
Durante este período, os participantes comem muito pouco, ou simplesmente deixam de comer algum tipo de comida ou deixam de praticar alguma ação habitual. A quarta-feira de cinzas e a quaresma iniciaram como uma forma de os católicos lembrarem-se do arrependimento de seus pecados, de forma parecida com as pessoas no Velho Testamento, que se arrependeram em panos de saco, cinzas e jejum (Ester 4:1-3; Jeremias 6:26; Daniel 9:3; Mateus 11:21).
Contudo, através dos séculos, valores muito mais “sacramentais” foram se desenvolvendo. Muitos católicos entendem que, deixar de fazer algo na quaresma é uma maneira de ganhar a bênção de Deus.
A Bíblia não ensina que tais atos alcancem qualquer mérito junto a Deus (Isaías 64:6). De fato, o Novo Testamento nos ensina que nossos atos de jejum e arrependimento devem ser praticados de forma que não atraiam atenções sobre nós: “E, quando jejuardes, não vos mostreis contristados como os hipócritas; porque desfiguram os seus rostos, para que aos homens pareça que jejuam. Em verdade vos digo que já receberam o seu galardão. Tu, porém, quando jejuares, unge a tua cabeça, e lava o teu rosto, Para não pareceres aos homens que jejuas, mas a teu Pai, que está em secreto; e teu Pai, que vê em secreto, te recompensará publicamente” (Mateus 6:16-18).
O jejum é algo bom quando feito sob a ótica bíblica. É bom e agradável a Deus quando abandonamos hábitos e práticas pecaminosas. Não há absolutamente nada errado em guardar um tempo no qual vamos nos concentrar apenas na morte e ressurreição de Jesus. Entretanto, estas “práticas” são coisas que devemos fazer todos os dias do ano, não apenas nos 40 dias entre a quarta-feira de cinzas e a páscoa.
Se você se sente movido por Deus para observar a quaresma, seja livre para fazê-lo. Mas certifique-se de que irá se concentrar em seu arrependimento dos pecados e consagração a Deus, não em tentar ganhar de Deus favor ou aumentar o Seu amor por você!
Fonte: Got Questions
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