"Nosso amor é resultado do seu amor. Nenhuma criatura amou Deus antes dela ter sido amada."
C. S. Lewis, escritor das Crônicas de Nárnia, lembra que as pessoas gostam de repetir a afirmação cristã de que “Deus é amor”. Mas eles parecem não perceber que as palavras “Deus é amor” não têm real significado a menos que Deus contenha pelo menos duas pessoas. Amor é algo que uma pessoa tem para outra pessoa. No evangelho de João (17:22-24), Jesus ora para que sejamos um, como ele e o Pai são um, para que alcancemos perfeição na unidade, “a fim de que o mundo conheça que tu me enviaste, e que os amaste, assim como me amaste a mim.” “Pai”, continua Jesus, “desejo que onde eu estou, estejam comigo também aqueles que me tens dado, para verem a minha glória, a qual me deste; pois que me amaste antes da fundação do mundo”. Décadas depois, bem mais velho e mais sábio, João encontra o amor “não em que nós tenhamos amado a Deus, mas em que ele nos amou e enviou seu Filho como redenção pelos nossos pecados... e cremos no amor que Deus nos tem. Deus é amor; e quem permanece em amor, permanece em Deus, e Deus nele” (1Jo. 4:10, 16).
Enquanto o meu amor é devedor, o amor de Deus é dadivoso. Deus é o beneficiador e eu beneficiado. Eu recebo tudo dele, “de cima para baixo” e não posso correspondê-lo à altura. Ele me ama, escolhendo-me, sarando-me, abençoando-me e enviando-me seu filho Jesus. O amor de Deus é generoso e não pede nada em troca. Ele escolheu amar-me. O meu amor é um amor resposta, de responsabilidades; como o amor de uma criança que responde ao afeto dos pais com obediência, deveres, respeito e gratidão (Rm. 11:35).
Enquanto o meu amor é consequente, o amor de Deus é antecedente. Seu amor precedeu qualquer iniciativa ou tentativa humana. Nisto está o amor: não em que nós tenhamos amado a Deus, mas em que ele nos amou primeiro, e enviou seu Filho como propiciação, para nos substituir pelos nossos pecados (1 Jo. 4:10). Seu amor veio antes da criação do Universo. Compreendo uma trilionésima fração disso quando penso no meu amor pelos meus filhos antes deles nascerem; eu os amei muito antes deles serem aptos para responder, reconhecendo e expressando com carinho e gratidão. Somos inimigos do Pai, por natureza, filhos pródigos reclamadores e aborrecentes; como jovens rebeldes, soberbos, presunçosos e desobedientes, frequentemente desprezando sua iniciativa e afeto; sempre inventando desculpas para nos manter longe do lar e distantes do seu coração paternal. Mas Deus dá provas do seu amor para conosco: enquanto ainda éramos pecadores, Cristo morreu por nós (Rm. 5:8). Nem por isso éramos melhores, mais bonitos, dotados, centrados ou receptivos. Nosso amor é resultado do seu amor. Nenhuma criatura amou Deus antes dela ter sido amada.
Enquanto o meu amor é instável, o amor de Deus é constante, como Ele mesmo: é igual, não aumenta nem diminui. Por outro lado, o meu amor é como eu mesmo: ele cresce e decresce, volúvel e líquido, afetado por uma série de elementos físicos, emocionais, espirituais, relacionais e circunstanciais. Minha luz é como a luz da vela. Meu amor aumenta e quase desaparece, floresce e declina. Perde-se o primeiro amor e ele reaparece novamente, às vezes no mesmo dia. Sou uma pobre criatura! Instável e líquido como água. O amor de Deus é igual. Sua luz é como a luz do Sol. Quem ele amar será amado até o final e sempre da mesma maneira. Seu amor não diminui de acordo com suas emoções e situações.
A.W. Tozer disse certa vez: “Deus nunca muda de humor ou esfria em suas afeições, ou perde o entusiasmo”. Seu amor é amor que não teve começo e não terá fim, nem crescerá com o passar dos séculos: é amor eterno. Seu amor pode variar apenas com relação a sua disposição para com você. Por vezes, você sente sua luz, força e amor intenso. Outras vezes, você sente morte, escuridão e fraqueza. Quando você peca, você não é destruído, nem consumido, nem mandado para o inferno como deveria. Deus não altera seus propósitos amorosos, mas se você continuar vivendo no pecado, Deus não lhe abençoará como poderia, disciplinará como Pai, esconderá sua face de você, purificando e enchendo seu coração com um senso de pecado e culpa. Essas demonstrações de mudança nos seus sentimentos servem para aproximar você dele, nunca para lhe encorajar a pecar mais.
Fonte: Sepal
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C. S. Lewis, escritor das Crônicas de Nárnia, lembra que as pessoas gostam de repetir a afirmação cristã de que “Deus é amor”. Mas eles parecem não perceber que as palavras “Deus é amor” não têm real significado a menos que Deus contenha pelo menos duas pessoas. Amor é algo que uma pessoa tem para outra pessoa. No evangelho de João (17:22-24), Jesus ora para que sejamos um, como ele e o Pai são um, para que alcancemos perfeição na unidade, “a fim de que o mundo conheça que tu me enviaste, e que os amaste, assim como me amaste a mim.” “Pai”, continua Jesus, “desejo que onde eu estou, estejam comigo também aqueles que me tens dado, para verem a minha glória, a qual me deste; pois que me amaste antes da fundação do mundo”. Décadas depois, bem mais velho e mais sábio, João encontra o amor “não em que nós tenhamos amado a Deus, mas em que ele nos amou e enviou seu Filho como redenção pelos nossos pecados... e cremos no amor que Deus nos tem. Deus é amor; e quem permanece em amor, permanece em Deus, e Deus nele” (1Jo. 4:10, 16).
Enquanto o meu amor é devedor, o amor de Deus é dadivoso. Deus é o beneficiador e eu beneficiado. Eu recebo tudo dele, “de cima para baixo” e não posso correspondê-lo à altura. Ele me ama, escolhendo-me, sarando-me, abençoando-me e enviando-me seu filho Jesus. O amor de Deus é generoso e não pede nada em troca. Ele escolheu amar-me. O meu amor é um amor resposta, de responsabilidades; como o amor de uma criança que responde ao afeto dos pais com obediência, deveres, respeito e gratidão (Rm. 11:35).
Enquanto o meu amor é consequente, o amor de Deus é antecedente. Seu amor precedeu qualquer iniciativa ou tentativa humana. Nisto está o amor: não em que nós tenhamos amado a Deus, mas em que ele nos amou primeiro, e enviou seu Filho como propiciação, para nos substituir pelos nossos pecados (1 Jo. 4:10). Seu amor veio antes da criação do Universo. Compreendo uma trilionésima fração disso quando penso no meu amor pelos meus filhos antes deles nascerem; eu os amei muito antes deles serem aptos para responder, reconhecendo e expressando com carinho e gratidão. Somos inimigos do Pai, por natureza, filhos pródigos reclamadores e aborrecentes; como jovens rebeldes, soberbos, presunçosos e desobedientes, frequentemente desprezando sua iniciativa e afeto; sempre inventando desculpas para nos manter longe do lar e distantes do seu coração paternal. Mas Deus dá provas do seu amor para conosco: enquanto ainda éramos pecadores, Cristo morreu por nós (Rm. 5:8). Nem por isso éramos melhores, mais bonitos, dotados, centrados ou receptivos. Nosso amor é resultado do seu amor. Nenhuma criatura amou Deus antes dela ter sido amada.
Enquanto o meu amor é instável, o amor de Deus é constante, como Ele mesmo: é igual, não aumenta nem diminui. Por outro lado, o meu amor é como eu mesmo: ele cresce e decresce, volúvel e líquido, afetado por uma série de elementos físicos, emocionais, espirituais, relacionais e circunstanciais. Minha luz é como a luz da vela. Meu amor aumenta e quase desaparece, floresce e declina. Perde-se o primeiro amor e ele reaparece novamente, às vezes no mesmo dia. Sou uma pobre criatura! Instável e líquido como água. O amor de Deus é igual. Sua luz é como a luz do Sol. Quem ele amar será amado até o final e sempre da mesma maneira. Seu amor não diminui de acordo com suas emoções e situações.
A.W. Tozer disse certa vez: “Deus nunca muda de humor ou esfria em suas afeições, ou perde o entusiasmo”. Seu amor é amor que não teve começo e não terá fim, nem crescerá com o passar dos séculos: é amor eterno. Seu amor pode variar apenas com relação a sua disposição para com você. Por vezes, você sente sua luz, força e amor intenso. Outras vezes, você sente morte, escuridão e fraqueza. Quando você peca, você não é destruído, nem consumido, nem mandado para o inferno como deveria. Deus não altera seus propósitos amorosos, mas se você continuar vivendo no pecado, Deus não lhe abençoará como poderia, disciplinará como Pai, esconderá sua face de você, purificando e enchendo seu coração com um senso de pecado e culpa. Essas demonstrações de mudança nos seus sentimentos servem para aproximar você dele, nunca para lhe encorajar a pecar mais.
Fonte: Sepal
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