Durante a longa entrevista coletiva que concedeu nesta terça-feira na concentração da seleção brasileira em Johanesburgo, Kaká fez uma pausa para desabafar a respeito de seus hábitos religiosos e de um suposto preconceito contra pessoas que seguem a orientação evangélica.
Kaká citou o jornalista Juca Kfouri, blogueiro do UOL, para iniciar o desabafo de tom religioso.
“Ele [Kfouri] tem dirigido os canhões para mim, não profissionalmente, mas de uma forma pessoal, direcionada a minha fé em Jesus Cristo. Respeito ele como ateu, mas espero respeito com aquele que professa sua fé através de Jesus Cristo”, declarou o meio-campo.
“E digo isso não só a meu respeito, mas falando de milhões de brasileiros que creem em Deus e em Jesus Cristo”, completou Kaká.
Em seu blog, Juca Kfouri se defendeu e falou sobre a polêmica. “Kaká se engana e enfiou Jesus onde Jesus não foi chamado. Critico sim o merchandising religioso que ele e outros jogadores da Seleção costumam fazer, tentando nos enfiar suas crenças goela abaixo. Um tal exagero que a Fifa tratou de proibir, depois do que houve na comemoração da Copa das Confederações. Mas não abri bateria alguma contra ele, provavelmente mal assessorado, tanto que o considerei o melhor em campo no jogo contra Costa do Marfim. Apenas noticiei que ele sofre com seu púbis e há quem avalie que isso o levará a encerrar a carreira prematuramente.”, escreveu o jornalista.
O principal astro da seleção brasileira é um conhecido seguidor da igreja evangélica Renascer em Cristo, que tem como líderes o casal de apóstolos Estevam e Sônia Hernandes.
Na entrevista, o camisa 10 da seleção na Copa do Mundo ainda se recusou a manifestar opinião a respeito da polêmica entre Dunga e a Rede Globo, detonada no último domingo, em coletiva após a partida contra a Costa do Marfim.
“Não quero falar sobre isso, não estava lá na hora. Mas eu acabei de dar uma resposta aqui porque achei que era a hora. Talvez tenha sido a mesma coisa”, declarou.
Confira a resposta de Juca Kfouri:
O engano e a contradição de Kaká
Frase de Kaká, poucas horas atrás, em entrevista coletiva, em resposta ao repórter da ESPN-Brasil, André Kfouri, meu filho:
“Há algum tempo os canhões do seu pai são disparados contra mim. A artilharia dele está voltada contra mim. Eu queria aproveitar a pergunta para responder às críticas que ele vem fazendo, e o que me deixa triste é que o problema dele comigo não é profissional, mas porque ele não aceita minha religião. Porque eu sou uma pessoa que segue Jesus Cristo. Eu o respeito como ateu, e gostaria que ele me respeitasse como [seguidor de] Jesus Cristo, como alguém que professa a fé em Jesus Cristo. Não só a mim, mas a todos os milhões de brasileiros que acreditam em Jesus Cristo”.
Kaká se engana e enfiou Jesus onde Jesus não foi chamado.
Critico sim o merchandising religioso que ele e outros jogadores da Seleção costumam fazer, tentando nos enfiar suas crenças goela abaixo.
Um tal exagero que a Fifa tratou de proibir, depois do que houve na comemoração da Copa das Confederações.
Mas não abri bateria alguma contra ele, provavelmente mal assessorado, tanto que o considerei o melhor em campo no jogo contra Costa do Marfim.
Apenas noticiei que ele sofre com seu púbis e há quem avalie que isso o levará a encerrar a carreira prematuramente.
Ele negou as dores no púbis ao dizer que sente dores como qualquer jogador profissional e que o prazer de jogar pela Seleção o faz superá-las.
Aí caiu na primeira contradição, pois ao atribuir às dores que sentia a sua má atuação na Copa da Alemanha, quatro anos atrás, declarou que não jogaria mais com dores.
E hoje mesmo, na entrevista coletiva, ao responder sobre se seria operado do púbis depois da Copa respondeu que esta era uma questão delicada e que os médicos divergiam a respeito.
Mas, para quem não tem nada no púbis, como alegou, por que cogitar de tal hipótese?
Talvez só Deus saiba.
Como não acredito nele…
Fonte: UOL
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