodovalho instituiu a Festa do Purim na Sara Nossa Terra? Pra quem não sabe, a Festa do Purim foi instituída no livro de Ester, conforme o próprio site da SNT ensina:

O nome da festa "Purim" vem da palavra hebraica "pur", que significa "sorteio". Pois este era o método usado por Hamã, que era o primeiro-ministro do Rei Artaxexes da Pérsia, para escolher a data na qual ele pretendia massacrar os judeus do país. Purim sempre foi uma festa muito comemorada pelos judeus do mundo.

Talvez a brilhante ideia tenha aparecido quando Rodovalho assistia a minissérie "A História de Ester" na Record. O fato é que se trata de mais uma influência do gnosticismo moderno infiltrado nas igrejas evangélicas, em que alguém diz ter uma revelação especial sobre determinado ponto do cristianismo, e resolve implantá-la na sua igreja como se fosse uma grande novidade. Poderia ser argumentado que a Páscoa também é uma festa judaica, incorporada no cristianismo pela tradição católica, seguida por muitos protestantes mais por liturgia e memorial, dado todo o simbolismo que envolve a crucificação de Jesus na sexta-feira e a sua ressurreição no domingo de Páscoa. O mesmo, entretanto, não acontece com o Purim, uma festa tipicamente judaica, que merece todo respeito quando inserida dentro da liturgia própria dos judeus. Agora, dentro do "cristianismo" seria necessário fazer algumas adaptações esdrúxulas, talvez pintando Artaxerxes como o bicho-papão da quadrilha junina ou coisa parecida. Vai saber...

O simbolismo da Páscoa para todos os cristãos revela, entretanto, o verdadeiro problema de muitas igrejas e seus pastores judaizantes. Eles não se satisfazem mais em simplesmente pregar a mensagem da salvação pelo sangue de Jesus Cristo vertido na cruz, como se o verdadeiro e puro evangelho não mais bastasse para resgatar o perdido e restaurá-lo à condição de filho de Deus. Para esses "iluminados", é preciso - continuamente - inovar, nem que para isso seja necessário inventar uma versão light do Purim para atender a um certo consumismo de crendices que infesta muitos corações e mentes dentro das igrejas que vivem hoje - infelizmente - na era (e na dependência) do entretenimento. Triste assim.

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