domingo, 16 de maio de 2010

Sonhei que eu era um neopentecostal místico e milionário

Na verdade, tive um pesadelo, na noite passada...

Sonhei que eu era um neopentecostal místico e que, depois de abraçar a Teologia das $emente$, tornei-me um milionário. Estava convencido de que Deus me mandara comprar várias bolsas da Louis Vuitton e da Victor Hugo, para a minha esposa bater profeticamente com elas nas cabeças dos endemoninhados! Ele também ordenara que eu adquirisse vários sapatos de couro de crododilo e de cobra para pisar profeticamente na cabeça do Leviatã.

No sonho, eu estava convicto de que Deus me mandara comprar inúmeros ternos Ermenildo Zegna, a fim de pregar profeticamente nos “Santódromos” do Rio de Janeiro, de São Paulo, de Manaus; e centenas de óculos de sol Ray Ban, para ter uma melhor visão profética da atuação do império das trevas em todo o mundo.

Não tinha dúvidas de que Deus ordenara que eu comprasse uma Ferrari F430 vermelha, para um grande ato profético. Com ela, eu trafegaria profeticamente pelas avenidas e ruas de Brasília e derramaria ao longo de cada uma delas o mais puro azeite português, decretando que aquela cidade pertence ao Rei dos reis e que os seus súditos devem dominar o Brasil a partir dali.

Que sonho! Estava convicto, ainda, de que o Senhor me mandara comprar milhares de caixas de perfumes franceses Polo e Azzaro para perfumar profeticamente todos os aeroportos das cidades do mundo por onde eu passasse, a fim de derrotar todos os principados do fedor e da sujeira que imperam nesses lugares.

Finalmente, no sonho, eu tinha a certeza de que, sob a ordem divina, eu adquirira um touro bem feroz para ser montado profeticamente nos rodeios de Dallas, Barretos e Madrid, a fim de destruir por completo o tridente do principado boiadeiro...

Mas o fim do sonho não foi nada bom... Eu resolvera abrir a Bíblia aleatoriamente e “caíra” em Deuteronômio 18.20-22: “o profeta que presumir de falar alguma palavra em meu nome, que eu lhe não mandei falar, ou o que falar em nome de outros deuses, esse profeta será morto. [...] sabe que quando esse profeta falar, em nome do SENHOR, e a palavra dele se não cumprir nem suceder, como profetizou, esta é palavra que o SENHOR não disse; com soberba a falou o tal profeta: não tenhas temor dele”.

Acordei aliviado e disse: “Não sou um milionário... Que pena! Mas, em compensação, também não sou um neopentecostal místico que despreza a Bíblia, supervaloriza as experiências pessoais e atribui à direção de Deus toda e qualquer bizarrice que pratica!”

Ainda bem que acordei logo! Já pensou se eu tivesse sonhado que Deus me mandara engatinhar como um leão em cima do púlpito, tocar tambores no ritmo baiano, calçar uma bota de “piton” e outra de cowboy para pisar em principados, profetizar sobre ferraduras...

Aleluia! A despeito de haver alguns críticos que, por falta de conhecimento, põem os pentecostais e os neopentecostais místicos no mesmo bojo, louvo a Deus por ser um pentecostal que ama a Palavra de Deus! Mesmo pobre, financeiramente, graças a Deus continuo crendo na atualidade da multiforme manifestação do Espírito Santo na igreja, sem abrir mão do primado das Escrituras e da mensagem da cruz!

Fonte: Blog do Pastor Ciro Zibord
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