terça-feira, 19 de janeiro de 2010

Conheça milagres em meio à tragédia de Porto Príncipe


Mesmo no meio de tantas mortes, existem também histórias que muitos chamam de milagres. São pessoas que, cinco dias após a tragédia, estão sendo resgatas pelas equipes.

O general americano que comanda a ajuda militar dos Estados Unidos ao Haiti afirmou, neste domingo (17), que o número de mortos no terremoto pode passar de 200 mil.

Mas, no meio de tantas mortes, existem também histórias que muitos chamam de milagres. São pessoas que, cinco dias após a tragédia, estão sendo resgatas pelas equipes. Mais de 1,7 mil pessoas estão envolvidas nas operações para tirar sobreviventes dos escombros. De acordo com as Nações Unidas, todos estão lutando contra o tempo e contra as dificuldades.

A mulher de 62 anos, dona do que foi um motel, é resgatada, 100 horas depois do terremoto. Cinco dias preso, sob os escombros, um dinamarquês, funcionário da ONU, é resgatado neste domingo (17), no que foi o prédio das Nações Unidas.

São muitos os resgates que terminam bem. “Israel, bom trabalho”, vibram os haitianos. A equipe de busca israelense consegue salvar uma pessoa.

Um bebê de apenas dois meses é levado para um hospital improvisado em Porto Príncipe. Ele foi encontrado sob um monte de concreto partido.

A mãe pensava que ele tivesse morrido. O bebê passa bem, mas os médicos acham melhor buscar um hospital com mais recursos. Ele é o primeiro haitiano a ser levado para tratamento nos Estados Unidos.

Há histórias ainda em suspense. Uma mulher está desesperada. Ela recebe pelo telefone celular uma mensagem de texto de uma mulher chamada Christine, sob os escombros. Ela diz que na mensagem de texto a mulher pede: “corra, eu não aguento mais”.

Em um mercado da cidade, três pessoas são resgatadas na manhã deste domingo (17). É uma história incrível. Alguém teria mandado uma mensagem de texto, de dentro do supermercado, pedindo ajuda.

Esse homem consegue falar por telefone com alguém que está no local. Segundo ele, há 60 pessoas presas.

No escritório da Globo de Nova York, chegam imagens de agências de notícias do mundo inteiro que estão cobrindo a tragédia no Haiti. Em um cenário de morte e destruição, há ainda histórias dramáticas que mostram o esforço de quem sobreviveu.

No abrigo de idosos de Porto Príncipe, 85 estão abandonados, sem água, nem alimentos. Do alto, o helicóptero joga pacotes, e haitianos correm para pegar comida.

As pessoas brigam por donativos. Os mantimentos estão sendo distribuídos aos poucos, mas ainda há muita desorganização. Uma gigantesca fila é formada. São horas e horas de espera para receber os donativos.

O soldado avisa que os mantimentos acabaram. A multidão em extremo sofrimento há cinco dias perde a paciência. As pessoas empurram o portão, invadem, mas não acham mais nada. As caixas já estão vazias.

A violência aumenta em Porto Príncipe. Criminosos que fugiram da penitenciária nacional, destruída pelo terremoto, teriam voltado a dominar as favelas da cidade. Os saques são cada vez mais freqüentes.

Uma fachada é o que restou da catedral de Porto Príncipe, construída em 1750. Haitianos rezam a missa de domingo, a céu aberto, cantam, pedem fé para continuar e agradecem por estarem vivos.



Fonte: Fantástico 17/01/10
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