O lutador de MMA (Mixed Martial Arts), Justin Wren está pronto para encarar o combate mais louco e difícil de sua vida: na próxima terça-feira, 2 de agosto, o americano embarca para a República Democrática do Congo para defender uma tribo local de pigmeus. O grupo étnico conhecido por sua baixa estatura é vítima de grandes barbáries na guerra civil que divide o país - até casos de canibalismo por parte de facções guerilheiras embrenhadas na mata já foram registrados. O atleta americano vai acampar na floresta com mais três amigos em nome de Jesus Cristo, após uma reviravolta que se iniciou com a derrota em sua única luta no UFC.
Wren foi um dos participantes da 10ª temporada do reality show "The Ultimate Fighter" e estreou no UFC no evento final do programa. O lutador do Mississipi foi derrotado por pontos por Jon Madsen e demitido pela organização em seguida. De volta ao circuito regional de MMA, Wren passou a treinar no Grudge Training Center, no Colorado, casa de astros do UFC como Shane Carwin e Brendan Schaub. Desmotivado, porém, o americano começou a abusar das drogas e a faltar aos treinos. Ele chegou a ser ameaçado de expulsão pela academia, mas recebeu uma segunda chance.
Sua vida começou a mudar às vésperas de uma luta contra Reggie Higgins em maio de 2010. Três semanas antes do evento, Wren recebeu um convite para participar de um retiro cristão.
- Eu disse "de jeito nenhum, amigo". Não tinha como eu mudar sentando ao redor de uma fogueira com um monte de cristãos falsos. Nunca quis ser cristão, odiava esse título, odiava as pessoas que se chamavam assim. Mas eu mudei quando conheci algumas pessoas que estavam vivendo essa vida, amando Deus e amando as pessoas, sem serem falsas. As pessoas ao redor deles, eles fazem o que podem por eles e também amam Deus. Entrei naquele retiro e de cara sabia que não teria esperanças sem ele - contou o lutador ao site "MMAJunkie".
Wren confessou que estava tendo pensamentos suicidas antes de se tornar devoto de Cristo. Desde então, participou de missões humanitárias no Haiti e na República Dominicana. Sua próxima tarefa é bem mais complicada. No Congo, o americano e seus três amigos vão acampar no nordeste do país, no meio da selva, onde os pigmeus estão cercados por cerca de 20 grupos rebeldes. A tribo foi vítima de estupros, assassinatos e canibalismo nos últimos anos.
- Estamos tentando levar alguma esperança aos pigmeus - espiritual e fisicamente. Esperamos algum dia conseguir furar alguns poços d'água, e tentar virar a vila deles de cabeça pra baixo para trazer um pouco de luz à sua sina. Eles talvez sejam o grupo mais perseguido do planeta. Alguns grupos rebeldes pensam que se matarem um pigmeu e comerem sua pele, receberão poderes super-humanos para a guerra. Muitas pessoas não sabem nem que o canibalismo ainda existe - disse Wren.
Lutar contra essas condições é bem mais complicado do que lutar no octógono. Segundo Wren, sua mãe vem chorando e implorando para que ele não vá. Ainda assim, o lutador vê um propósito maior na sua missão e se mostra confiante em seu retorno.
- Nós certamente estamos correndo um grande risco, mas é um que vale a pena. Prefiro correr esse risco do que deixá-lo passar. Quando eu voltar da África, vou procurar minha próxima luta - afirmou.
Fonte: Sport TV
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Wren foi um dos participantes da 10ª temporada do reality show "The Ultimate Fighter" e estreou no UFC no evento final do programa. O lutador do Mississipi foi derrotado por pontos por Jon Madsen e demitido pela organização em seguida. De volta ao circuito regional de MMA, Wren passou a treinar no Grudge Training Center, no Colorado, casa de astros do UFC como Shane Carwin e Brendan Schaub. Desmotivado, porém, o americano começou a abusar das drogas e a faltar aos treinos. Ele chegou a ser ameaçado de expulsão pela academia, mas recebeu uma segunda chance.
Sua vida começou a mudar às vésperas de uma luta contra Reggie Higgins em maio de 2010. Três semanas antes do evento, Wren recebeu um convite para participar de um retiro cristão.
- Eu disse "de jeito nenhum, amigo". Não tinha como eu mudar sentando ao redor de uma fogueira com um monte de cristãos falsos. Nunca quis ser cristão, odiava esse título, odiava as pessoas que se chamavam assim. Mas eu mudei quando conheci algumas pessoas que estavam vivendo essa vida, amando Deus e amando as pessoas, sem serem falsas. As pessoas ao redor deles, eles fazem o que podem por eles e também amam Deus. Entrei naquele retiro e de cara sabia que não teria esperanças sem ele - contou o lutador ao site "MMAJunkie".
Wren confessou que estava tendo pensamentos suicidas antes de se tornar devoto de Cristo. Desde então, participou de missões humanitárias no Haiti e na República Dominicana. Sua próxima tarefa é bem mais complicada. No Congo, o americano e seus três amigos vão acampar no nordeste do país, no meio da selva, onde os pigmeus estão cercados por cerca de 20 grupos rebeldes. A tribo foi vítima de estupros, assassinatos e canibalismo nos últimos anos.
- Estamos tentando levar alguma esperança aos pigmeus - espiritual e fisicamente. Esperamos algum dia conseguir furar alguns poços d'água, e tentar virar a vila deles de cabeça pra baixo para trazer um pouco de luz à sua sina. Eles talvez sejam o grupo mais perseguido do planeta. Alguns grupos rebeldes pensam que se matarem um pigmeu e comerem sua pele, receberão poderes super-humanos para a guerra. Muitas pessoas não sabem nem que o canibalismo ainda existe - disse Wren.
Lutar contra essas condições é bem mais complicado do que lutar no octógono. Segundo Wren, sua mãe vem chorando e implorando para que ele não vá. Ainda assim, o lutador vê um propósito maior na sua missão e se mostra confiante em seu retorno.
- Nós certamente estamos correndo um grande risco, mas é um que vale a pena. Prefiro correr esse risco do que deixá-lo passar. Quando eu voltar da África, vou procurar minha próxima luta - afirmou.
Fonte: Sport TV
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