O empresário e pastor Marco Feliciano declarou em entrevista ao jornal Gazeta Popular que será candidato pelo PSC (Partido Social Cristão) a Deputado Federal. "O Estado de São Paulo no último censo doIBGE, em 2005, apontou 11 milhões e 200 mil evangélicos, desse número, acredito que 9 milhões me conheçam, então vou ter que conquistar aí pelo menos 1% desse grupo evangélico. Se 1% me apoiar, estamos dentro".
A repercussão dos seus discursos junto ao público evangélico é, para Feliciano, o medidor de uma possível candidatura forte. "É claro que eu vou contar muito com a força do meu povo, pois nós os evangélicos somos segmentados e nós temos uma visão, temos uma liderança, quando eu abro a minha boca e falo uma coisa sobre a verdade e o povo concorda comigo eu tenho atenção deles. Então entre uma pessoa de fé, um cristão verdadeiro, e uma pessoa que está lá, que faz apologia as drogas, ao aborto, a homofobia, coisas assim, é claro que o nosso povo vai ficar sempre com aquele que é Cristão".
"É uma chance única de uma cidade pequena como a nossa, com menos de 40 mil pessoas, de repente lançar no cenário nacional, estadual, dois candidatos a deputados que tem condições de chegarem lá. O Estevão [ex-prefeito de Orlândia, interior de São Paulo, e candidato a deputado estadual pelo PPS] é muito bem articulado e eu tenho o poder de mobilização de massas", disse o pastor. A máfia das ambulâncias, conhecido como escândalo das sanguessugas que estourou em 2006 após a descoberta de uma quadrilha que tinha como objetivo desviar desviar dinheiro para compra de ambulâncias, foi destacada por Feliciano. " De repente com aquele escândalo perdemos a metade da bancada [evangélica]. Com a metade, hoje não conseguimos fazer mais nada".
"Há uma lei tramitando, só falta ser aprovada pelo nosso presidente, em que a mulher prostituta vai ter uma carteira de trabalho assinada. Imagina você que é um pai, ter sua filha como prostituta com uma função reconhecida pelo país. Como é que a gente fica? Não estou falando de preconceito, estou falando de ética, estou falando de família. Então têm leis que precisam ser barradas pois tem muita gente doida naquele Senado, tem muita gente doida dentro da Câmara Federal, tem muita gente doida que tem o poder mas não sabe fazer a política como deve ser feita".
Pela terceira vez assediado por partidos políticos, Feliciano decidiu lançar sua candidatura após avaliar as propostas do PMDB e PSC. "Semana passada fiquei com o Orestes Quércia até as 22h30 no telefone. Eles queriam minha filiação no PMDB, mas pensei e achei por bem um partido que tem tudo haver comigo, inclusive na nomenclatura Cristão. (...) Queria que as pessoas que estão lendo essa matéria soubessem que foi isso que queimou no meu coração, de repente eu sou uma voz profética nesse país".Sobre a possbilidade de se candidatar a prefeitura de Orlândia, o pastor declarou: "Quem sabe. Mas primeiro quero lutar pela Câmara Federal".
Fonte: Guia-me / Jornal Gazeta Popular