domingo, 13 de junho de 2010

Entre Igreja e as igrejas


Por Leonardo Gonçalves


Tenho que admitir. Eu sei que é triste, duro, mas é verdade: as IGREJAS mentem. Não somente isso, mas também abusam espiritualmente. Elas (fatalmente) cometem muitos equivocos.

Há tempos que as IGREJAS cederam espaço ao legalismo, fanatismo, misticismo, relativismo, henoteísmo e quase todos os “ismos” que você possa imaginar. Porém, Jesus não disse que edificaria IGREJAS; ele disse que iria edificar a sua IGREJA, e que contra essa as portas do hades não prevaleceriam. É preciso urgentemente fazer a distinção entre IGREJAS e IGREJA.

As IGREJAS estão envolvidas com toda prática perniciosa e neo-pagã, porém a IGREJA verdadeira não se corrompe. Ela é invisível e composta por todos os crentes renascidos. Parte dela está na Terra, militando contra seitas, heresias, modismos, desmanchando argumentos falaciosos e incabíveis, ou simplesmente congregando e lutando para permanecer pura, sem mancha. A outra parte dela está no céu, desfrutando da paz não merecida, mas tão almejada. Quanto às IGREJAS, seus membros são telepastores e televangelistas que assim como Balaão estão inclinados ao materialismo e ao pragmatismo. São os padres pedófilos, os bispos que sonegam impostos, os apostolos ignorantes que se re-batizam em Israel. São também neo-fariseus que se creem mais espirituais que os demais, como se a benção de Deus tivesse alguma relação com meritos humanos. Alguns vivem um ascetismo hipócrita, outros, porém, vão ao outro extremo e desprezam os valores éticos expressos na Palavra de Deus. Muitos deles se infiltram em nossos templos, entre os servidores, e nos dão veneno de comer. Os membros das IGREJAS são falsos professos, caricaturas do cristianismo autêntico, estrelas apagadas, folhas secas levadas pelo vento, estando envolvidos em escandalos, politica e muita malandragem. Porém, a IGREJA não se corrompeu, não se corrompe e jamais se prostrará ao Deus desse século. A IGREJA é esposa, e aguarda ansiosa o regresso do esposo. Ela não tem pacto com os adoradores extravagantes, raramente comete exageros, é comedida, moderada, ainda que imperfeita e humana.

O apóstolo Paulo passou grande parte da sua vida refutando heresias cometidas nas IGREJAS, sem jamais censurar a IGREJA do nosso Senhor. Ele entendia que a IGREJA nao é obra acabada, portanto, é imperfeita, e compreendia e vivia a tensao paradoxal, porém NECESSÁRIA entre IGREJAS e IGREJA.

As IGREJAS estão apaixonadas por Jesus;

A IGREJA ama a Cristo mais que a si mesma.

Fonte: Púlpito Cristão
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