sábado, 12 de março de 2011

Como identificar um sectário com fé patológica

Todas as seitas afirmam ter fé, ou pelo menos respeitar e crer, em Jesus. Mas trata-se do "jesus" criado por elas. Como é um jesus inventado, a fé não pode vir senão de uma mente manipulada pela liderança. E se a fé é produto de manipulação, pode muito facilmente se tornar doentia. Quais, então, seriam os estigmas de uma fé doentia no contexto sectário?

O sectário só se alimenta dos livros da seita. Esta atitude indica que a pessoa está sofrendo lavagem cerebral, e foi ensinada até mesmo a justificar-se: "É que estamos satisfeitos com o banquete espiritual que nos é oferecido na forma de página impressa, então não temos a necessidade de nos alimentar com outras literaturas". A fé doentia acovarda-se diante daquilo que considera ser a mentira.

Bem diferente do Apóstolo Paulo, que dizia: "Julgai todas as coisas, retende o que é bom. Abstende-vos de toda a forma de mal". (1 Tessalonicenses 5:21, 22) É óbvio que se alguém oferece uma revista pornográfica para um cristão, ele não aceitará, pois sabe que é mau. (Salmo 97:10) Todavia, no caso dos sectários, se dissermos a ele: "Posso te provar que sua liderança já mudou 314 vezes de ensinos e previu a volta de Cristo para 1914, 1925 e 1975?", ele reagirá conforme foi programado: "Isso é mentira!", "Foram falsas expectativas de alguns" (foi, na verdade, da seita inteira) ou "O que importa é o que ensinamos hoje, e hoje ensinamos a verdade" (eles sempre acham que ensinam a verdade, mas sempre mudam).

Certa vez, um ancião (líder) de uma seita me disse: "Nunca adoramos a Jesus!" Quando mostrei a ele a revista que ensinava isso, ele disse: "Isso é coisa do diabo!" De fato, ele tinha razão. Era mesmo! Um artigo escrito pela seita dele. Percebi no pescoço dele a pulsação acelerada, e ele irado disse: "Você é o Fernando Galli da internet! Estou reconhecendo você, filho da destruição!" Isso é fé patológica: Uma crença que destroi a capacidade de raciocinar da pessoa, pois ela só pode analisar literatura da seita dela. Já em minha biblioteca, possuo centenas de livros de sectários e religiões mundiais, e eles nunca me afastaram do amor de Deus que está em Cristo Jesus, nosso Senhor. - Romanos 8:38, 39.

O Sectário defende mais o nome da seita do que o de Deus. A fé no "dEUs" da pessoa na verdade é o reflexo do quanto a pessoa tem fé na seita dela. Tanto que se alguém questionar os ensinos da seita, ela fará todo empenho para justificar o erro. De que forma o faz? Da forma como a liderança ensinou ou programou que se fizesse: Primeiro, buscar na Bíblia um erro parecido de um servo de Deus. As seitas que previram a volta de Cristo e deram com a "cara no chão" programam seus asseclas a responderem: "Mas os apóstolos e discípulos também esperaram que Jesus estabeleceria naquela época o reino de Israel". (Atos 1:6, 7) Segundo, procuram erros parecidos nas igrejas cristãs: "Os batistas também previram uma data para a volta de Cristo". Parecem aquelas criancinhas, que quando a professora diz: "Charles, por que você fez pipi no canto da sala?", e o Charles responde: "O Pedrinho fez isso também!" Quando os discípulos achavam que Jesus estabeleceria o Reino naqueles dias, o Novo Testamento nem havia sido escrito. Que vergonha é para uma seita inteira e para cristãos isolados prever a volta de Cristo cerca de 1.900 anos depois de Mateus 24:36 e Atos 1:6, 7 terem sido escritos! Assim, o sectário com fé patológica faz um esforço intelectual medonho para justificar os erros de sua seita. Embora afirmem "nós somos imperfeitos", percebe-se que jamais dizem: "Erramos de verdade!", ou "pecamos". Mas sempre inventam uma explicação com a intenção de salvaguardar o nome da seita deles.

O sectário com fé patológica é iludido pela liderança a crer que quando um ex adepto de sua seita o aborda com argumentos embasados, está sendo tentado pelo diabo. Certo casal de uma seita duvidou de mim: "Jamais ensinamos que só os do 144.000 já são filhos de Deus, e que os da Grande Multidão não são". Quando mostrei a eles algumas provas de que a seita deles realmente ensinam isso, me disseram: "Olha, peça a Jeová que te ilumine com seu espírito e que você não seja enganado pelo Pai da mentira". O sectário com fé patológica não consegue pensar, assimilar argumentos diferentes, por isso, afirma que qualquer interpretação contrária a de seus líderes (guias) vem do diabo.

Quando eu pertencia a uma seita dessas, recebi a visita de um pastor batista, que me alertou: "A geração que não passará, de Marcos 13:30, não é a geração de 1914, mas uma geração composta por várias gerações". Depois disso, provou-me em dicionários de grego e na Bíblia que uma geração pode ter centenas de anos. Na ânsia de defender a seita a qual pertencia, disse a ele: "Em breve você verá que Satanás te ensinou errado, pois em 1994 essa geração já terá no mínimo 70 anos, e a Bíblia ensina que uma geração dura em média 70 anos, conforme o Salmo 90:10." Não demorou muito para a liderança mundial da seita passar a ensinar exatamente aquilo que o pastor batista havia me ensinado. Quando contei o ocorrido a um ancião experiente da seita, ele me respondeu: "Bem, talvez o diabo, por ter morado no ceu, soubesse de antemão a verdade sobre geração, numa conversa com Jesus, e revelou àquele pastor batista a verdade primeiro do que Jeová". Quanta esforço para defender o nome da seita! De fato, essa mesma seita possui mais de 20 ensinos alterados e que passaram a ser iguais ou parecidos aos dos cristãos.

Os sectários com fé patológica foram programados a generalizar o erro, e a particularizarAtos 5:42 onde diz que os discípulos pregavam no templo de de casa em casa, e transforma isso numa doutrina. Então, porque ele sai de casa em casa, e consegue falar com umas 20 pessoas por dia trabalhado, ele está fazendo parte da única religião verdadeira. Mas se eu disser a ele que pela internet e por telefone evangelizo mais de 100 pessoas por dia, ele dirá: "Jesus disse 'Ide'. Evangelizar pela internet não é 'ide', mas 'ficai sentados' (um sectário me disse isso!). Assim, ela particulariza - só nós pregamos de casa em casa, e tem que ser assim. Depois de particularizar, sua fé patológica programada o faz raciocinar assim: "Olha, você é da Igreja Batista, e como tem homossexuais na sua igreja, você tem que sair dela e vir para a minha". Pobrezinho! Como se o joio já tivesse sido separado do trigo! Como se perto da praça da Sé, aqui em São Paulo, não houvesse uma congregação clandestina de membros da seita dele, HOMOSSEXUAIS, excluídos e não-excluídos, e com direito a participar da passeata gay. (A seita não ensina isso, mas critica as outras religiões que enfrentam o mesmo problema.) E como o sectário de fé patológica reage e soubesse disso? Ele dirá: "O homossexualismo entre vocês é tolerado, o nosso não!" Ele raciocina que o fato de haver igrejas que se dizem batistas tolerarem o homossexualismo me torna culpado também só pelo fato de eu ser batista. Veja: Eu não endosso o homossexualismo, nem a minha igreja batista na zona sul de São Paulo, e nem a Denominação Batista aprova isso, mas porque há alguns pastores que aceitam, eu estou condenado! Transformam os pouquíssimos casos em que Israel foi punido por causa de uma só pessoa, e se esquecem de que Deus, na grande maioria das vezes, no seu devido tempo, puniu apenas os israelitas em pecado.

Por fim, dentre tantos outros sinais de quem sofre de fé patológica, o sectário ama criticar a fé dos outros, com zombaria ou endossando os escárnios dos outros contra as igrejas cristãs, mas quando alguém raciocina com eles, no campo doutrinário, ele ofende os questionadores, como um site sectário que me chamou de "cisterna rota", "vendedor ambulante da Palavra de Deus" (quando eu era da seita deles, vendi de casa em casa, de 1.984 a 1.999, 4522 revistas, sendo que, por exemplo, em 1.995, o preço delas era 0,50 centavos e o custo unitário para imprimir cada revista, segundo um querido ex-irmão da seita que trabalhava no departamento de finanças da Filial aqui no Brasil, era de 0,08 centavos! E quando eu trabalhava 60 ou 90 horas mensais, eu comprava a revista no balcão de literatura pela metade do preço e vendia pelo dobro que pagava!). Dias atrás, uma senhora da mesma seita enviou um e-mail para uma família cristã, a qual ajudei a se livrar dos ensinos da seita, e no e-mail me chamava de filho da destruição. Nas salas de bate-papo do UOL, TERRA e outros, os adeptos dessa seita, quando digo que fui membro deles, já me desferiram todo tipo de ofensas, até palavrões. Por quê? Devido a qual mal que lhes fiz? Deixar de ser da seita deles, explicar porque discordo. E quaisquer palavras que eu diga para raciocina com eles, se sentem perseguidos, pois sofrem de síndrome de perseguição. Eles precisam ser perseguidos para se confirmarem membros da única religião verdadeira - fundada há 131 anos por um rapaz de 18 anos.

Que Deus possa nos livrar da maldição que representa o diabo na vida dos sectários com fé patológica. Mas que possamos levar Jesus Cristo corajosamente a alguns.Claro que teremos que ter paciência, pois lidar com fé patológica é um desafio para o cristão. Por isso, muita oração. Mas não peça para orar com eles, porque o sectário com fé patológica recusa, pois ele acredita que nossa oração é para o diabo, e pode prejudicá-lo.


Fonte: Fernando Galli no IASC
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