Um pastor hutu rwandês, de 59 anos, François Bazaramba, foi condenado sexta-feira à prisão perpétua, por um tribunal filandês, pela sua participação ao genocídio de 1994, no Rwanda.
No termo do primeiro processo finlandês por genocídio, o tribunal de Ita-Uusimaa, considerou que o pastor da igreja batista havia cometido atos no outono de 1994, com a "intenção de destruir tudo ou parte dos Tutsis rwandeses, enquanto grupo étnico.
"O tribunal julgou Bazaramba culpado de um crime que, mesmo sem intenção genocidiária, terminaria em morte ou em incitação de morte.Por esses crimes, a única pena passível é a prisão perpétua ", refere o tribunal num comunicado.
Na Finlândia, apesar de uma condenação à prisão perpétua, um tribunal de aplicação de penas estuda uma eventual libertação dos condenados após 12 anos de detenção.
O pastor rwandês, refugiado na Finlândia desde 2003, onde havia solicitado o asilo, foi detido em Abril de 2007.
A polícia acusa-o de ser o presumível autor do genocídio de 1994, durante o qual 800 mil pessoas, na sua maioria Tutsis, foram massacradas em seis semanas.
O tribunal trabalhou igualmente na capital rwandesa, Kigali, na municipalidade de Nyakizu, no sul do Rwanda, onde foram cometidos uma boa parte de crimes de Bazaramba, assim como em Dar es Salaam, na Tanzânia.
Fonte: Angola Press
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