
O Pr. Carlos Roberto Silva, vice-presidente executivo da Convenção dos Ministros da Assembleia de Deus do Estado de São Paulo e membro do Conselho de Doutrina da CGADB - Convenção Geral das Assembleias de Deus no Brasil, condena a ‘Campanha da Semente de R$ 1.000,00’ do Pr. Silas Malafaia e do Pr. norte americano Mike Murdock lançada em seu programa de TV.
‘Isso é no mínimo lamentável, vergonhoso e desonroso para a nossa denominação. O Pr. Silas Malafaia é hoje um ícone, talvez o único dessa estirpe em mídia nacional, pertencente à nossa querida Assembleia de Deus. A função por ele exercida no mais alto fórum da denominação assembleiana, bem como sua projeção midiática, faz com que ele seja copiado e seguido por muitos em suas peripécias doutrinárias. A carroça está descendo ladeira abaixo, em alta velocidade, sem freio e o pior de tudo: na banguela! Que Deus tenha misericórdia de nós!’ disse o Pr. Carlos Roberto.
Já o Pr. Guedes, auxiliar da Igreja Evangélica Assembleia de Deus e Professor de Teologia da FAESP - Faculdade Evangélica de São Paulo, relata as implicações que a igreja sofre com campanhas como esta.
‘Primeiro, as pessoas passam a acreditar que com a "semente" lançada, estarão isentas de pregarem o evangelho, porque já fizeram a sua parte. Ou seja, repassaram essa responsabilidade ao evangelista da TV; Segundo, caem na mais nova falácia: semente e não oferta (ou semente como oferta). Ora, todos sabemos que a oferta é voluntária e não se espera retorno por doá-la, mas a semente tem em si a linguagem da colheita do fruto, logo, quem oferta não espera receber de Deus e nem O cobra, mas quem lança sementes terá, segundo essa teologia, o direito de cobrar de Deus os desdobramentos de seu plantio; Terceiro, muitos cristãos incautos que nunca contribuíram com suas igrejas locais, vêem-se "constrangidos", "movidos" a contribuírem com o ministério do "homem de Deus", visto que ele é o homem que Deus levantou para essa tarefa', e completou: ‘esse tipo de teologia envenena nossa sã doutrina, causando danos em nossos posicionamentos doutrinários e teológicos. É elitista, discriminatória e põe Deus em uma tremenda "saia justa", pois somente quem tem R$ 1.000,00 é que pode ser abençoado'.
Assista o vídeo da explicação de Silas Malafaia:
Fonte: O Galileo
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