A população de Vancouver, Canadá, na manhã do dia 8 de Dezembro, teve uma grande surpresa com uma ação de street marketing executada pela First United Church, igreja que realiza vários ações humanitárias no Canadá.
Entre 8h30 e 10h da manhã, foram colocadas em 3 pontos de grande movimento da cidade, esculturas de seres humanos sem o seu rosto. Isso mesmo, pessoas invisíveis fazendo o papel de sem-teto pedindo ajuda aos que passavam. O resultado do projeto mostrou que a coisa toda surge mais como um experimento, provando que o ser humano está cada vez mais indiferente aos necessitados.
Em pouco mais de uma hora em que os corpos ficaram em seus lugares, milhares de pessoas passaram ao seu lado. Cerca de 1.500 realmente olharam para os sem-teto. Apenas 80 pararam e olharam mais de perto, descobrindo assim a ausência de rosto nos bonecos. E somente 7 pessoas realmente repararam num link para o Facebook que continha na roupa desses bonecos. Cada boneco ganhou o seu perfil: Steve, Jody e Gordon.
“A reação das pessoas é compreensível, dado ao contexto e a hora do dia”, disse Ric Matthews (pastor da First United Church), “mas ajuda a mostrarmos o ponto disso tudo, que nós muitas vezes vemos o problema, mas não vemos o indivíduo. Nosso objetivo é muito simples: criar uma oportunidade para a conscientização de que o sem-teto é mais do que um problema ou vítima de uma circunstância social. As imagens comuns dessas pessoas vivendo na rua muitas vezes escondem os rostos de pessoas reais. Se não vemos a pessoa, não entendemos o sem-teto. Vemos apenas uma necessidade social e somos tentados a responder no mesmo nível: proporcionar habitação, comida e algum tipo de apoio material. Estas coisas são necessárias e úteis. Mas não oferecem respeito e carinho, o que realmente carece quem está nessa situação de rua”, completa.
A narração do vídeo conta a história real de um sem-teto, que diz: “Eu sou uma pessoa. Estou morando na rua a maior parte de minha vida por causa das drogas. Você me vê? Você sabe o meu nome e minha história? Você se importa? Pare um pouco a sua rotina e olhe para nós. Não precisamos apenas de dinheiro. Você poderia nos dizer ‘bom dia’, dar um sorriso. Nós não mordemos, sabia?”
A responsável pelo projeto foi a DDB.
Fonte: Ypsilon2
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