Na comissão do Senhor Jesus aos apóstolos foram dadas, entre todas as orientações, uma preciosíssima: "...sede prudentes como as serpentes e símplices como as pombas".
Evidentemente o Mestre estava ensinando aos discípulos estratégias que os habilitassem a superar os inimigos que se levantariam contra a mensagem de salvação, sobretudo os fariseus.
Mas o que isso tem a ver com a expulsão de Kaká no jogo contra a Costa do Marfim? Eu, particularmente, vejo na passagem princípios predominantemente éticos que teriam salvado a pele de Kaká no jogo.
Por que o Senhor disse que deveríamos ser prudentes com as sepentes e símplices como as pombas? Explico.
As serpentes nunca se expõem para atacar, e as pombas nunca provocam os inimigos. Os antigos consideravam as serpentes como exemplo de astúcia e sabedoria.
Acho que faltou prudência a Kaká quando rendeu-se, desnecessariamente, à provocação dos adversários, afinal de contas, a vitória do Brasil já estava garantida. Faltou-lhe a temperança necessária para controlar o ímpeto da emoção.
Também, ao provocar os jogadores da Costa da Marfim, Kaká acabou caindo ingenuamente na armadilha que lhe foi armada. Ora, se ele percebeu que o jogador da Costa do Marfin estava indo em sua direção, por que não desviou? Por que teve de permanecer na rota de colisão, encostando o braço no peito dele, permitindo uma falsa aparência de agressão?
Enfim, se Kaká tivesse seguido o exemplo da pomba teria buscado o caminho da conciliação. Se tivesse seguido o exemplo da serpente teria enxergado, astutamente, o que inimigo estava planejando, evitando assim o perigo.
Para aqueles que acham que Kaká agiu de forma correta, revidando as agressões, fico com a opinião de alguns comentaristas de futebol. Quem tinha de resolver o problema era o Dunga, conversando com o árbitro ou substituindo Kaká.
Fica aqui a leitura bíblica do dia, para o nosso irmão Kaká: Mateus 10:16. Mas sugiro ler o capítulo todo (risos).
Fonte: Blog do Cristiano Santana
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