quarta-feira, 30 de outubro de 2013

A igreja que atrapalha o crente

Algum tempo atrás, li um pequeno texto elaborado por um pastor amigo (Rev. Diogo Santana Rocha), e achei interessante sua abordagem com o título “O CRENTE QUE ATRAPALHA A IGREJA”. Daí o motivo que me inspirou a escrever este artigo, mas sob um outro ponto de vista: A IGREJA QUE ATRAPALHA O CRENTE. 

De fato, existem muitos irmãos que ao invés de contribuírem com o crescimento da igreja, estão trazendo vergonha para ela, com seu mau testemunho e vida de pecado. Por outro lado, podemos mencionar com propriedade que infelizmente existem muitas igrejas que atrapalham o desenvolvimento dos crentes, nas quais a busca pelos dons espirituais é ignorada, gerando cristãos religiosos e não discípulos, amargurados e não curados, legalistas e não livres em Cristo Jesus. Quando falo de igreja, neste caso, refiro-me à igreja institucional, a sua liderança, seus conceitos e doutrinas. Como estamos conduzindo nossos membros? O que estamos produzindo no ministério? Como estamos preparando nossos líderes? Qual é o legado que estamos deixando como igreja institucional? Será que nossos sermões estão gerando vida em abundância nas pessoas? Existem crentes que estão há décadas na igreja e ainda são improdutivos. De quem é a responsabilidade? Do cristão que não cresceu ou da liderança que não o preparou para os desafios da vida?

Como líderes, temos que atentar para o desenvolvimento da igreja. É preciso haver crescimento tanto de forma quantitativa como qualitativa. Como já mencionei em um outro artigo, “CRESCIMENTO QUANTITATIVO: QUEM NÃO DESEJA?”, a igreja primitiva registrada no livro de Atos estava vivenciando um crescimento de novos convertidos sem igual (Atos 2:41,4:4). Em Atos 9:31 temos o seguinte registro: “A igreja, na verdade, tinha paz por toda a Judéia, Galiléia e Samaria, edificando-se e caminhando no temor do Senhor, e, no conforto do Espírito Santo, crescia em número”. Era uma igreja que estava crescendo tanto em números como espiritualmente. 

Aqui, a qualidade não estava sendo descartada em detrimento ao crescimento numérico. Pelo contrário, a demonstração de uma forte fé foi uma das razões do impressionante número de convertidos no início da igreja. Eles tinham paz uns para com os outros, eram edificados no Senhor, e cheios do Espírito Santo. Um dos segredos de sermos uma igreja forte, saudável e gloriosa, é justamente nós, como líderes, sermos cheios do Espírito Santo. A nossa forma de liderar irá refletir nos membros. Como alguém já afirmou, a igreja tem o pastor que merece e o pastor tem a igreja que merece. 

É tempo de avivamento e quebrantamento da igreja institucional. Precisamos gerar vida e não morte em nossos membros. Nossa pregação tem que consistir em demonstração de poder, como afirmou o apóstolo Paulo em 1 Coríntios 2:4,5: “A minha palavra e a minha pregação não consistiram em linguagem persuasiva de sabedoria, mas em demonstração do Espírito e de poder, para que a vossa fé não se apoiasse em sabedoria humana, e sim no poder de Deus”. Liderança, doutrina, conceitos sadios tem que gerar pessoas sadias.

Vamos dar liberdade ao Espírito Santo em nosso ministério e igreja! Que a igreja institucional que serve ao Senhor Jesus Cristo, confiada a pessoas de todas as raças, tribos e nações, não venha a ser uma pedra de tropeço, mas um canal de ricas bênçãos!



Fonte: Missionário Ademir em Ultimato
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